17."Apenas Amizade?/Provocações"

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Ana Maria Collins

- Pedra, papel, te...soura! - Faço pedra com a mão.

Enzo fez tesoura.

- Por que eu nunca ganho? - Enzo falou fazendo birra, decepcionado.

- Ainda não se acostumou? Eu sempre venço de você. - Mando um beijo no ombro pra ele.

Ele balançou a cabeça em negação.

- Você é terrível. - Ele riu.

- Eu sei. Enfim - Coloco a mão na cintura. - Nós dois vamos vir pro baile de boas-vindas de pós férias, está decidido.

- Você que manda. - Enzo falou.

- Espera, e eu? Como eu fico? Eu vou ficar sem par? - Gabriela apareceu e perguntou triste.

A gabi é uma amiga que fizemos aqui dentro, ela é minha colega de quarto, já que os dormitórios de meninos e meninas são separados.

- Poxa, gabi, foi mal. Eu não tinha nem pensado nisso... - Falo sem graça.

- Vocês são péssimos amigos mesmo. - Gabi falou revoltada e saiu, deixando eu e Enzo sozinhos no corredor.

- Você não vai atrás dela? - Enzo me perguntou.

- Não é com ela que eu tenho que conversar agora, é com você.

- Eu? Não entendi. - Ele coçou a cabeça, confuso.

- O Jackson me chamou pro baile, então... - Não termino de falar porque sou interrompida por Enzo:

- Não. Você não vai no baile com o Jackson, aquele cara é um galinha. Você tem que ir comigo que sou seu melhor amigo!

- Mas se eu for com o Jackson, você pode ir com a Gabi, assim ninguém fica sem par.

- Não quero saber. Então ninguém vai pro baile, problema resolvido. - Enzo falou sério e saiu.

Bufo.

Jackson é um dos garotos mais populares do colégio e ele sempre deu em cima de mim, o Enzo sempre implicou muito com ele por causa disso.

Rebeca Mitchell

O silêncio e o clima foram quebrados por Luiz que foi até Henrique:

- Federal! - Luiz falou sem pensar. - Digo, senhor Collins! É um prazer conhecer o senhor pessoalmente! - Luiz estendeu a mão para Henrique.

- É uma pena que não posso dizer o mesmo. - Henrique respondeu sério e ignorou a mão estendida de Luiz.

- Entendi... - Luiz abaixou a mão. - Bom, sente-se. - Luiz se sentou e Henrique fez o mesmo.

Beatriz olhou pra mim com uma cara de assustada. Ela percebeu que esse é o famoso Henrique que contei pra ela.

- O que aconteceu? - Henrique perguntou.

- Essa funcionária brigou e bateu em uma cliente! - Luiz falou alto apontando o dedo na minha cara.

- Você pode abaixar o seu tom de voz? Vamos manter o respeito? - Henrique falou me defendendo.

- Claro... desculpe, senhor Collins. - Luiz limpou a garganta.

Eu preciso tomar coragem e falar o que realmente aconteceu, mas eu estou muito sem graça de fazer isso... Ainda mais falar que a cliente era a Raquel. Eu vou morrer de vergonha.

- O que aconteceu foi que a cliente era uma folgada e estava fazendo a Rebeca de palhaça. - Beatriz falou por mim.

Valeu, amiga.

Seguindo o Coração [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora