Coelhinha ( Simoraya)

10- SÓ MINHA

  Naquela noite não consegui dormir direito. Eu estava tão insegura com o rumo que as coisas estavam levando , Simone era milionária, linda , dona de um império, experiente e poderia ter a mulher que quisesse. Já eu, era apenas uma empregada sem nada na vida. Eu não tinha nada a oferecer para ela.
Mesmo cansada levantei cedo no dia seguinte e assim que terminei de tomar café fui avisada de que Simone queria conversar comigo no escritório dela . Então lembrei da mensagem que não visualizei e do envelope que ela colocou por baixo da porta.
Assim que entrei no escritório , Simone fechou a porta de chave.

__ Por que trancou a porta? ___ perguntei preocupada, pois ela estava com uma expressão de raiva.

___ Sem perguntas. ___ falou de cara fechada. __ Agora se encoste na mesa. Agora!

O que ela ia fazer comigo? Será que ia me dar um tiro? Fiquei parada sem reação.

__ Você me ouviu? ___ perguntou agarrando meu braço com força e me levando até a mesa. ___ Onde estava com a cabeça para agir daquela maneira ontem? Eu sei que estava acordada quando fui lhe procurar!

__ Você não falou comigo quando chegou. __ quase sussurrei.

___ E o que queria que eu fizesse?  ___ ela praticamente gritou comigo.___ Por acaso eu ia beijar você na frente dos meus filhos?

Claro que sim! Pensei.

___ Responde, sua idiota! ___ a fala dela veio acompanhada de um tapa forte na minha bunda.

___ Aí! __ dei um gritinho.

De repente Simone me agarrou por trás e começou a desabotoar minha blusa. Eu queria recusar, me debater, gritar, sair dali. Mas também queria as mãos dela em mim,  e queria matar a saudade que eu estava do beijo dela. Logo ela começou a beijar e a lamber meu pescoço,  me deixando toda molinha.

__ Não faça mais aquilo, Coelhinha... Ou eu vou encher essa bunda linda de tapas. __ ameaçou.

___ O que quer de mim, Simone?

___ Que seja minha. Só minha. ___ seu  tom foi sensual .

Tudo que eu conseguia fazer era gemer com as carícias dela. Quando dei por mim já estava apenas de sutiã e calcinha. Com uma mão ela massageava meus seios e com a outra começou a tirar minha calcinha. Eu já estava vergonhosamente molhada e sentindo uma pressão na minha região íntima que , só denunciava o quanto eu desejava as mãos dela alí.
Rapidamente Simone tirou meu sutiã e minha calcinha , em seguida me virou de frente para ela. A mesma saudade que eu estava sentindo do beijo dela , ela também sentiu do meu. Percebi isso quando a boca dela encontrou a minha em um beijo tão cheio de urgência, fome e desejo que me faltou o ar. A língua dela encontrava a minha de forma dominadora, ela ditava o ritmo do beijo e eu correspondia submissa ao seu feitiço.
Nos afastamos para recuperarmos o fôlego e continuamos mais uma , duas , três, quatro, cinco vezes. Precisávamos recuperar não apenas os dias que ela passou na Itália, mas todo o tempo em que  passamos sem nos conhecer, sem sentir o prazer dessa química toda que havia entre nós e torcendo que a vida nos trouxesse alguém que fizesse despertar em nós aquele frio na barriga e aquela vontade de ficar perto.

__ Uau, Coelhinha! Você é tão gostosa... ___  falou Simone quando paramos com os beijos.

De repente me senti corada e toda tímida por estar nua na frente dela. Ela me olhava como se quisesse me devorar, os olhos estavam mais brilhantes do que o normal , pareciam de uma loba perigosa. E eu era uma presa fácil para essa loba.

____ Posso continuar? ____ pediu permissão olhando nos meus olhos .

Não planejei perder minha virgindade na mesa de um escritório e muito menos com a minha patroa. Mas naquele momento não havia nada que eu quisesse mais. Só tinha um porém, Simone não sabia que eu era virgem. Contar a verdade era essencial para que fosse bom para nós duas.
Enquanto eu pensava numa maneira de falar , ela distribuía beijos pelo meu pescoço.

E se ela me achasse uma idiota e não quisesse transar comigo? E se ela risse de mim? Simone não parecia ser do tipo que gostava de mulheres inexperientes.

___ O que foi, Coelhinha? ___ ela notou meu desconforto.

___ Simone, eu... ____ eu não conseguia encontrar as palavras.

___ Você não quer sexo comigo. É isso?__ ela me encarou com expressão  de frustração antecipada.

__ Não é isso, Simone. __ respondi buscando coragem. ___ Eu... Eu sou virgem. ___ assumi .

A reação dela foi de surpresa acompanhada de um sorriso largo.

___ Então quer dizer que a minha Coelhinha ainda é lacradinha...

___ Isso mesmo. __ continuei tímida.

__ Vai ser um prazer te fazer mulher, mas não aqui. ___ falou me dando um beijo na testa.__ Quero que seja especial, então vou te levar em um lugar depois da sua aula.

___ Tudo bem.

Me vesti novamente e me despedi de Simone com um beijo. Ela já não estava brava , agora parecia apaixonada.
Por curiosidade fui até meu quarto e abri o envelope que ainda estava no chão. Dentro havia um bilhete onde estava escrito em letras pretas:

Você fica linda de casaco rosa e  calça branca.  Apesar  de eu preferir seu cabelo solto, você também fica linda com ele preso.
Seu sorriso é lindo .
Pensei em você todos os dias enquanto estive fora.

PS: Senti vontade de te beijar quando entrei na sala e te vi.

Simone.

NOTAS DA AUTORA:

Oi, meus amores! Estou sentindo falta dos comentários. Espero que estejam gostando da história.
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Abraços ❤️❤️❤️