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Tara tinha saído do banho, foi rápido apenas para a despertar do sono e tirar toda a sujeira e lágrimas que grudaram nela desde o dia de ontem. Relutou para abrir os olhos e enfrentar outro final de semana, dormiu mais de 13 horas por causa dos remédios que ingeriu.Colocou uma de suas calças de moletom e uma blusa manga longa, não tinha vergonha de mostrar as marcas para Amber e sim para a mulher que acompanhava a morena. Desceu para a sala, encontrando as duas garotas no sofá, ambas quietas passando os olhos pelo cômodo.
— Vocês podem contar agora. — Tara sussurrou, sua cabeça estava doendo demais para conseguir manter um tom alto.
Resolveu não tomar analgésico para disfarçar a dor, ultrapassou o limite de cápsulas na noite de ontem. Tara se sentou na mesa de centro, era de madeira então não tinha chances de quebrar. Encarou Amber, que estava com a cabeça baixa, Tara percebeu o seu nervosismo aparentemente.
— Tara, eu... antes de tudo, preciso de pedir desculpas. — Amber levantou a cabeça após longos minutos de suspiros e relutância, encarando os olhos caídos da menor. — Eu devia ter te contado, me desculpe. Eu não fiz pelo seu mal mas eu compreendo totalmente a sua raiva, fui contra a sua escolha e me arrependo muito por isso, por ter te magoado também. — Explicou, quase não dando pausas para respirar, sabia que perderia a coragem se parasse para pensar.
Tara apenas levantou os lábios, sorrindo vagamente para Amber que devolveu o ato. A mais nova balançou a cabeça, pedindo para a mais velha continuar, queria saber sobre tudo, todos os detalhes e o envolvimento daquela mulher ao seu lado.
Amber, então, explicou cada detalhe da investigação que estava traçando com a Kirby, desde a contratação, as escutas, as câmeras, as visitas da Reed na biblioteca até a parte final da investigação. Começou falando que também tinha comentando com Alex e que foi ele quem ajudou Amber a colocar as escutas no celular.
Tara ouviu tudo com atenção, mesmo estando com o corpo dolorido e com a cabeça rodando, mas não se arrependia por ter tomado os remédios. Ela teve um bom sono, afinal.
A explicação foi detalhada, Kirby se intrometeu algumas vezes nas frases de Amber para complementar alguma informação, o que deixou Tara satisfeita pelas meninas estarem contando cada detalhe.
— É basicamente isso. — Amber terminou a longa explicação. — E não culpe a Kirby, ela só está fazendo o seu trabalho.
— Quer dizer, você pode me culpar sim. É sempre bom descontar frustrações, criança! — Exclamou, risonha.
Tara retribui o sorriso, apertando a testa a cada minuto para ver se afastava a dor. A conversa foi bem esclarecedora para a menor, entendeu o lado de Amber assim como ela entendeu o lado da Tara. A mais velha sabia que estava errada e por isso não omitiu mais nada dessa vez.
Tara encarou as duas, precisando de alguns minutos para digerir e entender a sua posição nisso tudo, o risco de tudo dar errado e a culpa que vai sentir se alguém, principalmente a Amber, se ferir por culpa dela. Sabia que não era uma situação fácil.
— Eu não sei se eu quero tudo isso... Não quero ir para um orfanato, eu prefiro esperar completar dezoito anos.
— Será mais difícil denunciarmos a Christina com você sendo maior de idade, a pena é mais cruel quando denunciamos como 'Alienação Parental de Menor de Idade'. Entende? Por isso queremos fazer isso o mais rápido possível.
— E aí eu vou ter que sair daqui e ir para uma casa de acolhimento, certo? Eu não quero sair daqui, Kirby. Não quero me afastar das pessoas que eu gosto. — Tara olhou de relance para Amber, que já prestava atenção na morena.
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cinnamon girl | tamber
Fanficamber macher-freeman, a nova moradora de woodsboro se vê encantada pela colega de classe. tara carpenter, adolescente vítima de sua mãe alcoólatra, encontra apoio na nova fotógrafa da cidade. amber será capaz de lutar em terras desconhecidas pela s...