"Eu sei o que você está pensando.
"Um conto de fadas diferente''? Como assim? Ele tem coisas do mundo moderno? Ele não começa com "era uma vez''?
Bem, não, ele vai se passar na era medieval (com castelos, magia, reis, rainhas, etc.) como um conto de...
No dia seguinte, Dylan acordou com sentindo um vento frio no rosto. Ele levantou a cabeça e olhou ao redor. A paisagem se movimentava com rapidez e ele tinha a sensação de estar voando. Depois de dois ou três segundos tentando entender, Dylan percebeu o que estava acontecendo:
Em algum momento da noite, Wilbur havia levantado voo e agora eles estavam voando.
O berro que ele deu no momento da constatação foi tão alto que fez Jade acordar desesperada.
—O que aconteceu?— ela perguntou virando a cabeça para os lados.
—AAAAAAAH!— gritou Dylan, pulando no colo de Jade.
—Dylan, me solta!— disse Jade tentando se desvencilhar do abraço apertado de Dylan, mas sem sucesso.
O cavaleiro abraçava o pescoço da menina com força e tremia igual a uma gelatina. Wilbur ria sem parar.
—Ai, ai... Eu sabia que isso ia acontecer— disse ele, balançando a cabeça.
—Você fez isso de propósito?— perguntou Dylan.
—Sim— respondeu o dragão.
Dylan soltou um suspiro de exasperação.— Eu podia ter caído e morrido!
—Mas você não morreu. E falando em morrer, tiveram alguns momentos que eu achei que você tava morto, porque sua respiração é muito baixa e rápida. Como se você fosse um animal assustado se escondendo de um predador.
Dylan olhou para Wilbur com espanto e um pouco de tristeza.— Você notou tudo isso?
—Sim.
Jade não disse nada.— Será que você poderia me soltar, Dylan?
—Ah, certo, desculpe— disse ele, atendendo ao pedido.—Ai meu Deus, meu capacete!— gritou ele, colocando as mãos na cabeça.
—Eu peguei seu capacete— avisou Wilbur, entregando o objeto ao cavaleiro.
—Ah, obrigado— respondeu Dylan, que se preparava para recolocá-lo na cabeça, mas Jade o impediu.
—Já vai colocar o capacete de novo?— perguntou ela, tristemente.
—Sim— respondeu o cavaleiro.
—Não coloca, por favor— pediu a princesa, fazendo cara de cachorro pidão.
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Dylan sentiu suas orelhas esquentarem um pouco.
—Hã...— ele falou, indeciso.—Tudo bem, eu posso ficar sem capacete por mais um tempinho...
—Ebaa— disse Jade alegremente, enquanto enrolava o cabelo de Dylan em seu dedo. Wilbur riu disfarçadamente.
—O cara não não botou o capacete por causa de mulher— sussurrou ele, se segurando para não rir ruidosamente.
—Fique quieto— sussurrou Dylan, com raiva.
—Tá bom— respondeu Wilbur.
Ficaram em silêncio. Um pássaro que havia saído de algum lugar deu um rasante e quase acertou Wilbur, o que fez Dylan gritar de susto.
—Ai meu Deus Dylan, você me assustou!— Disse Jade, botando a mão no peito.
—Aí, pra quê essa pressa?— gritou Wilbur para o pássaro.
O cavaleiro tentava se acalmar, e Jade cutucou Wilbur.
—Que lugar é aquele?— ela perguntou, apontando para um lugar cheio de morros, cavernas pequenas, árvores enormes e dragões.
—Ah, ali é o Vale dos Dragões— respondeu Wilbur.—Eu moro lá, e vamos fazer uma pausa rápida lá.
—Sério?— perguntou Dylan.
—Sim. Preciso ver alguém importante— respondeu Wilbur, se aproximando do chão e pousando.
