- Sarah Aniston é uma garota de dezessete anos com síndrome de exclusividade. Ela mora em uma cidade super calma da Alemanha, mas aquela cidade para de ser calma apartir do momento em que assassinatos horríveis acontecem nessa cidade matando seus am...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Antes de fazer qualquer pergunta, mesmo confuso, pisei o mais fundo que podia e acelerei o carro escutando Sarah chorar do meu lado com as duas mãos no rosto.
Não posso mentir em dizer que não me importei e nem sequer senti nada.
Ela não parece a mesma, não parece a mulher que mostra confiança por onde passa.
Não parece a mesma que todos invejam, que todos desejam ter sua vida, ser ela.
O som de seu soluço está dando fortes pontadas em meu peito de uma forma absurda, como se eu estivesse passando por sua dor.
Isso não foi uma coisa simples, uma coisa pequena.
Ela tenta se controlar, tenta parar de chorar e mesmo se calando, as lágrimas ainda caem por suas bochechas, e seu soluço é alto e repetitivo.
Queria saber o porquê ela está assim, o que fez, quem fez. Mas preciso, tenho a necessidade maior de querer saber o porquê isso está me matando por dentro.
Não era isso que eu queria? Não queria perceber que ela não tinha medo de nada? Que não se afeta com nada e que só era mais um humano normal?
Por que isso está me cortando em pedaços se nem sei o que se passa verdadeiramente?
Assim que a morena passou pela porta de sua casa, recebi uma mensagem importante e me afastei um pouco da residência para responder.
Quando ia voltar para ajudá-la, algo esbarrou em mim com muita força, consegui ver de primeira que era Sarah e a segurei para ela não cair.
A velocidade estava tão rápida, a respiração tão ofegante, os ombros subindo e descendo rápidos, seus olhos cheio de lágrimas mesmo as bochechas muito molhadas e o desespero em sua fala enquanto olhava para trás.
Odeio pessoas que perguntam mas não fazem o que deveriam fazer. A paguei e entramos no carro o mais rápido que consegui.
Não quero que ela se prenda, quero que ela desabafe e coloque tudo para fora.
Carregar uma dor sozinha é a pior sensação do mundo.
Mas não vou a consolar enquanto eu não perceber que não se sente confortável com a sensação de ser vista da maneira que está.
A olhei rapidamente preocupado e ela estava com os pés em cima do banco, segurando as pernas e passando as unhas por elas, deixando uma marca muito evidente e dolorosa.
Coloquei minha mão por cima da dela a impedindo que continue e abaixei suas pernas. Segurando agora suas duas mãos com uma só mão por cima de sua coxa.
Ela me olhou com aqueles olhos dolorosos, repletos de lágrimas com um olhar inocente que feriu mais de mil partes do meu coração.
Até que seu olhar inocente mudou para um olhar assustado e seu cenho se franze, enquanto se afasta um pouco, engolindo em seco.
