Eu te Esperei - GO² fanfic

4: Guarda-chuva

Na manhã seguinte, Crowley foi ao mercado, e como o acordado entre os vizinhos, quem vai ao mercado já faz as comprar para todos, e Crowley até pensou em levar Lizie para ajuda-lo, mas lembrou que a jovem estava organizando suas malas para voltar para o campus. Então Crowley sabia que seria um dia cheio para ele e a picape que ele comprou para o campo, sim, a Bentley raramente era utilizada agora, ela trazia muitas coisas para a cabeça de Crowley e ele não tinha espaço nela para todas as compras e tudo mais. De qualquer forma, enquanto fazia suas compras, ele se deparou com uma face familiar comprando vinho, Zira.

Crowley tentou passar despercebido enquanto pegava algumas garrafas mas era tarde demais. "Crowley?" Disse a voz familiar ao seu lado.

"Aziraphale..." Crowley evitou contato visual com o anjo caído.

"Já disse que é Zira." Isso com certeza não era o que ele deveria ter dito, e não é o que Crowley quer ouvir, e na verdade nem ele mesmo sabe o que queria ouvir neste momento.

"Que se dane, da na mesma." Crowley se vira a vai embora, deixando Zira sozinho.

Zira observou o comportamento do demônio, ele já tinha entendido o que ele deveria fazer, mas é mais fácil falar do que fazer. Ah Crowley... O que eu fiz... Pensou o anjo caído enquando pegava uma garrafa de vinho.

Foi um dia bem interessante, e então, no final do dia, quando Crowley finalmente terminou suas compras era hora de voltar para casa, mas estava chovendo e o carro estava longe. Antes que ele se molhasse todo, alguém o cobriu com um guarda-chuva. "Aziraphale? Está me seguindo ou o que?" Crowley no fundo estava feliz que o anjo estava lá, mas isso não importa.

Zira desisitiu de corrigi-lo, "Olha, eu não vou sair da cidade se é isso que você quer, não até provar que eu voltei e que não pretendo ir denovo." Respondeu o anjo caído enquanto acompanhava Crowley até a picape.

"Que bom que eu tampei a parte de cima do carro, caso contrário eu perderia as coisas que comprei..." Crowley mudou de assunto imediatamente, ele não quer falar sobre isso com Zira.

"Crowley, por favor, precisamos conversar, a sós..." Zira queria uma segunda chance com Crowley, e não pretendia desistir tão cedo assim.

"Hoje não. Eu tenho coisas para fazer." Respondeu o demônio sem elaborar muito enquanto entrava no carro e fechava a porta na cara de Zira, que assistiu enquanto o demônio ligava o carro e ia embora.

Zira suspira e continua seu caminho de volta para o motel onde passou a noite, ele não dormiu, apenas ficou bebendo e fumando enquanto pensava no que fazer agora.

Na manhã seguinte Zira estava decidido a consertar o que foi quebrado, então voltou para o campo e foi conversar com os vizinhos, tentar descobrir mais sobre o que o demônio têm feito nos últimos anos para saber melhor o que fazer agora.

"Cara, ele está te esperando aqui desde que eu tinha uns 10 anos, e você nunca apareceu, vai ter que fazer algo sobre isso." Disse Camila que honestamente não queria que Zira se resolvesse com Crowley, ela queria que ele fosse embora e deixasse o ruivo em paz.

Todos os outros deram respostas parecidas, exceto por James. "Escuta aqui, faz trinta anos que eu conheço aquele rapaz, eu vi ele sentado naquela varanda todos os dias durante 23 desses anos, esperando pelo dia que você chegaria! Mas você nunca chegava e ele ficava sentado ali, chorando. Então, garoto, vaza daqui, o resto do pessoal pode não ter dito, mas eles também querem você longe. Nós nos esforçamos muito para ajudar aquele rapaz, e não queremos que você apareça do nada e destrua tudo que construímos com anos de esforço!"

Zira ficou em silêncio por um tempo, e uma pequena lagrima se formou nos cantos dos olhos do anjo caído. "Olha senhor eu... Eu errei com ele, e errei feio, mas eu estava assustado, e perdido, e eu pensei que ele também precisaria se afastar depois do que aconteceu com o olho dele... Eu vejo aonde eu errei e eu quero consertar isso mas eu não sei como."

James não disse mais nada, fechando a porta na cara de Zira, que foi embora, de volta para o motel para refletir, ele não fazia ideia do que fazer agora, aparentemente o buraco era mais fundo do que o esperado.

Na manhã seguinte ele voltou para o campo, levando consigo um buquê de flores(mais um). Mas antes de bater na porta de Crowley, Zira escuta o som de uma garrafa se quebrando e chega a conclusão de que agora não é um bom momento. Ele deixa as flores na porta e vai embora.

Zira passa por um bar e decide parar para beber um pouco enquanto reflete.
Como eu posso consertar isso...? Ah mas que droga! Por que eu fui embora aquele dia...? Por que não fiquei? Mas que droga...

Aquele foi um dia bem longo para Zira, que passou o dia inteiro pensando no que fazer, e durante a noite, sua mente vagava entre todos os encontros entre ele e Crowley, e pela manhã, Zira teve algumas ideias, que exigiriam um tempo, paciência, resiliência e um pouco de magia, mas que ele estava determinado a fazer para tentar resolver isso tudo.