10. O rei e a Rainha

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Sophia Peletier

Lembro quando eu era criança, antes de tudo acontecer que a minha mãe contava sobre as princesas e fala que um dia eu iria me apaixonar e me casar, eu não queria, oque eu sabia de casamento, era oque via dos meus pais e eu nunca no mundo iria querer passar pelo que minha mãe passava e aí, veio o apocalipse zumbi.

Nunca na minha vida que eu ia imaginar um casamento nesses tempos, um mundo onde crianças morrem por não correr rápido o suficiente ou tem suas pernas arrancadas por ter sido mordida, em um mundo assim é impossível que exista algo além de dor, eu descobri que o amor ainda existia quando o Shane chegou e quando encontrei a Lexi mas amor romântico? com casamento e essas coisas? Achei que era impossível, até reencontrar Carl Grimes.

Se me contassem que um dia, eu estaria me casando, eu juro que não iria acreditar nunca mas agora aqui estou eu, frente a frente com o amor da minha vida que estava com um sorriso animado no rosto por ter feito um casamento surpresa pra mim.

— Da vontade de dizer que não— Falei entre os dentes e ele gargalhou.

— Você já tinha aceitado casar comigo, achei justo ter uma cerimônia pra concretizar— Passou a mão pelos meus cabelos que minha mãe tinha arrumado junto com Lexi— Passei bons perrengues pra conseguir esse vestido e as alianças, se você dizer que não, eu te jogo pros zumbis— Brincou e agora fui eu que ri.

Era um casamento real, tinha até um padre, um padre sinistro com um olho totalmente branco mas era um padre, eu tremia de nervoso, Carl me olhava feito um bobo apaixonado mas eu não poderia dizer que olho ele de outra forma.

— Você, Sophia Peletier, aceita Carl Grimes como seu legítimo esposo? — Gabriel perguntou e eu sorri.

—Aceito.

— E você, Carl Grimes, aceita Sophia Peletier como sua legítima esposa?

— É óbvio.

— Então eu os declaro, marido e mulher, pode beijar a noiva.

Aquilo foi o cúmulo do clichê, coisa de filmes mas foi incrível, tudo foi incrível e depois, quando fomos pra casa, só eu e meu marido, eu sentia que seria mais incrível ainda.

Eu estava tentando abrir o zíper do vestido enquanto Carl saía do banheiro com o cabelo molhado e uma toalha na cintura.

—Quer ajuda aí?— Perguntou e eu concordei sem pensar duas vezes.

Ele se aproximou de mim e seus dedos deslizaram pela parte descoberta do meu corpo até o zíper que era na metade das minhas costas.

— Você tá tão linda com essa vestido— Falou dando beijos no meu pescoço, fazendo com que eu arrepiasse— Mas não vejo a hora de te deixar sem ele.

— Então qual é o motivo de você estar demorando tanto?

Ele me agarrou pela cintura, me virando de frente pra ele,  aproximando o rosto dele do meu e dando beijos que me faziam suspirar e o vestido caiu sobre meu corpo, fazendo ele me olhar de cima pra baixo.

— Ah Sophia...

Eu enrosquei minhas pernas ao redor do seu quadril, aproximando-nos ainda mais.

—O que, Carl? O gato comeu sua língua?— Perguntei roçando nossos lábios— Tá com medonho Carl Grimes?

— Pelo amor de Deus, Sophia! Cala essa boca e me beija logo, porra! —ele exclamou, impaciente.

Não sei quem avançou primeiro, mas nossas bocas se tocaram rapidamente,. Me agarrei mais ao seu pescoço, enquanto Carl segurava minhas coxas, prendendo-me entre ele e a parede.

Eu me senti aliviada de finalmente poder explorar seu peito como desejava. Ele aumentou a pressão em meu quadril, criando um atrito enlouquecedor entre nossos corpos.

Carl tirou a toalha de seu corpo e suas mãos caminharam pela minha pele. Ele se afastou um pouco para me observar.

Ele colocou a mão em minha clavícula fazendo como se a desenhasse, e depois desceu pelo meu colo, arrepiando minha pele até meu peito, ele me tocava devagar, testando meus limites.

Minha respiração acelerou, e suas mãos me apertaram, enquanto sua boca, língua e dentes trabalhavam sem descanso. A visão mais intensa da minha vida, eu não era nenhuma virgem mas ele me tocava diferente e eu ficava louca com cada passada de língua dele sobre meu corpo.

—Carl... —O que era pra ser eu o chamando, saiu como um gemido abafado.

Sua boca continuou a me enlouquecer. Seus dedos, porém, agora estavam abaixo da minha cintura, me puxando para mais perto.

Ele me mordeu e eu gemi de prazer no momento em que ele entrou em mim, apertei suas costas com a unha e ele aumentou ainda mais o ritmo. Não havia mais raciocínio em mim.

Prendi minhas pernas ainda mais ao redor de Carl quando ele me deitou na cama, agarrei seus cabelos. Ele beijou minha boca, e nos seguramos um ao outro como se nossa vida dependesse disso.

—Se eu soubesse, tinha me casado antes— Brinquei ofegante assim que caímos um sobre o outro.

—Eu te amo, Sophia Grimes— Sorri com o comentário mesmo negando pra mim mesma usar o sobrenome do Rick.

—Eu te amo, Carl— Beijei ele novamente e assim ficamos por horas, até adormecer.

Não sei quanto tempo depois, eu acordei, meio desnorteada, tudo tava escuro mas eu sentia que alguma coisa estava acontecendo, eu sabia que estava.

Me levantei da cama procurando pelas minhas roupas com dificuldade por conta do escuro e eu não queria acordar o Carl que dormia tão tranquilamente.

Desci as escadas e caminhei pro lado de fora da casa, observei um homem, parado de costas pra mim, peguei a arma levantando ela e mirando bem na cabeça e foi quando ele se virou e eu vi que era o Rick mas mesmo assim, eu não abaixei a arma, era como se eu não mandasse nos meus braços e meu dedo no gatilho prestes a disparar.

—Sophia?— A voz de Carl me tirou do transe e eu abaixei a arma olhando pro homem na minha frente. — Você ia matar o seu sogro em menos de vinte e quatro horas de casamento?

—Não— Mentira, eu ia sim— Eu não vi que era ele.

—O que você tá fazendo aqui?

— Aconteceu alguma coisa, eu tô sentindo— Passei a mão pelo pescoço dando sinal do nervosismo e então Sarah apareceu correndo em nossa direção.

—A Samantha, ela... ela e umas pessoas com uns uniformes estranhos, levaram os gêmeos.

A alguns dias, eu proibi a Samantha de continuar com as experiências, ela queria fazer transfusões de sangue e depois deixar a pessoa levar uma mordida mas nós não tínhamos com quem testar e era muito arriscado, já que o antibiótico não deu certo.

Eu não disse nada, apenas corri pra casa da minha mãe mesmo com Carl dizendo que Carol nunca deixaria nada acontecer com a Lexi e que era a mulher mais forte que ele conhecia porém eu sou mãe e mãe sente essas coisas.

Assim que abri a porta tive a visão da minha mãe desacordada, Carl entrou em choque mas logo foi ajudar ela, enquanto eu subia correndo gritando por Lexi.

—Carl, levaram ela.

The Savior ° Carl Grimes Onde histórias criam vida. Descubra agora