Akai Ito

Capítulo 13

Notas Iniciais

Vim mais do que o esperado.

Quem está feliz? 

Sakura não sabia como chegou acontecer aquilo com ela. Ela tentava se lembrar, mas seu nervosismo não conseguia deixar ela pensar. Tudo que se lembrava era que esperava no carro enquanto Sasuke havia ido buscar as crianças. Haviam ido juntos porque ela precisava ir a uma campanha e já que ele estava saindo para pegar os filhos, por que não pegar uma carona? E claro, cumprir com a promessa dela de mostrar o estúdio a eles. Por isso foram juntos. Por isso aceitou ir com ele. Bem, não só por isso. Ela gostava da companhia dele. Havia se passado mais de um mês, e ela já conhecia Sasuke e a família dele como se os conhecesse há anos. Era incrível. E já não conseguia ver sua vida longe de alguns deles. Ou todos eles. Todos mesmo. Era divertido. A família de Sasuke era muito divertida.

Mas aí, em um momento ela estava conversando com Temari no celular e no outro Kiba estava pulando para dentro do carro e dando a partida. Ele estava dirigindo como um louco. E, assustada, claro que as primeiras palavras foram "o que você está fazendo?". Uma pergunta boba. Ela sabia o que ele estava fazendo. Dirigindo um carro que não era dele. Praticamente a sequestrando. Não queria estar ali, e gritou para que ele parasse, para que voltasse, mas ele retrucava tudo que dizia. Ele queria conversar. Mas o que raios ele queria conversar? Ainda com aquilo? Depois de tudo que disse? Depois das palavras grosseiras? Depois de traí-la sei lá por quanto tempo?

Estava com raiva. Havia medo, mas também muita raiva. Ela não queria escutar ele. Suas desculpas esfarrapas. Sabia muito bem que ele daria alguma desculpa para explicar o motivo de ter a traído, e pior, no dia do casamento deles. Não tinha explicação. Ou melhor. Tinha. A única plausível. Ele não a amava. Ele queria algo daquele casamento ou era muito idiota para querer duas mulheres na cama dele. Como se arrependia de ter se entregado a ele. Como se arrependia por ter aceitado que ele fosse seu primeiro. Seu primeiro de tudo. Se pudesse voltar atrás, jamais aconteceria.

— Você não faz ideia de como eu tentei conversar de forma civilizada. Não faz.

Ela não respondeu.

— E não faz ideia de como eu fico irritado vendo você... com aqueles pirralhos.

Sakura o olhou finalmente depois de tanto tempo desde que decidiu que o ignoraria.

— Buscando-os na escola, levando-os na escola, brincando..., dando sorvete..., como se fosse uma mãe. Uma mãe que seria de um filho meu.

— Estava me seguindo? – Praticamente gritou.

— Você não tem o direito de ficar irritada por eu ter estado com outra mulher. – Ignorou as palavras de Sakura. – E aquele cara? Há quanto tempo você e ele...

— Não se atreva! – Gritou novamente, mais irritada que antes. – Você não tem o direito. Não tem o direito de me questionar nada. Nunca mais. Não somos namorados, não somos noivos, não somos casados. Não somos mais nada!