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IVY WILLONS

Já era manhã do dia seguinte e estávamos no hospital quando meu celular começou a tocar, quando peguei e vi um número desconhecido, mas atendi.

— Eu sei que foi você! Eu vou voltar e vai ser muito pior. Eu acho bom você não falar nada pra ninguém, caso contrário seu namoradinho sofrerá as consequências. — Antes que eu falasse algo a chamada é encerrada.

Meus olhos marejam, não sei o que fazer!

Theo está dormindo encostado no meu ombro enquanto seus pais então no quarto de Michael.

O que eu vou fazer? Eu não quero que Theo sofra por minha causa.

Minhas mãos começam a suar, meu corpo treme, estou ficando gelada e a falta de ar está me consumindo.

Não não não! Eu não posso ter uma crise de ansiedade agora.

Eu tento buscar ar, mas não tenho sucesso, me sinto sufocada. Theo desperta ao meu lado.

— Ivy? ENFERMEIRA! — Tudo que ouço antes de minha visão ficar turva e eu desmaiar.

THEO LIAC

Estou desesperado! Ivy está pálida.

— O que houve? — Uma enfermeira pergunta se aproximando.

— Eu...Eu não sei. — Eu digo meio nervoso.

Tem algo de errado.

Eu carrego Ivy até a enfermaria do Hospital e a deito em uma das camas.

— Deixe-a acorda naturalmente! Não deve demorar muito, deve ter sido uma crise de ansiedade, o coração dela esta acelerado. Me chame qualquer coisa. — A enfermeira diz e vai embora.

Curtos minutos se passam e Ivy acorda lentamente.

— Eu estou bem. Foi apenas um susto. — Ivy diz antes que eu pergunte alguma coisa e eu a olho estranho.

— Ivy...Você não tem crises de ansiedade do nada! Tem algo de errado e eu quero saber. Me diz, o que houve? — pergunto.

— Não, não é nada!

— Ivy não me esconda nada eu... — sou interrompido pela minha mãe chegando na enfermeira.

— Ivy, Você está bem querida? O que aconteceu? — Minha mãe pergunta.

— Eu estou bem, foi só um susto!

Ivy se levanta da cama e olha pra mim mas rapidamente desvia o olhar.

— Vou voltar para o quarto! Se quiserem podem andar pela cidade ou comer alguma coisa na lanchonete do hospital. — Carine diz.

— Eu vou ficar aqui mais um pouco. — Eu digo.

Minha mãe acente e se retira.

— Não acabamos nossa conversa!

— Em casa a gente conversa.

Eu assinto e caminhamos até chegar perto do quarto onde meu tio estava. Vejo meu pai sair do quarto chorando e quando me viu veio até mim.

— Ele se foi! Meu único irmão se foi, meu filho! — Eu abraço meu pai e lágrimas também escorrerem pelo meu rosto.

Me afasto em prantos do meu pai e vejo minha mãe na minha frente e a abraço com força.

— Ele não mãe! Eu...eu mal pude me despedir. — digo e minha mãe me aperta em seu braços.

Me separo e vejo Ivy com os olhos marejados e a mesma me abraça.

— Eu...sinto muito meu amor! Ele vai para um lugar melhor que aqui!

Ainda abraçado olho minha tia Rebeca chorando como nunca a vi chorar e então fui até ela para lhe abraçar.

— Tia eu...eu sinto muito...

Eu chorei tanto...

O Luto é uma dor que não acaba, apenas
Nos acostumamos a viver com ela!

3 dias depois...

Já em casa, ainda um pouco mal e triste. Me encontro melhor.

Já é noite, estou deitado na cama olhando o teto e percebo que Ivy está a muito tempo no banheiro e a mesma ainda não saiu e me preocupo.

— Amor? Está tudo bem? — falo em frente a porta do banheiro.

Não ouço nada. Está tudo em silêncio.

— Ivy? Me responde. Porque esta demorando? Aconteceu algo?

Não escuto nada novamente. Uma preocupação maior me cerca e eu arrombo a porta.

— IVY? MEU DEUS!

Ivy está no chão do banheiro e tem um corte grande em sua garganta, está sangrando e na sua mão direita tem uma lâmina de gilete. A mesma está desmaiada e tem sangue por todo o chão, seus pulsos também estão feridos.

PUTA MERDA!

— MÃE! MÃE! — Eu grito minha mãe e estou em completo desespero.

Por que Ivy tentaria se matar? O que tá acontecendo de errado? Porque ela não me contou?

1 horas depois...

Ivy está internada. Foram feitos curativos na mesma e eu estou ao seu lado segurando sua mão. A mesma está sedada.

Será que fui eu? O que eu fiz?
Eu não suportaria viver sem a Ivy.
Ela é TUDO pra mim.
Eu quero me casar com, ter filhos com ela
E a tornar a mulher mais feliz do mundo.

Minha mãe entra no quarto com uma água pra mim.

— Eu não quero.

— Theodoro eu não vou permitir que fique aqui sem beber ao menos água. Beba agora! — Minha mãe diz.

Eu engulo seco.

— Será que eu sou um namorado tão ruim assim? No que eu errei? Por que Ivy tentou suicídio mãe? Por que ela não me diz o que está acontecendo? — eu digo olhando para minha mãe e meus olhos estão marejados.

— Filho você não é um namorado ruim! Nós não sabemos o motivo mas ela vai ter que dizer. Vai ficar tudo bem, nós estamos aqui por ela!

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NOTA

Obrigado por ler!








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