6- Ovni

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George tinha um rádio em suas mãos, ele passava por todos os canais buscando alguma informação, algum contato. Ele não tinha contato com pessoas vivas fazia um bom tempo. Passando pelos canais ele encontra um que funciona.

- Cabo 131! Objetos voadores não indentificados no céu, repito, objetos voadores não indentificados no céu, câmbio. - George pensou que talvez o exército possuísse algum forte, algum tipo de sociedade, logo respondeu:

- Oi! Alguém na escuta! Eu estou perto do hospital principal de Nova York, alô! - Algum minúsculo pedaço de esperança surgiu no coração dele, talvez o cabo respondesse de volta e quem sabe o chamasse para a "sociedade".

- Espera? Você está no centro de Nova York? Saia daí, rápido! Um monstro indo nessa direção! - Independentemente do aviso, não havia tempo, o monstro chegara perto da localidade de George, ele sabia disso por conta do barulho. Esse monstro emitia um ruído parecido com o de uma baleia azul. O som era assustador, somente de escutar isso todos os ossos de George tremeram, não havia como matar aquilo, era o fim da humanidade, a única coisa que restava para ele era torcer para que aquele monstro não decidisse destruir a casa onde ele estava.

George procurou uma janela, abriu a cortina e olhou pela fresta, um ser estranho estava em cima de um prédio, ele era do tamanho de um prédio de 10 andares! Seus braços eram tão numerosos quanto as estrelas nos céus. Ninguém sabia o porquê daquela criatura estar na terra, nem se sabia suas motivações, não sabiam nada sobre "aquilo", eram assim que o chamavam. Após alguns minutos uma luz apontou para o ser sombrio e após isso se ouviu uma explosão, devia ser algum tipo de missil. A criatura emitiu outro som apavorante e saiu de cima do prédio, tudo isso que George viu, foi semelhante a um teatro com sombras, tudo no completo escuro.

Sem perder tempo ele correu para o andar de baixo e buscou suas coisas, saiu daquela casa e procurava sua bicicleta, que estava em algum lugar ali perto. Virando na esquina lá estava sua bicicleta, porém ao lado dela um ser estranho, alto, magrissímo, com braços longos, estava de costas. Percebendo o ser, George retrocedeu tentando fazer o mínimo de barulho possível, porém acabou pisando em um galho de árvore seca. O bicho lentamente se virou, seu rosto era deformado e ele escutou:

- Socorro. - Com uma voz baixíssima, quase sem conseguir entender.

Logo o ser estranho começou a andar em direção a ele, George brilhantemente, arranca um pé de cabra da sua mochila e corre em direção ao monstro. Ele sentia o vento em seu rosto, ele se sentia vivo. Em um rápido movimento de baixo para cima ele golpeia a mandíbula do monstro e o mesmo cai, correndo em direção a bicicleta ele escuta outro gemido, haviam jogado outra bomba no ser desconhecido.

Pedalando em sua bicicleta, por uma rua mal iluminada - o resto de energia que sobrara, só conseguia iluminar alguns postes - se via carros abandonados, árvores caidas completamente ressecadas e um vento frio o fazia tremer enquanto pedalava, ele precisava achar alguma casa. Observando os postes encontrou uma casa semi-iluminada por uma luz fraca. Em torno desse poste se escutava o barulho de moscas. Ao entrar na casa o som da madeira ruge, a porta desliza sobre o piso e a maçaneta emite um som estranho, parecia que aquela porta não era aberta a um bom tempo.

Entrando na casa George sente um cheiro peculiar, parecia ser de feijoada, provavelmente aquelas enlatadas, um vapor saia da cozinha, George puxou seu pé de cabra, devia se certificar de que estaria seguro. Escutando somente seus próprios passos e o som da madeira rugindo entra na cozinha e se depara com dois jovens que pareciam idênticos e uma garota com o olhar cabisbaixo.

O jovem puxa uma arma e a mira na direção dele:

- Mãos na cabeça, Anna segura a arma e aponte para ele, eu vou revistar ele.

- Me passa essa mochila, eu vou ficar com ela por enquanto - Com o canto dos olhos, paralisado observa o jovem colocando sua mochila no canto da sala.

- Qual é o seu nome? - Ele responde, dizendo: - George -

- Meu nome é Johann, essa é a Anna, minha irmã e a criança é... Não sei o nome dela ainda. Por que você está aqui, George?

- Eu vi que o poste na frente da casa estava aceso então decidi entrar. - Ele queria saber como Johann encontrou uma arma, talvez fosse necessário possuir uma arma para se defender de monstros como o cara alto, com braços longos.

Onde Está O Sol?Onde histórias criam vida. Descubra agora