VII - Latte

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Estava tudo indo tão bem, ela me beijava, eu esquecia do mundo a minha volta e era perfeito.

Mas havia algo errado nisso, Amber começou a ficar distante outra vez, ela ia até minha casa e foram várias vezes que eu a observei conversando com Richie sobre o mesmo assunto.

E novamente seu vício por Facada estava me incomodando.

— Tara ! Eu assisti ao último lançamento de Facada, e estava horrível !! Como conseguiram transformar uma franquia perfeita num desastre total ?! Não tem personagens legados, as armas são idiotas, e o novo assassino é um tremendo panaca.

— Amber.. é só um filme, tá tudo bem.

— Você não entende, não é só um filme ! Destruíram todas as minhas boas lembranças desse filme.

— É tão ruim assim?

— É terrível. Quase um crime de tão ruim !

Eu observei bem seus olhos, estavam rodeados por olheiras começando a escurecer. Senti algo estranho.

— Você dormiu hoje ?

— Só por algumas horas, estou a uns dois dias trabalhando em um projeto.

— Projeto? Como assim?

— Logo você vai saber, não se preocupe.

Dei de ombros e suspirei, ela sorriu e eu não pude deixar de sorrir junto. Eu continuava apaixonada por ela, apesar de tudo.

Durante a tarde, mandei mensagem a ela perguntando se iria vir a minha casa hoje, mas não obtive uma resposta. Ela não veio, e novamente senti sensação estranha de hoje mais cedo.

Saí de casa sem avisar a minha irmã ou o namorado bobão dela. A casa da garota não ficava muito distante daqui e eu só iria deixar de me sentir estranha após eu perceber que não estava acontecendo nada que eu teria que me preocupar futuramente.

Parei em frente a casa antiga, as cortinas do quarto dela no andar de cima estavam fechadas então resolvi apenas tocar a campainha.

Toquei mais duas vezes após a demora. Nada adiantava, ela não estava vendo minhas mensagens e nem ouvindo a campainha, isso me preocupou dez vezes mais !!

A qual é, Amber ? O que há de errado... Talvez ela só esteja dormindo. Talvez... não. Pare de ser tão paranóica, nada aconteceu.

Ouvi barulhos do lado de dentro da casa, como se coisas estivessem caindo... logo tive uma ideia, a porta dos fundos nunca ficava trancada pois a fechadura tinha um defeito. Ótimo !

Segui em direção aos fundos da casa, cercado por uma simples cerca de madeira que eu consegui facilmente pular por cima. E como esperado, a porta dos fundos estava apenas encostada ! Eu entrei na casa e senti o cheiro conhecido de cigarro barato que a mãe dela insistia em fumar, aparentemente ela estava aqui ontem a noite.

O lugar estava escuro, as jenelas da sala cobertas pela perciana branca, já não tão branca por tanto tempo, eu subi as escadas devagar.

— Amber ? Está aí em cima ? — Sem respostas.

— Amber é sério, não dá pra' se esconder de mim por tanto tempo.

Assim que girei a maçaneta do quarto, vi o corpo da garota de bruços no chão e senti um ataque repentino de um cara de preto com uma máscara...

Isso só pode ser brincadeira.


Salve ! Voltei. (⁠.⁠ ⁠❛⁠ ⁠ᴗ⁠ ⁠❛⁠.⁠)

Earth Color Eyes - Scream • Tamber AUOnde histórias criam vida. Descubra agora