11. My baby

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Carl Grimes

A Sophia não parou, nem por um segundo, nenhum de nós foi capaz de parar, a comunidade que levou os gêmeos e a Lexi, já era de conhecimento da loira, Commonwealth, esse era o nome do lugar.

—Eles tem uma boa base, são como militares e entrar lá, não vai ser fácil— Sophia explicava mostrando o mapa mal desenhado da cidade. — Mas a gente vai entrar, eu tenho um plano.

Olhei para o mapa que Sophia havia desenhado, observando os detalhes da cidade de Commonwealth. Era uma comunidade bem organizada, e eu sabia que seria um desafio entrar lá sem sermos percebidos. Mas eu confiava na habilidade e no plano de Sophia.

—Eu acredito em você, Sophia. Se alguém pode encontrar uma maneira de entrar lá, é você — disse, com um sorriso encorajador.

Sophia retribuiu o sorriso, agradecendo o apoio.

—Obrigada, Carl. Eu tenho infiltrados em todo lugar e em Commonwealth, não é diferente, a princesa vai me ajudar a entrar lá— Princesa, era o nome da infiltrada dela, Sophia disse que ela tinha algum distúrbio mental e era oque deixava ela mais incrível ainda.

—Tudo bem e depois?— Rick Grimes, a voz do meu pai fez Sophia se tremer de raiva, fechando os punhos porém eu contei pra ela sobre a época insana do meu pai e ela achou que ele seria útil.

— Vamos entrar atirando, sem pena, os oficiais usam armaduras mas só os que ficam do lado de fora de vigia, o resto só tá armado, vamos matar cada um que tiver na nossa frente— Ela queria entrar a queima roupa, sem pensar nas consequências e eu...eu não conseguia pensar diferente, eu só queria a minha filha.

—A gente não pode sair matando as pessoas, vamos ser racionais e pensar em alguma coisa, eu tenho certeza que consigo planejar isso melhor— Sophia gargalhou olhando pra Rick e então bateu com as mãos e todo o ódio no olhar.

—Quem acabou com os salvadores? Fui eu! Quem fez um trato com os sussuradores? Eu outra vez, Quem enfrentou uma porra de uma horda de zumbis sozinha pra salvar a sua filha? Eu, então para de querer bancar a porra do líder porque você não é ninguém, EU MANDO AQUI, EU e você só tá vivo por ser a merda do pai do Carl porque eu sou doida pra te dar um tiro desde que você matou o Shane.

Meu pai não disse nada, apenas deu um passo pra trás e Sophia continuou explicando todo o plano dela e era isso que iríamos fazer, invadir Commonwealth.

A noite estava escura e silenciosa, o nosso grupo liderado por Sophia estava reunido em meio à vegetação densa, nas proximidades dos muros altos que cercavam a comunidade de Commonwealth. Eram cinco membros do grupo: Sophia, eu, Daryl, Michonne, Gleen, meu pai, Carol, Sarah e Rosita. Cada um deles tinha experiência em sobrevivência e combate, e estavam dispostos a arriscar suas vidas para resgatar os amigos e familiares.

Sophia estudou novamente o mapa que havia desenhado meticulosamente, detalhando os principais pontos de interesse da comunidade. Ela apontou para a área que acreditava ser a melhor rota de entrada.

—Vamos nos dividir em dois grupos. Eu e Carl lideraremos uma equipe para entrar pela lateral leste, onde a segurança parece menos reforçada. Daryl, Michonne, Rick Rosita, vocês entrarão pela lateral oeste. Carol , Sarah e Gleen vem com a gente. — explicou Sophia em um sussurro, para garantir que não seríamos detectados.

Todos assentiram, compreendendo o plano. Daryl, Michonne e Rosita trocaram olhares confiantes antes de se separarem do grupo e desaparecerem na escuridão da noite. Sophia e eu seguimos silenciosamente em outra direção, buscando o ponto de entrada planejado.

A medida que nos aproximavamos da entrada leste, a tensão aumentava. A comunidade de Commonwealth estava bem protegida, com vigias posicionados estrategicamente ao longo dos muros. eu, Sophia, Carol e Sarah fomos pra perto sorrateiramente, nós esgueirando entre as sombras, evitando os pontos de luz.

Sophia apontou para um pequeno buraco no muro, grande o suficiente para permitir a passagem de uma pessoa por vez.

—Por aqui — sussurrou ela para Carol.

Com cuidado, Sophia se abaixou e passou pelo buraco, seguida por nós. Estavamos dentro de Commonwealth. O meu coração batia acelerado, sabendo que estávamos em território inimigo.

Enquanto nós moviamos pelo interior da comunidade,  tentávamos parecer o mais natural possível, evitando atrair atenção. Misturavam-se aos moradores locais, que pareciamos estar em suas atividades noturnas habituais.

Daryl, Michonne e Rosita apareceram no corredor, indicando que estava na hora de entrar de uma vez.

Entramos aonde a tal princesa disse que era o laboratório e Sophia entrou atirando, sem remorso, sem nem pensar nas famílias das pessoas e nós, apenas segundos ela.

Sophia entrou no local vendo Samantha e os gêmeos, Zack estava desacordado e Luke estava lutando, tentando se soltar das cadeiras, ela deu um tiro pro alto chamando a atenção mais ainda daqueles que estavam na sala.

—Larga ele— Falei apontando a arma pra cabeça da mulher, Sarah tremia com a arma na mão, ela conhecia Samantha a anos e agora estar ali pra matar ela, era algo verdadeiramente difícil.

—Eu tô salvando o mundo — Samantha falou com as mãos pra cima — As perdas são consequências.

— Cadê a Lexi?— Foi a primeira coisa que Sophia falou e Samantha perdeu toda a cor no rosto quando ela perguntou e aquilo me deixou com receio, isso não significava uma coisa boa— Porra, eu tô te perguntando, cadê a Lexi?— Ela gritou colocando a arma na cabeça da mais velha.

—Na sala ao lado— Disse com a voz tremida e então, eu e ela corremos pra sala do lado, eu fui o primeiro a entrar e por isso, eu tive que ser o que iria segurar a Sophia, outra vez.

Tudo pareceu lento e escuro, o choro da Sophia gerou um tiro na testa da Samantha, tiro dado por Sarah que entendeu de primeira oque havia acontecido.

Sophia travou, ela não andava, ela não falava, ela só estava lá, parada, observando Lexi deitada naquela poltrona, de olhos abertos, completamente imóvel e com uma mordida de zumbi em sua cintura.

Eu peguei a mão dela, torcendo por qualquer sinal de vida mas seus olhos nem se mexeram, eu abaixei a cabeça segurando as mãos da garotinha, minhas lágrimas desciam sobre o meu rosto, eu pensei que a maior dor que eu poderia sentir, era a dor de perder a minha mãe da forma que perdi anos atrás mas agora, eu tinha perdido minha filha e aquela sim, era a pior dor do mundo.

Soltei a mão da Lexi no momento em que Sophia a agarrou, abraçando a garota com toda a força, fazendo carinho em sua cabeça.

— Meu bebê... Meu bebêzinho— Ela repetia entre o choro, as lágrimas, a voz, tudo mostrava o quanto ela estava destruída. — A mamãe tá aqui, acorda, é a mamãe— Chamava por Lexi, como se ela só estivesse dormindo.

Aquele era o pior momento da minha vida.

The Savior ° Carl Grimes Onde histórias criam vida. Descubra agora