Annellise Lindsor, uma jovem assombrada por tragédias passadas, busca paz em Outerbanks junto com sua família.
Depois de enfrentar os horrores de um ex-namorado assassino em Nova York e descobrir segredos obscuros de sua família, ela espera encontr...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
AS POSSIBILIDADES que se passavam pela mente de Adelaine Lindsor não eram das melhores. Diversas cenas envolvendo sua filha, uma poça de sangue e a maldita máscara fantasmagórica, e nenhuma delas parecia acabar bem.
Roía as unhas nervosamente enquanto andava de um lado pro outro na sala de estar. Céus, era a primeira noite deles em Outerbanks e não poderia estar sendo pior. Ao acordar de madrugada, caminhou até o quarto da filha para ver se estava tudo bem. Aquele hábito se tornou rotineiro desde Nova York. Quando não a encontrou deitada na cama, sentiu que seu coração pararia a qualquer instante.
— Addie!
A voz de Luke soou do lado de fora da casa. Ele estava conversando com os policiais enquanto Adelaine se perdia em seus pensamentos. Estava perto de subir as escadas e pegar a arma que jurou nunca mais tocar. Se sua filha não aparecesse nos próximos 10 minutos, ela cuidaria disso sozinha.Adelaine correu em direção a porta e foi quando pela primeira vez em duas horas respirou aliviada.
As luzes vermelhas e azuis refletiam no rosto frágil de Annellise, que caminhava junto de Rafe Cameron.
— Se afaste dela, agora! — foi a primeira coisa que Adelaine gritou. Puxou Anne para seu corpo e usou a mão direita para manter o corpo de Rafe o mais longe possível.
— Senhora, se acalme — Sheriff Jenkins pediu, colocando uma das mãos sobre o ombro de Adelaine. — Está claro que o rapaz só estava a ajudando.
— Addie — foi a vez de Luke chamar sua atenção. — Anne está bem, está aqui. Relaxe.
Ela queria gritar para ele não pedir para que ela relaxasse, porque afinal de contas, Annellise era filha dela. Só dela. Luke nunca entenderia completamente.
Os olhos de Anne, ainda apreensivos e amedrontados, se encontraram com os de Rafe. Ele a enviou um sorriso apertado, apático.
— Sheriff está certo, mãe. Eu saí de madrugada para espairecer e acabei me perdendo. Rafe me encontrou e me trouxe de volta.
Adelaine ainda não parecia convencida. Como uma boa policial, queria fazer diversas perguntas, mas sabia que não estava na sua área e nem conhecia o Sheriff - que a encarava de soslaio, tentando decifrá-la de alguma forma. Haviam pesquisado sobre a família, não por que eram especiais, mas porque fazem isso sempre que alguém novo aparece pela cidade. Mesmo não sendo uma comunidade completamente unida, era trabalho deles manter a segurança de todos.
Não haviam encontrado nada além de um documento tarjado, o qual ele salvou em seu pen drive e entregou para o garoto que morava em frente a sua casa. Aparentemente era um gênio do computador. Queria descobrir o que escondiam por trás dos quadros negros.
— Obrigado, Rafe — Luke acenou em direção à Rafe.
— Sem problemas, Sr. Lindsor.
Sheriff deu dois tapinhas nas costas do rapaz antes de ele acenar para a família e caminhar de volta para a sua casa. Os olhos de Anne nunca deixaram sua figura. Rafe olhou para trás uma última vez e a enviou uma piscadela antes de desaparecer por completo.
