acabou vnf e eu estou em crise, mas feliz por clarena 💜 muito obrigada, priscila e regiane!
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As luzes piscavam freneticamente, as pessoas dançavam enlouquecidas e Helena virava o terceiro drink com tudo. Ela era uma garota jovem, imatura e principalmente rebelde. Gostava de ostentar por aí e se gabar por todos que tinha ficado. Seu lema era: não deixar que nada a atingisse para que ela estivesse sempre no topo. E, de certa forma, era verdade. Nada a atingia. A não ser pela estúpida da Clara, a sua única conquista falha. Então, digamos, que ela não tinha tudo o que queria. Mas estava muito perto de conseguir.
Helena dançava livremente com as batidas hipnotizantes e seu corpo parecia estar possuído pela música.
— Vem cá, Helena — disse Paula, sua ex-namorada, tentando se aproximar dela.
A mulher era uma verdadeira guerreira. Sua persistência em reatar com Helena era digna de aplausos, mas o que recebia da garota em troca era apenas desprezo.
— Paula, me deixa em paz — respondeu, com os olhos fechados. À essa altura, Helena estava mais solta e desinibida.
Entre as pessoas que dançavam animadamente, Helena, com seu semblante surpreso, encontrou os olhos castanhos e intensos de Clara perdidos na multidão. A música alta quase tapava a audição de Helena, mas isso não seria desculpa o suficiente para impedir que ela fosse atrás de Clara.
— Clara — Helena disse com a voz alterada, se aproximando com um sorriso de orelha a orelha.
A mais velha se virou para observá-la. Os olhos castanhos e dilatados se acharam e Helena desceu o olhar para os lábios rosados de Clara.
— Você não me parece o tipo de pessoa que frequenta baladas como essa — sussurou em seu ouvido.
Clara sentiu um calafrio atravessa-lá por completo. Os pelinhos loiros do seu braços se arrepiaram, e ela suspirou pesadamente com aquela voz rouca tão proxima a si.
— Eu não costumo mesmo. Mas, né... — deixou no ar.
— Mas o quê? — Helena levou a mão ao rosto da mais velha e colocou uma mecha de seu cabelo atrás da orelha.
Clara bufou.
— Nada, Helena.
A mais velha virou um shot de uma vez e escorreu uma gota de bebida em seu queixo.
— Clara?
— Hum — murmurou.
— Tá sujo — apontou com seu própio queixo.
Helena mordiscou os lábios, direcionando o olhar para a boca de Clara. A loira sentiu seu olhar sobre si e seu corpo gelou.
— O quê? — perguntou, franzinho o cenho.
— Deixa que eu limpo para você.
Dito isso, Helena aproximou-se lentamente de Clara e lambeu a região molhada. No início, Clara se assustou, mas relaxou ao sentir as mãos de Helena em seu pescoço.
Seus lábios rosados eram tão convidativos que pareciam querer engolir Clara em uma só vez. As duas estavam próximas demais, podiam sentir a respiração pesadas uma da outra. Os lábios de Helena roçaram nos de Clara levemente num toque suave enquanto suas mãos iam à cintura dela.
E, naquele instante, a multidão atrás delas desapareceu. Havia somente elas duas e mais nada. Clara aprofundou o beijo e Helena deixou um sorriso escapar durante ele. Ambas sentiam-se energizadas pela sensação entre elas. O beijo que tinha começado num roçar de lábios, transformou-se em algo mais urgente e a mais velha levou as mãos a bunda de Helena com luxúria.
Separaram-se apenas porque precisavam respirar, mas o sorriso de lado não abandonou o rosto de nenhuma das duas em nenhum momento.
— Clara? — disse, ainda com os olhos fechados.
— Fala, Helena.
— Quer dar o fora daqui? — disse alto.
— Só se for agora.
E, então, as duas seguiram apressadas para fora do bar. Deixaram unicamente a certeza de que aquela noite não acabaria por ali.
