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THEO LIAC

Eu e Ivy dormíamos quando De repente a porta do meu quarto é aberta pela minha mais velha.

- Filho, Seu tio...Michael piorou seu estado de saude, e esta em estado grave no hospital! - Minha mãe diz disparado e eu levanto rapidamente.

- Como assim? Ele não estava bem? Você me disse que ele não viria pra minha festa de comemoração que eu voltei a enxergar porque ele teve um imprevisto. Como ele piorou de saúde? - Eu pergunto incrédulo e Ivy acorda.

- Eu menti...Desculpa Filho mas você estava feliz na festa, se soubesse que seu Tio não podia vir porque estava doente, Você ficaria mal. Mas agora ele está em estado grave no hospital, Você e a Ivy terão que faltar aula porque precisamos visita-lo. - minha mãe diz novamente sentindo um pouco de culpa.

- Você não devia ter mentido! O que ele tem? Ele vai melhorar? - eu pergunto ficando um pouco frustrado - Mesmo que eu ficasse mal Você sabe que ele é importante pra mim, não deveria ter mentido.

- Quem é Michael? - Ivy pergunta.

- Meu tio. - falo e saio da cama indo em direção ao banheiro.

- Desculpa Filho, não fica chateado com a Mãe eu só queria você feliz. Ele está com uma grave bactéria no estômago, não sabemos se ele vai melhorar, por isso temos que visita-lo. Em meia hora saímos.

Minha mãe sai do quarto.

Começar o dia com uma notícia ruim é a pior coisa.

Estou um pouco estressado e preocupado. Minha mãe não devia ter mentido, mesmo que eu ficasse mal.

- Eu não vou. - Ivy diz se aproximando do banheiro enquanto eu lavava o rosto.

- Como assim? Por quê? - pergunto secando meu rosto.

- Eu não conheço muito bem a sua família e eu quero ficar aqui. - Ela diz.

- Você tem que ir. - Digo.

- Por que eu tenho que ir? Eu posso ficar aqui.

- Você é minha namorada, agora mora comigo, você tem que acompanhar eu e a minha família.

- Eu sou obrigada? Eu sei me cuidar e me virar bem sozinha.

- Sabe tanto se cuidar que não teve um pingo de amor próprio pra denunciar seu padrasto que te assediou.

- Por que disse isso?

- Porque é verdade! É tão difícil acompanhar seu namorado? Você não conhece minha família, mas agora você é minha mulher e você vai conhecer minha família e eu quero que você conheça.

- Porque disse que não sei me cuidar porquê meu padrasto me assediou? Eu não pude evitar.

- Eu disse que não sabe se cuidar tão bem, porque não teve consideração consigo mesma pra denunciar. - digo de cabeça quente.

- Não é tão simples assim. Caralho! É difícil Theodoro. Eu tive e tenho medo. Henrique quase me estrupou tambem...

- O que você disse? Ele quase te estrupou? Você disse que ele so tinha te assediado - Eu saio do banheiro e começo a andar para um lado e para o outro nervoso. - Por que não me disse? Ivy...Por que não me contou? Puta que pariu! O dia que minha mãe trouxe você assustada pra minha casa, foi aquele dia não foi? Eu disse pra não esconder algo grave de mim. - Minha voz se exalta.

- Eu tenho medo Caramba! Você acha que é fácil lidar com isso? - Vejo os olhos de Ivy ficar marejado.

- Eu tô aqui tá legal? Eu posso te proteger. Por que não confia em mim?

- Eu confio em você, mas eu tenho medo. Me entenda também caramba! NÃO É TÃO SIMPLES THEODORO! Eu não quero ir tão bruscamente conhecendo todos da sua família, aos poucos eu conheço todo mundo. Eu não quero sair da minha zona de conforto e ficar rodeada de pessoas que eu não conheço e que, sei lá, podem fazer algo comigo. - Ela diz se exaltando também.

Eu realmente entendo mas eu quero proteger Ivy, e quero que ela denuncie, isso é sério demais para ser deixado de lado. Mesmo que ela tenha medo, quero que Ivy tenha um pouco de amor próprio e saiba que o correto é denunciar.

- Eu vou denunciar, eu só quero o seu bem.

Minha mãe entra no quarto novamente.

- Ja estão quase prontos? Levem uma roupa, voltamos amanhã cedo. - Minha mãe diz.

- Vou tomar um banho rapido. - Ivy diz e entra no banheiro rapidamente e a mesma não olha na minha cara.

Eu só quero o Bem dela.

Minha mãe sai do quarto e eu vou trocar de roupa.

20 minutos se passam e Estamos todos prontos, descemos as escadas e Ivy parecia chateada e não olhava na minha cara.

- Ivy. - Eu digo atrás de Ivy enquanto vamos para o carro.

Ela olha pra mim e uma lágrima escorre pela sua bochecha.

- Ivy...eu - ela me interrompe.

- Vá em frente! Denuncie. - Outra lágrima escorre pelo seu rosto e ela caminha rápido e entra no carro e eu entro logo em seguida também.

- Vocês estão brigados? - Meu pai pergunta.

- Não. - Eu digo.

- Sim. - Ivy fala.

- Sim ou não? - Meu pai pergunta novamente.

Minha mãe cutuca meu pai e então ele fica em silêncio e ele sai com o carro.

Eu estou de um lado na janela do carro e Ivy está no outro lado.

- Me desculpa. - Eu sussuro para Ivy mas ela apenas me olha.

- Eu te entendo. Mas...eu não posso aceitar que Henrique não tenha a punição que merece. Ele merece morrer! - Digo ainda sussurrando.

- Eu só tenho medo, ele pode tentar vir atrás de mim.

Me aproximo de Ivy e puxo ela para um abraço apertado.

- Me Deixa denunciar? Pelo menos como anônimo? - eu tento falar o mais calmo e compreensivo possível agora.

Eu só quero que Ivy saiba que eu entendo ela e só quero que seja feito o certo.

- Como anônimo. - Ela diz e eu fico aliviado dela dizer isso.

- Obrigado. - Beijo a testa de Ivy.

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NOTA

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Simplesmente AlbinoOnde histórias criam vida. Descubra agora