Opposites [CHAENNIE]

[11]

Jennie Kim

Diversas expressões passaram pelo rosto de Roseanne, constrangimento, irritação e... Curiosidade? Eu podia escutar vagamente uma voz masculina do outro lado da linha, e comecei a sentir a possessão dentro de mim acordar.

Quem diabos estava ligando para ela?

De repente, os olhos dela se estreitaram, e uma pequena voz na minha cabeça me disse que eu deveria ficar nervosa.

— Bom, obrigada por me contar sobre isso. Sim. Sim, pode deixar. Certo. Sim, eu te ligo quando decidir. Obrigada por ligar, Seok.

Seok? O maldito Choi?

Ela desligou e guardou vagarosamente o celular na bolsa. Olhando para baixo, ela balançou a cabeça e soltou uma leve risada antes de um pequeno sorriso diabólico surgir no canto de sua boca.

— Você tem alguma coisa para me contar, Srta. Kim? — ela perguntou docemente, e, por alguma razão, isso me deixou ainda mais ansiosa.

Quebrei a cabeça, mas não consegui pensar em nada. Do que ela estava falando?

— Acabei de ter uma conversa muita estranha. Parece que o Seok recebeu um e-mail confirmando a entrega das minhas flores. Você nem imagina o que tinha nessa confirmação.

Ela deu um passo em minha direção, e eu instintivamente dei um passo para trás.

Não estava gostando de onde isso estava indo.

— Acontece que alguém assinou a entrega.

Ah, merda.

— O nome do recibo era Jennie Kim.

Meeerda. Por que diabos fui assinar com meu nome? Tentei pensar em algo para dizer, mas minha mente estava em branco. Obviamente, meu silêncio disse tudo que ela precisava saber.

— Sua filha da puta! Você assinou o recibo e depois mentiu para mim? — ela empurrou meus ombros com força — Por que você fez isso? — minhas costas estavam agora encostadas na parede e eu procurava freneticamente uma saída.

— Eu... O quê? — gaguejei, parecia que meu coração ia sair pela boca.

— É sério! Você está maluca Jennie?

Eu precisava de uma resposta e precisava rapidamente. Passando as mãos pelos cabelos pela centésima vez nos últimos cinco minutos, decidi que era melhor simplesmente dizer a verdade. Mas era difícil.

— Eu não sei, tá? — gritei de volta — Eu só... Merda!

Ela pegou o celular e começou a digitar uma mensagem para alguém.

— O que você está fazendo? — perguntei.

— Não que seja da sua conta, mas estou dizendo para Momo continuar sem mim. Eu não vou sair daqui até que você me diga a verdade — ela me encarou e eu podia sentir sua raiva, brevemente considerei ir me explicar com Seulgi, mas ela me viu seguindo a Roseanne, com certeza já tinha percebido que estava acontecendo — Então?

Encontrei o seu olhar e soltei um longo suspiro. Não havia absolutamente nenhum jeito para explicar aquilo sem parecer uma maluca.