5."Um Criminoso à Solta"

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Rebeca Mitchell

- Coloca a máscara, Henrique! Tá maluco? Quer que alguém te reconheça? - Olho para ele.

- Tá, desculpa. - Henrique falou colocando a máscara de volta. - Você fala desse jeito porque não é você que está com dificuldade pra respirar.

- Que? An? Não estou te ouvindo. - Falo me fazendo de sonsa. - A máscara deve estar abafando a sua voz.

Henrique me olhou sério.

- Será que dá pra vocês se comportarem? Parece que eu que sou a adulta aqui. - Disse Ana Maria um pouco estressada.

- Nossa, tá bom, já paramos, dona adulta. - Rio.

- Olha!! A loja de brinquedos! - Ana Maria soltou as nossas mãos e saiu correndo para entrar na loja.

- Ana! Você vai se machucar! Não corre! - Falo alto.

Eu e Henrique fomos atrás dela.

- Papai! Eu quero aquela casa da Barbie! - Ana Maria falou apontando para uma casa de brinquedo cor-de-rosa.

- O papai vai comprar pra você, mas na volta. É muito grande pra carregar o shopping todo. Eu sabia que eu tinha que chamar o Jeremy. - Disse Henrique.

- Você não precisa de um assistente para passear com a sua filha, Collins. Vamos Ana, comprar umas roupas pra você. - Peguei na mão de Ana Maria e saí da loja com ela.

[...]

Henrique Collins

Andamos o shopping todo para comprar vestimentas para Ana Maria.

Eu realmente não entendo, acho que é coisa de mulheres. Rebeca e Ana andaram o shopping todo e não parecem nem um pouco cansadas. É impressionante.

Compramos também algumas roupas para Rebeca, já que por minha causa ela deixou sua mala em casa.

- Vamos parar para tomar um sorvete. - Eu falei.

- Ebaaa!! Eu amo sorvete! - Ana Maria falou animada.

Fomos para a pequena sorveteria.

- O que essa família linda vai querer? - A atendente falou sorridente.

- Que? Não somos uma família. - Falei constrangido.

- É verdade papai, nós três juntinhos parecemos uma família. - Ana Maria falou.

- Na verdade eu sou a babá dessa pequena, apenas isso. - Rebeca falou com a atendente e abraçou Ana.

- Ah sim, perdão. Bom, qual vai ser o pedido? - Perguntou a atendente.

- Eu vou querer um sundae de morando com amendoim. E você, meu anjo? - Eu perguntei para Ana Maria.

- Eu quero uma casquinha de chocolate com muito granulado! - A pequena respondeu.

- E você, Rebeca? - Perguntei.

- Eu não quero nada, não se preocupe. - Rebeca respondeu.

É claro que ela quer, mas já deu para perceber que Rebeca não gosta de incomodar. Mesmo ela não sendo nenhum incômodo pra mim.

- O mesmo que o meu para ela. - Falo para a atendente.

- O que? Mas eu disse que não queria nada. - Rebeca falou.

- Você vai tomar esse sorvete sim, é uma ordem, senhorita Mitchell. - Falo sério.

- Só porque você é muito insistente. - Falou a babá.

Seguindo o Coração [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora