riscos

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Um magnetismo que age em mim,

Desorientando meus mecanismos,

Se instaura a grande desordem,

Passaralho de qualquer noção ou lógica.


É um risco que ocorre,

Agulha contra o vidro,

O novo vento me move

Como música nos ouvidos.


Então rios de eternos devaneios,

Embebidos em litros de desejo,

Descambam por cursos iludidos,

Desaguam em discursos sem sentido

E formam na cabeça teias de ilusões

Que embaraçam de vez minhas razões.

Para essa queda livre,

Um pouco mais eu queria,

Que o impulso custasse mais

Que um simples olhar

De natureza dúbia.

Mesmo assim me afogo nas dúvidas

Das minhas conspirações estúpidas.


Queria que não fosse inevitável

Amarrar-se no fio dos teus ímãs.

Quem sabe o risco é solucionado

Quando eu queimar de vez a língua:

Seja na dança dela com a tua,

Seja mordendo-a em carne crua.


Magnetismos, teus rios,

Riscos de cursos iludidos;

Simples queda livre,

Afogar-me em ti

É tudo o que eu queria.

Paredes Invisíveis (Coletânea)Onde histórias criam vida. Descubra agora