Leonardo's point of view

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POV
Leonardo
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Era um dia normal, eu estava a me vestir para gravar umas cenas do filme que eu estava a trabalhar. Tava a tentar rever as falas todas na minha cabeça para não fazer figura de parvo. Mesmo depois do sucesso do Titanic e do Romeu+Julieta, eu continuava a sentir que tinha que provar que merecia ter o trabalho e que não era só mais um rapaz de 23 anos que teve sorte. Quando o meu telefone começou a apitar, todos sabiam que eu estaria a trabalhar até mais tarde hoje, por isso tinha de ser urgente. Mas quando olhei para o telefone era um número desconhecido, no momento pensei que seria uma fã, por isso desliguei mas o número continua a insistir e eu tava mesmo a tentar consertar por isso atendi:
- Olá? - Disse eu, atendendo a chamada
- Estou a falar com o Leonardo DiCaprio?- perguntou uma voz masculina de um homem mais velho
- Sim...- Disse eu com medo que fosse um fã maluco ou algo perigoso
- Eu sou o pai da S/n- Disse o senhor-
Ela teve um acidente de carro
- O que? - Disse eu começando a ouvir tudo debaixo de água e a sentir tudo a girar.
A minha S/n tinha tido um acidente? Ela tinha... Eu sentia o ar a faltar e o meu coração a acelerar. Sentia como se uma parte de mim tivesse simplesmente parado de funcionar.
E tentei perceber o que o senhor dizia mas só tinha percebido: New York Presbyterian Hospital e  venha rápido
Eu guiei o mais rápido que pude. Eu sentia que o meu peito ia explodir e ar mal passava por o meu nariz. Tudo parecia estar a ficar novamente assustador e escuro. Mal estacionei o carro eu corri até dentro do hospital e falei com a primeira enfermeira para saber o quarto da S/n. O que ninguém parecia saber.
- Leonardo? - Disse a voz que estava ao telefone
- Sim- Disse eu desesperado mas tentei esconder- É o pai da S/n?
- Sim, sou o George e está é a mãe da S/n Elizabeth
- Muito prazer- Tentei dar importância mas eu só queria saber onde ela estava- Onde ela está?
- Está em cirurgia- Disse a mãe da S/n- Os ferimentos eram internos
- Como foi o acidente? - Disse eu ofegante porque o ar parecia desaparecer
- Muito grave, um caminhão veio em direção contrária e atingiu o carro dela
Eu deixei escapar finalmente as lágrimas. O meu peito doía e as minhas pernas pareciam deixar de funcionar então me sentei e deixei as lágrimas correr:
- Ela vai ficar bem - Dizia a Elizabeth para me tentar acalmar
- Eu não consigo...- Dizia eu sem ar
- Tá tudo bem, é só um ataque de ansiedade- Dizia a senhora-Respira fundo
Eu respirei fundo e tentei me acalmar. Mas não parava de pensar e se ela morresse?
- Ela não vai...? - Disse eu mais calmo
- Não, ela é forte- Dizia a senhora deixando cair lágrimas também
Depois de algum tempo chegou um médica com uma bata cirurgica
- São a família de S/n? - Perguntou o médica
- Sim - Respondeu George
- Olá, eu sou a Meredith Grey, fui a cirurgiã da sua filha- Dizia a senhora- Os danos eram muito graves mas nós conseguimos resolver mas ela neste momento está em coma, ela vai  acordar mas pode demorar muito tempo mas nunca de sabe
- Obrigada, Doutora Grey- disse o pai dela
- Mas não vai ter nenhum dano na personalidade ou no comportamento dela não é - perguntou a Elizabeth
- O meu marido Doutor Shepherd vai dar outra olhada, mas se o diagnóstico dele se manter,achamos que não, mas a sua função motora pode não ficar 100% durante alguns meses
- Tem perigo dela....- Disse eu me apercebendo que eu tinha de saber de qualquer maneira
- Existir á sempre, porque como disse o danos eram extensos, e ela não estava consciente quando foi resgatada- disse a doutora- Mas sabes o que fazer se tiver alguma paragem cardíaca
Naquele momento eu prometi e percebi que a mim mesmo várias coisas: que ia estar com ela e ajudar ela para sempre e que queria passar o resto da minha vida com ela
Depois os pais dela a foram ver e eu fui por último. Quando cheguei a sala vi ela cheia de hematomas e o seu braço com gesso. E deixei as lágrimas correr. Ela não merecia, eu não devia ter deixado ela ir sozinha levar as coisas, devia ter estado lá com ela. Agora ela estava assim por minha culpa.
Depois quando sai fiquei com os pais dela na sala de espera. Já deviam ser altas horas da noite quando os enfermeiros começaram a dizer que tinham um Código Azul e chegaram com carros de reanimação. Eu não estava a perceber até que uma enfermeira disse para outra: Paragem cardíaca no quarto 411
E eu pensei o quarto 411 é o quarto da
S/n. E isso queria dizer que o coração dela tinha parado.





The spoiled party boyOnde histórias criam vida. Descubra agora