A dama aprumava.
Suas pérolas, seus cabelos delicados.
Tamanha cor, tamanha renda de lírios
Um tecido divino ela costurava.Torcia para que fosse perfeita;
Que seus comandos fossem infindáveis.
Seus poderes, sua capacidade.
Foram o começo de uma calamidade.Leah King, a rainha da reconstrução - texto esculpido em mármore do Memorial Real.
Ano 112.Durante as primaveras na capital, existe o Festival da Reconstrução. Estes cinco dias de festividade são marcados pela presença ilustre da rainha carregando consigo uma bandeira cujo tecido foi manchado com o sangue daqueles que morreram em campo de batalha. É dito que na véspera é possível ouvir os sussurros dos mortos, contando as suas histórias. Em campo de batalha, encontrei uma ossada pertencente a um menino em seus 8 anos. As marcas em seu crânio indicam o uso de ácidos em seu rosto. Em anexo a esta carta, trago uma amostra de tecido epitelial do cadáver.
Rainha, o que fazem por aqui com nossos homens... As barbáries que tem acontecido por aqui ultrapassam qualquer sentido. Nem mesmo nossos homens sabem mais o motivo pelo qual guerreamos. Eles estão assustados, com medo de morrer. Esperamos que tudo isso que a vossa majestade nos obriga a passar valha a pena.
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Não Tínhamos Escolha
General FictionSensações, Medos, Criações e Sonhos. Em 1832, durante o pico da Grande Revolução Industrial, o país encara miséria e crescimento ao mesmo tempo. Todos são seus maiores inimigos, inclusive vocês mesmos. Existe um mistério ao redor do livro. Um enigma...