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Ghostface

Com as pernas balançando por conta do meu pé impaciente que bate no chão repetitivamente, os braços cruzados, sentada em uma das cadeiras desse corredor estranho cheio de gente me olhando torto enquanto espero Milena, Jorlina e Caleb sair da sala ...

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Com as pernas balançando por conta do meu pé impaciente que bate no chão repetitivamente, os braços cruzados, sentada em uma das cadeiras desse corredor estranho cheio de gente me olhando torto enquanto espero Milena, Jorlina e Caleb sair da sala do xerife, é a maneira que me encontro nesse exato momento.

Um menino ou menina — Não sei ao certo. — está olhando para mim completamente paralisado apenas piscando uma vez ou outra, me observando na cara dura.

Me pergunto se estou com cara de desenho animado.

Os quatro saem da sala da autoridade vindo em minha direção. Ao contrário do que eu pensei, quem pega no meu braço é Jorlina e não Milena, me levando até o carro da filha mais velha.

Ao contrário de Milena, Jorlina é mais cuidadosa quando pega no meu braço. Ela não me agarra e me arrasta até o carro, ela segura meu braço suavemente e anda devagar esperando meus passos acompanharem os dela.

— Entra, Sarah. — Jorlina mandou e passei certos dez segundos parada a encarando até finalmente fazer o que me foi mandado.

— Tivemos que pagar uma boa quantia pelo estrago que fez e toda essa furia e rebeldia por um garoto? — falava demostrando seu desaponto.— Quem é esse garoto, Sarah? Seu namorado? — Milena riu sarcástica.

— Uma coisa que não sabe sobre Sarah, mamãe, ela não é do tipo que tem um relacionamento com uma só pessoa. — Milena falou dando sua primeira palavra do dia.

— Então porquê todo esse caos?

— Mamãe, no mundo da nova geração, uma foda vale mais que barras de ouro.

— Só se for para você. — Falei. — Barras de ouro dão dinheiro, com dinheiro se fode até com plásticos que vibram e ainda sobra milhões, acha que não existe prostitutos por aí?

— Barras de ouro vale mais que a foda do seu maconheiro fora da lei, Sarinha? — Milena perguntou virando a cabeça para o lado.

— Jesus! — Jorlina esbravejou. — Quando se tornaram tão vulgares assim?

Milena virou o rosto olhando para a estrada e virei meu rosto olhando para a janela ao meu lado dando de cara com a porta de entrada da delegacia.

— Sabia que não podia estacionar aqui, não é? — Perguntei.

— Eu posso tudo. — Milena respondeu.

— Com xerecard consegue até imunidade no mundo do crime. Quando eu crescer quero ser igual a você, Millys. — Falei sacartica sorrindo falsa para a mesma que devolveu o sorriso.

— Parem as duas com essa baixaria na fala! Eu estou velha mas consigo entender os códigos que estão se comunicando. — Jorlina gritou novamente.

A porta do outro lado do carro do banco dos passageiros foi aberto e senti um perfume muito forte masculino entrar por minhas narinas.

𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓𝐅𝐀𝐂𝐄? | TOM KAULITZ Onde histórias criam vida. Descubra agora