12- NAQUELE QUARTO

3.9K 229 36
                                    

Enquanto Simone dirigia, eu observava como River City era ainda mais linda à noite com todas as suas luzes, imponentes edifícios, pessoas andando pelas ruas à procura de diversão, distração, ou sexo. Desde que cheguei na cidade, mal tive tempo para sair e conhecer seus pontos turísticos ou para apenas passear. Mas já tinha visto o principal símbolo de River City, que era o rio Tormenta. Ele cortava a cidade e era conhecido por suas águas escuras e sua profundidade. Não era o tipo de rio que qualquer pessoa podia dar um mergulho.

__ Apreciando River City?__ perguntou Simone , chamando minha atenção.

__ Estou. __ respondi olhando para ela e mostrando um sorriso leve. __ É uma bela cidade.

__ Concordo com você, Querida.

De repente Simone resolveu conectar o celular ao som do carro, e pediu que eu escolhesse uma música já que era minha primeira vez na Porsche dela. Pensei por alguns segundos até que coloquei a música " Antes da noite acabar" de Bianca Barros. Ao meu ver essa música dizia muito sobre nós e sobre o que significava aquela noite. Eu não queria pensar no que poderia acontecer no dia seguinte, queria apenas viver cada momento que a noite permitisse. Eu me entregaria por inteiro.

Chama-me aventura e vem te aventurar
Troca-me os planos que eu prometo acreditar
Que sou a única que queres ver ao acordar
Teu porto de abrigo se o mundo desabar
Vem me iludir com esse teu olhar
O jeito meigo que tropeça em mim e sem contar
Mata-me a sede com um beijo para me calar
Faz de mim poema e deixa-me ficar
Eu não me esqueço
Mas quero ouvir da tua boca todas as palavras que me fazem corar
Fala-me baixinho ao ouvido
E agarra a minha mão
Antes da noite acabar
Diz que o tempo pára quando estou aqui
Conta histórias parvas só para me veres sorrir
E faz me crer que sou a razão de tu seres feliz
A saudade que aperta sem nunca mentir
Quebra todo o silêncio que há em mim
Deixa-me sem saber do princípio meio e fim
Abraça me com força para te poder sentir
Dá-me o ombro e deixa o coração se abrir
Eu não me esqueço
Mas quero ouvir da tua boca todas as palavras que me fazem corar
Fala-me baixinho ao ouvido
E agarra a minha mão
Antes da noite acabar
Antes da noite acabar
Ohhh
Antes da noite acabar
Perco-me contigo mas da forma certa
Eu não me esqueço
Mas quero ouvir da tua boca todas as palavras que me fazem corar
Fala-me baixinho ao ouvido
E agarra a minha mão
Antes da noite acabar
Eu não me esqueço
Mas quero ouvir da tua boca todas as palavras que me fazem corar
Fala-me baixinho ao ouvido
E agarra a minha mão
Antes da noite acabar
Ohhh
Ohhh
Ahhh
Antes da noite acabar

Quando a música parou , Simone entrou no estacionamento  de um hotel de luxo.  Não  havia muito movimento no local e ela parecia familiarizada com o ambiente.
Entramos por uma porta lateral, pois não podíamos ser vistas. Logo um homem alto apareceu e entregou um cartão para Simone. Eles sem dúvida se conheciam, o que me fez concluir que ela frequentava o hotel com outras mulheres. Mas eu não podia ocupar minha cabeça com esses  pensamentos.  A Simone  estava alí comigo, o que ela fez antes não importava.

___ O que foi, Coelhinha? __ ela perguntou como se soubesse que algo me incomodou.

___ Nada, Simone. __ respondi.

___ Você ficou séria de repente...

___ Você costuma trazer outras mulheres aqui? Quantas chama de Coelhinha? ___ nem respirei para fazer essas perguntas.

___ Por acaso está com ciúmes? __  provocou e me agarrou pela cintura.

Sim! Sim! Sim! E era muito ciúmes!

___ Não. ___ resmunguei.

Então ela olhou bem dentro dos meus olhos e me beijou de uma forma intensa, como se quisesse me responder com o beijo. No começo tentei resistir, mas logo me rendi e acompanhei cada movimento dela.  Fomos nos afastando aos poucos e no final nos olhamos cúmplices.

Coelhinha ( Simoraya)Onde histórias criam vida. Descubra agora