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CELINE

Uma nuvem carregada e escura rodeia o céu debaixo da minha cabeça, já é o terceiro posto de gasolina que parei para encher o tanque, sei que estou perto de Mystic Falls mas sempre é bom previnir.

Adentrei no carro e vi meu telefone vibrar no banco do lado, esse deserto todo me dá medo mas já que quem só está na estrada sou eu resolvo atender.

— Alô?— Liguei o automóvel dando ré para fora do posto.

Cele? Está chegando?— Escuto a voz de Caroline.

— Sim, prima. Está meio tarde né? Vou acelerar aqui.— Piso no acelerador deixando o carro um pouco mais veloz.

Não tudo bem, eu e minha mãe vamos esperar você para jantar.— Disse e escuto a voz de minha tia a chamar para algo no outro lado da linha.— A patroa está me chamando, melhor desligar.

Certo! Tchau linda.— Me despedi e a loira desliga a chamada, joguei meu telefone no banco ao lado.

Uma música desinteressante começa a tocar na rádio e desliguei deixando tudo silencioso, o pequeno medo de as coisas darem errado nesse meu recomeço de vida me apavora, eu só queria poder recomeçar bem depois da morte dos meus pais...percebi que não valeria a pena ter medo de ser feliz depois do luto, eu estava perdendo o amor e a esperança que tinha pelo mundo.

Até porque, o amor sem esperança não tem outro refúgio senão a morte. O mundo estava morrendo para mim. E em uma certa noite uma loira chamada Caroline Forbes resolve me ligar convidando para morar com ela, algo em mim decidiu aceitar.

Saio de meus pensamentos quando duas coisas tomam conta da minha visão, a placa "Bem-vindo a Mystic Falls" e um corpo estirado no chão.

Espera tem um corpo estirado no chão!

Freio meu carro um pouco distante do corpo e desço do mesmo e apressando meu passo.

— Oi? Está vivo?— Franzo o cenho curiosa e vejo um belo rapaz aparentemente desacordado. Acho que devo dar meia volta e fingir que não vi nada.— Que jaqueta maneira, se estiver morto eu vou pegar.

— Agradeço mas não estou morto.— Meu coração acelera quando o homem responde e abre seus olhos, reparo na linda cor azul que favorecia mais ainda sua face.

— Olha, você está bem? Quer que eu ligue para algum lugar?— Pergunto curiosa e o homem se senta me olhando.

— Jaqueta maneira.— Elogia minha jaqueta de couro marrom e sorrio agradecida.— Não precisa ligar para ninguém.

— Estou indo para Mystic Falls, quer carona?— Franzo o cenho me levantando.

Pelos céus o que eu estou fazendo? Chamando um completo estranho para dentro do meu carro.

— Aceitaria.— Se levantou e caminho alguns passos para trás um pouco receosa, não sei porque mas ele desperta minha curiosidade. Parece ser tão perigoso mas transmite uma pitada de confiança.— Está com medo de mim?

— Claro que não, olha para minha cara. Acha que vou ter medo de homem?— Pergunto mantendo minha postura reta caminhando ao seu lado enquanto seguimos até o carro.

— Parece muito destemida. Isso é interessante.— O homem entra em meu carro e entro no lado do motorista pondo o cinto de segurança.— Qual é o seu nome, loira?

— Margot Fisher.— Minto sorrindo ladino e arranco o carro enquanto o moreno põe o cinto.— Seu nome?

— Damon. Damon Salvatore.— Respondeu e ergo as sobrancelhas surpresa.

— Descendência italiana?— Pergunto e o mesmo assente.

Papeamos mais algumas coisas durante o caminho, mas não disse nada pessoal meu para ele e tudo que o mesmo perguntava eu mentia. Não podia confiar em qualquer um logo de cara, e graças aos céus Damon não tentou nada, foi até engraçado conversar com ele. Quando vi já estava em Mystic Falls recebendo suas coordenadas para o deixar em casa.

— Chegamos.— Freio em frente a sua casa rústica e interessante.— Uma pergunta, porque estava deitado no meio da estrada?

— Cansado da vida, estava entediado.— Responde abrindo a porta e mordo os lábios ainda curiosa com essa sua atitude estranha.— Obrigado pela carona, Margot. A cidade é pequena, ainda posso te encontrar por aí com facilidade.

— Até mais, Damon Salvatore.— Aceno para o homem que se afasta do carro e dou ré para fora da residência.

•••

Chego em frente a casa das Forbes e estaciono ali mesmo. Desço e sigo ao porta-malas tirando minhas três malas de lá e com dificuldade vou até a porta de entrada tocando a campainha.

Não demora para minha tia abrir e sorrio largo para a mulher lhe abraçando apertado, escuto um grito fino atrás da mulher e vejo minha prima que me abraçou em seguida.

A quanto tempo não recebia um abraço.

— Linda! Que bom que chegou.— Minha prima me aperta em seus braços e quase não sinto minha respiração.

— Saudades, Care.— Lhe dou um beijo na bochecha e minha tia me ajuda com as malas as colocando para dentro da casa.

— Caroline, deixe a garota entrar. Vamos temos muito o que conversar.— Liz sorriu largo para mim e fecho a porta da casa a trancando.— Só irei terminar de por a mesa. Caroline vai te ajudar com as malas, mostra o quarto dela filha.

Assim Caroline fez, subiu para o segundo andar de casa comigo me ajudando com as malas e me guiou até o quarto que é ao lado do seu. Era tão simples mas era tão lindo.

— Eu e minha mãe não quisemos enfeitar muito, queríamos deixar ao seu critério para você personalizar do seu jeito.— A garota entra e entro em seguida, pondo as malas no canto do quarto.

— Obrigada, muito obrigada.— Caroline caminhou até a cama se sentando na cama e me jogo ao seu lado me deitando la.— Estou exausta, dirigi horas e horas.

— Como foi a viagem? Tranquila?— Perguntou.

— Foi sim, Care. Então...um cara estranho estava deitado no meio da pista.— Disse e sua feição mudou completamente, minha prima fica séria.

— Como assim? Quem era?— Franziu o cenho.

— Damon Salvatore, era o nome dele. A cidade é pequena, o conhece?— Pergunto curiosa.

— Já ouvi falar, ele tem má fama. Ele fez algo com você?— Perguntou tirando os cabelos de meus ombros e segurou minha mandíbula virando de um lado para o outro olhando meu pescoço.

— Não, não fez nada. Só conversou comigo e eu dei uma carona para sua casa.— Caroline arregala os olhos.

— Chama qualquer um para entrar no seu carro?— Perguntou travando a mandíbula e sorrio fraco.

— Não precisa se preocupar, para mim ele é inofensivo.

Qualquer homem para mim é inofensivo.


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Comentem para motivação da autora!

Oii gente! Tô muito ansiosa para desenvolver esse casal, prometo dar o melhor de mim nessa história porque tenho certeza que vai ser uma das favs!

Stay-Damon Salvatore Onde histórias criam vida. Descubra agora