Prólogo.

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Jungkook Hakon cresceu ouvindo histórias incríveis sobre os guerreiros de seu reino.

Angle, em toda a sua jornada, sempre foi uma nação enorme, detentora de um acervo abundante de conquistas e tesouros. Foi lar de muitos guerreiros e guerreiras fortes ao longo do tempo, que eram admirados por todas as nações, de leste a oeste.

O pequeno príncipe alfa se encantava com os grandes nomes que fizeram seu reino prosperar por meio de expansões territoriais. Almejava, também, ao se tornar rei, poder ser de grande ajuda, assim como seus gloriosos antepassados.

Desde cedo, aprendeu a erguer sua espada em duelos de combate, aprimorar suas habilidades e exercer o papel de um guerreiro digno, do líder alfa que precisaria ser. Treinou com grandes líderes e se tornou um prodígio, a esperança de um grande futuro próximo.

Jungkook, sem dúvidas, era um menino de ouro.

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O pequeno alfa, de seus dez anos de idade, corria pelo castelo com os longos cabelos castanhos soltos ao vento, que caíam como uma cachoeira de chocolate sobre suas costas, balançando com leveza.

O garoto corria atrás de um de seus mascotes, um sapo, que pulava pelos corredores e assustava alguns criados atarefados com  suas obrigações no castelo. Entretanto, como a criança levada que sempre foi, ele não se importava nem um pouco com o alvoroço.

Estava em sua fase pestinha de ser.
O jovem príncipe, depois de uma quase jornada atrás do pequeno sapo, finalmente conseguiu agarrar sua pele escorregadia. Para não deixá-lo sair de suas palmas, o menino pulou no chão, caindo de bruços e pegando seu mascote fugitivo.

Na adrenalina da perseguição, nem notou que acabara parando na sala principal de visitas do castelo, resultado do corre-corre.

Seus olhos castanhos subiram até  encontrar o olhar repreendedor de sua mãe, uma alfa. Não havia percebido que, também, havia parado em frente aos pés da mulher.
Ela estava diante de si, portando um de seus mais belos vestidos, banhado por pedras preciosas e tecidos bordados em detalhes azuis turquesa.

E, para a infelicidade do Príncipe, havia uma visita que parecia ser importante.

O menino sorriu, nervoso, e, por fim, ficou no aguardo  da repreensão.

— Levante-se deste chão, imediatamente!

O garoto arregalou os olhos de medo, mas não esperou nem um segundo a mais para se levantar e esconder o sapo em suas costas, mesmo sabendo que o animal já havia sido visto.

Estava tão acanhado e envergonhado que nem conseguiu olhar para a visita, esquecendo-se de todas as boas maneiras que aprendera nas aulas de etiqueta.

— Este é o meu adorável filho — a alfa apresentou Jungkook com um bom humor fingido e um sorriso de disfarce, sem conseguir esconder a vontade de repreender ainda mais o menino por seus maus modos. — Jungkook, por favor, meu querido, demonstre respeito e os cumprimente.

Jungkook tomou um pouco de coragem e se curvou rapidamente, notando que a visita se tratava de uma idosa ômega, bastante elegante por se dizer, e uma criança, que se mantinha escondida atrás do vestido estufado da senhora, agarrando a saia longa firmemente com suas mãos pequenas e gordinhas.

Era um garoto bem pequeno, tinha os cabelos loiros e ondulados, reluzentes feito um girassol, e os olhinhos, puxados, na cor âmbar. São as únicas coisas visíveis na posição em que estava, mas já despertavam as íris curiosas do Príncipe de Angle.

— Oh, perdão. Jimin é bastante tímido com outras crianças. Bem, este é Jimin Angele, meu netinho. — A senhora parecia ser amável e paciente com a criança, sua voz transbordava doçura. — Vamos, a vovó quer que você faça amigos. Veja, o Príncipe Hakon quer vê-lo — ela incentivou o garotinho a sair de seu esconderijo.

O ômega de Andrômeda 🐉Onde histórias criam vida. Descubra agora