"Mais uma morte"

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Kioku on:

Quase o dia inteiro já havia passado, e nada, ninguém apareceu, nem mesmo meu pai.

Eu estava exausta, com fome e muita sede, meu corpo todo estava dolorido.

Eu não sabia mais o que fazer, aquelas algemas estavam apertando muito, fazendo meus pés e minhas mãos terem pouca circulação de sangue.

Até que meu pai aparece com uma tesoura na mão.

Pai: ainda está viva, né? Mas não por muito tempo, você vai pagar por tudo que fez!

Ele entra na cela, e logo vai em minha direção, segurando em meus cabelos.

Eu: você não vai! Você não ousa!

Pai: ah mas eu vou! - ele começou a cortar meu cabelo, deixando ele na altura do ombro.

Eu: eu não acredito!

Pai: pois acredite! Você já era! - ela joga a tesoura em mim e faz um corte em minha bochecha.

Ele sai da cela, me deixando lá com a tesoura. Eu pensei em como poderia usa-la para fugir, mas acho que nada daria certo.

Tentar colocar ela nas fechaduras das algemas seria uma ótima ideia, mas não caberia, e não daria para deforma-la, já que eu não tinha nem forças, e nada que poderia me ajudar.

Então, eu apenas esperei, esperei que alguém viesse. Law, Bepo, Ikkaku, Penguin ou até mesmo Shachi.

Demorou um pouco, até eu ouvir passos pelo corredor.

Eu: "quem é agora?" - pensei.

Law: Kioku! Finalmente te achei!

Eu: Law? Mas como soube que eu estava aqui?

Law: Bepo me contou tudo.

Law entra na cela, e começa a me desalgemar.

Eu: obrigada, por vir aqui.

Law: como capitão eu tenho que proteger os meus companheiros.

Law me pegou pelas costas, enquanto eu me segurava em seu pescoço.

Mas infelizmente no meio do caminho meu pai aparece.

Pai: tentando fugir, né? Quem seria esse cara? Seu namorado?

Confesso que na hora fiquei envergonhada, não seria uma má ideia. Mas calma! Concentração.

Eu: eu não vou morrer aqui! Não agora!

Pai: sabe, eu queria muito ter uma conversa de pai pra filha.

Eu: se é isso que você quer... - desci das costas de Law - por favor Law, não interfira na conversa.

Law apenas fez um sinal de sim com a cabeça, e se distanciou.

Pai: sabe, desde o dia que você matou sua mãe, minha vida só havia piorado.

Eu: mas aquilo foi um acidente!

Pai: bobagem! Eu queria saber porque fez aquilo?

Eu: porque foi um acidente! Eu nunca queria ter matado minha mãe, e muito menos meu irmão!

Pai: acidente? Não me diga que...

Eu: foi tudo um acidente! Eu não fiz porque quis!

Pai: então... Eu fiquei te maltratando por meses sem motivo.

Eu: praticamente.

Pai: nossa, agora eu me arrependo de tudo... - ele deu um passo a frente. - vamos começar do zero, construir nossa família de novo! - ele vinha em minha direção com um olhar... Assustador.

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