Revelação

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Seus corpos estavam grudados, e o dedo de Colin ainda repousava sobre os doces lábios de Penélope. Se olhavam tão profundamente, que Colin pensou que seria ótimo morar naquele olhar. Seus rostos estavam a poucos centímetros de distância, e suas bocas quase se encostando. Quando ele fez menção de se aproximar mais para enfim acabar com toda a distância que o separava daqueles deliciosos lábios, subitamente se afastou de Penélope, a deixando paralisada e em completo transe do que acabara de acontecer.

Ou que quase aconteceu.

Afastado de Penélope, Colin quis mais do que tudo se aproximar dela novamente. Precisava daquele corpo próximo ao seu. Sentia tanto desejo por ela que até lhe doía. Penélope ainda estava parada, exatamente no mesmo lugar, tentando entender o que houve.

– Me desculpe, Penélope! – disse Colin. – Não deveria ter te trazido aqui, quase a desonrei! Por favor, me perdoe por isso! – suplicou ele, passando a mão nos cabelos, e se afastando ainda mais de Penélope.

Decidiu que era melhor estar há uma distância segura, porque se estivesse perto demais, sua honra estaria por um fio. Colin se distanciou mais, ficando do lado oposto de Penélope, encostado em uma escrivaninha, ainda a olhando desesperado pelo que quase fez.

Penélope, ainda sem entender o que estava acontecendo, e sem saber de onde estava saindo a força para se mover, foi se aproximando de Colin, o deixando-o extremamente agitado.

– O que está fazendo, Pen? – perguntou. – Não é bom que se aproxime de mim de novo, porquê senão...

– Se não o que, Colin? – perguntou Penélope olhando profundamente nos olhos de Colin e se aproximando cada vez mais. Todas as regras da sociedade desapareceram de sua cabeça, e a única coisa em que conseguia pensar era no homem que estava diante de seus olhos. Colin não conseguiu responder à pergunta. Sua atenção estava completamente voltada aos lábios carnudos e vermelhos.

Penélope se aproximou o máximo que podia, seu corpo se grudou ao de Colin novamente. E subitamente disse olhando para os lábios dele:

– Me beije. – já aproximando seus rostos.

O corpo de Colin de repente adormeceu. Não estava acreditando no que escutara. Penélope havia pedido que a beijasse.

Pedido, não! Mandado!

Dera uma ordem a ele. E como recusar uma ordem tão direta daquela mulher magnífica que estava a sua frente?

Colin se entregou ao momento, e beijou Penélope numa veracidade que nunca havia beijado nenhuma mulher antes. A abraçou bruscamente, como se precisasse do corpo dela para viver. Seus lábios se juntaram, e a maciez dos lábios de Penélope o deixou extasiado. Começaram com calma, ele não queria assustá-la em seu primeiro beijo.

"Primeiro beijo". Pensar naquilo deixou Colin feliz! Ele ser o primeiro beijo de Penélope. E jurou para si, que não deixaria ela esquecer daquele beijo nem em um milhão de anos, porque certamente ele não esqueceria.

Penélope abriu sua boca devagar, dando leve passagem para a língua quente de Colin. Ela deu um gemido quando suas línguas se tocaram, o que o deixou enrijecido. Como era doce o som!

Colin fazia um tour com suas mãos pelo corpo de Penélope. Passou pelas costas, na parte aberta do vestido, e sorriu satisfeito em meio ao beijo ao notar a pele arrepiada. Desceu mais, sentindo as deliciosas curvas daquele corpo, estava adorando sentir seu peitoral encostado nos seios de Penélope. E que seios! Eram deliciosos... Ele sentiu tanta vontade de agarrá-los naquele momento, de beijá-los e chupá-los! Mas se permitiu apenas repousar suas mãos no traseiro de Pen. Deu uma leve apertada, e sentiu um pequeno gemido em sua boca. Que delicioso era o corpo dela! Deus, como ele nunca havia notado? Era cego, por acaso?

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