Eu estava afundado na tristeza, tudo bem, serei honesto, isso é eufemismo, eu estava tão afundado que seria capaz do meu sentimento ter ultrapassado a crosta terrestre, fiquei na cama, não me mechi, não me dei ao trabalho de jantar, comer, beber ou de sequer me mexer, nem sequer desci para a noite de origami, pessoas imaginarias somente podem dobrar cisnes de papel.
(óbvio que eu ainda tomo um banho, possivelmente eu seja inexistente? Sim, sujo? Nunca)
Obviamente naruto estava preocupado comigo.
—nao me importa oque qualquer pessoa pense ok? Você é real pra mim.—disse o naruto
—ok, tudo bem, mais do que eu sou feito naru!? De nada que possam tocar ou ver?!—respondi
—tem um monte de coisa reais que não se pode tocar ou ver—respondeu o loirinho— tem musicas, tem desejo, tem gravidade. Tem eletricidade! E sentimento, o silêncio tambem.
— ah que otimo! —falei—Que maravilhoso. Que dia feliz, tudo esta resolvido. Quer dizer, claro, você é feito da mesma coisa que flores e a lua e dinossauros, eu sou a mesma coisa que gravidade?! Perfeito, simplesmente estupendo!
Naruto olhou pra mim, mordendo o lábio inferior do mesmo jeito que ele fazia quando estava assustado, confuso ou prestes a chorar.
—a gente devia fazer algo pra ti animar— grntimemto ele falou— a gente vai trabalhar na lista das coisas que você gostaria de fazer antes de morrer.
Ele foi até a escrivaninha, abriu a gaveta e tirou a lista de lá.
—tipo isso aqui— sugeriu ele— podemos colocar um escorpião ninja pra treinado no pote de comida do kurama— soltei um suspiro bem borocoxo e coloquei o cobertor cobrindo a cabeça— ou nos podemos colocar a casinha do kurama numa arvore enquanto ele dorme e vê a carinha confusa dele depois.
—ou podemos fazer o número três! Colocar uma roupinha de bebê no kurama e deixa-lo no orfanato mais eu duvido muito que eu ache uma roupa taaaaaao comprid-
—Naruto!— eu gritei — chega ok? Esquece isso, eu diria que estou com o coração partido e nunca nunca tera concerto mais eu não posso dizer isso!—
—por que não?— perguntou o loirinho
—porque— falei— não tenho certeza se coisas imaginárias tem coração—
Tentei visualizar como meu coração imaginário se partiria caso eu tivesse um de fato, sera que se parecia com um pequeno globo de neve com um vazamento? Ou a linha de chegada depois de um corredor arrebenta-la? Ou um ponteiro de um relógio que não diz mais a hora certa?
Isso é assustador, assustadoramente assustador que não haja som quando um coração se parte, acidentes de carros tem estrondos, quedas tem os baques e até mesmo o som do lapis raspando no papel mas o som de um coração partidos é tão... ensurdecedor, quase como se ninguém, nem mesmo o próprio universo consegui-se criar o som pra tamanha devastação, quase como se o silêncio fosse a única maneira do universo prestar homenagem a um coração partido.
—Me sinto oblívio— falou o nara, novamente nós encontrávamos no parque, creio que, de certa forma, ele parecia mais transparente do que eu realmente gostaria de admitir, ele parecia triste.
—oque é oblívio?— perguntei
— é a sensação de um coração abandonado, é o sentimento de procurar infinitas vezes e não obter uma resposta, é um grito pro vazio, é a sentença final da existência sasuke— o moreno respondeu, com um olhar vazio, estavamos na mesma "vibe" e caimos no silêncio ensurdecedor enquanto olhavamos o loiro e o perolado brincando.
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TODO MUNDO ODEIA SASUKE UCHIHA
FanfictionSasuke era um menino de 10 anos que era ignorado por todo mundo menos por um menino de olhos azuis, seu melhor amigo, Naruto Uzumaki. Ele sentia que era invisível ao olhos dos até que um dia ele descobre que realmente era,agora cabe a ele descobri o...