TRANSFERÊNCIA?

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Depois que se processou uma papelada muito mais cuidadosamente preenchida, eu com prazer dei a hinata e passei pela porta rumo a minha mais nova transferência, pronto para provar que eu não tinha medo de nada.

Era uma sala de estar velha e normal, em uma casa velha e normal. A primeira coisa que vi foi uma cabeça sumindo atrás de um sofá. A cabeça tinha uma selva de cabelo cor bem branquinhos e uma atadura cobrindo um dos olhos, e me fazia pensar em uma toupeira petrificada se enfiando em uma toca.

-Ahn, olá? falei.- Nisso, a figura atrás do sofá correu pela sala, abriu uma porta e a bateu depois de atravessar. Segui a figura e bati na porta e, quando ninguém respondeu, tentei de novo. Finalmente, depois de minha terceira tentativa, a porta rangeu, abrindo uns poucos centímetros.

- Saudações- falei, finalmente cara a cara com os olhos de coruja atrás das ataduras.

- Eu sou sasuke...sasuke uchiha, É um prazer conhecer você.- Estendi minha mão para um aperto, mas o garoto cobriu a cabeça como se eu fosse bater nele. -Você tem um nome?- perguntei. O garoto não respondeu, mas vi um nome escrito com canetinha em uma mochila na porta do armário.

-Veja bem, kakashi- falei. -Tenho a sensação de que você quer que eu vá embora, mas isso vai ser difícil, pois é você quem está me imaginando.-

Com essas notícias, kakashi arregalou ainda mais os olhos, como se isso fosse possível. Eu estava prestes a perguntar a ele com que aparência ele tinha me imaginado, quando ouvi uma voz masculina chamar da cozinha.

-Hora do jantar, kashi! E, por favor, lave as mãos se você estiver se escondendo no armário de novo.

Em resposta, o tal de kashi passou correndo por mim em direção à cozinha, como se o cabelo dele estivesse em chamas. Aquela toupeira petrificada não tinha bons modos, se você quer saber. Isso, pensei, não ia ser nada divertido.

Eu me juntei ao kakashi e ao pai dele à mesa. O pai dele usava óculos diferente do filho e tinha diversas canetas estouradas no bolso da frente da camisa.

-E aí, campeão, como você está?- perguntou o pai.

-Como eu estou?- falei.

-A melhor questão seria o que eu sou Oh parei. Você quer dizer ele.

kakashi estava me encarando do outro lado da mesa com os olhos arregalados.

-Então, na aula começou o pai, meus alunos estão aprendendo que o olho humano tem milhares de células sensíveis à luz chamadas cones. São elas que nos permitem ver as cores. -

Isso explicava os óculos e as canetas..... O pai do kakashi era um nerd profissional

-cachorros apenas têm dois tipos de cones tagarelava o pai, amontoando ervilhas no prato do filho. Então, eles só enxergam tons de verde e azul.

Observei o vapor que subia das ervilhas embaçar os óculos do pai do menino, Sem tirar os olhos de mim, kakashi pegou seu garfo cheio de ervilhas e lentamente o aproximou do rosto. Quando o garfo chegou lá, ele já estava vazio, e eu tenho bastante certeza de que o garoto teria espetado os próprios olhos se não fosse pelas ataduras que os cobriam.

-Humanos- continuou o pai de kakashi feito um livro de ciências - têm três tipos de cones. Então, nós vemos verde, azul e vermelho. Borboletas têm cinco tipos de cones. Mas os melhores olhos continuou ele pertencem a um tipo muito especial de camarão. Esses camarões têm dezesseis cones. Dá para acreditar? Então, o arco-íris que nós vemos é apenas feito de combinações de tons de verde, azul e vermelho. Agora, imagine só como seria um arco-íris para aquele camarãozinho! Seria gigantesco e vasto, e teria infravermelho e ultravioleta e coisas que nem conseguimos imaginar. E o mais interessante é que estamos tecnicamente olhando para a mesma coisa.

-Mas as coisas que eles conseguem ver são simplesmente... Invisíveis para nós -disse kashi terminando a frase.

O pai de kakashi sorriu em choque. Ele parou de falar, como se tivesse feito um animal selvagem comer da mão dele, e ele não ia abusar da sorte.

Depois do jantar, eu me sentei sozinho comkashi, que continuou com o olhar arregalado.

-Eu não tenho naaaaaada melhor pra fazer, garoto- falei, apertando os olhos, encarando de volta. -Posso fazer isso a noite inteira.

- Amerelho- kakashi disse finalmente, quebrando o silêncio.

-Oi?- perguntei.

-É o nome de uma das cores que é invisível para nós. Amerelho- kashi disse.- Também tem canzi e azuranja e vermelho-grama.

-Sim- concordei, surpreso que o garoto conseguia juntar tantas palavras de uma vez só.

- E, ah, não se esqueça do lindo vorde, o luminoso chatfal e do sutil vinheca.

O rosto de kakashi se iluminou. Ele se levantou e começou a andar pelo quarto e falar rápido: ---Ou salgada e insônia e despreocupação e tagarela e solitário e queimado e pontual.

-Algumas das minhas cores favoritas- concordei, acenando com a cabeça. -Nós poderíamos pintar esse cômodo todo com sussurro. Ou zigue-zague. Ou talvez um tom bonito de ignorado e invisível.

Kakashi não se segurou e deixou escapar um tipo de risada quieta e ofegante.

-Santa hilaridade- acrescentou ele. Admito: eu ri também. O que posso dizer? O garoto era bem engraçado. Mas essa, eu iria aprender, era apenas uma das muitas cores de kakashi que ninguém tinha a oportunidade de ver.

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⏰ Última atualização: Dec 23, 2023 ⏰

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TODO MUNDO ODEIA SASUKE UCHIHAOnde histórias criam vida. Descubra agora