Anica tinha a vida perfeita como a de qualquer princesa, mas tudo muda ao receber de presente uma ampulheta, idêntica a que uma que um dos prisioneiros de sua mãe havia trago no dia de sua prisão, por sua curiosidade pela poderosa magia exaltada dos...
Os anos se passavam e chegou o tão aguardado dia da princesa, seu aniversário de 16 anos, 7 anos depois daquele garoto invadir o castelo, Anica estava ansiosa por esse dia desde sua infância, poderia escolher seu noivo neste grande baile, um belo príncipe que sempre sonhou ter, pelo menos era o que ela imaginava.
– Anica porque toda essa demora? Seus convidados estão a sua espera, meu amor – Lilisend olha a filha de baixo para cima – Não foi esse vestido que eu falei para você usar Anica, azul não combina com você minha preciosidade.
– Mãe a senhora sabe que não gosto de vermelho, além de combinar com a coroa de Lírios azuis que vou usar – Coloca a mão na coroa que está em sua cabeça.
– Vermelho é a cor de Suvin Anica, e você tem que usar um vestido da cor do nosso reino, a representante de Alcantra estará de azul – Se aproxima da princesa, e retira a coroa de Lírios azuis de sua cabeça, bagunçando um pouco seus cachos ruivos – Coloque o vestido que eu te dei, sem reclamações.
– Como quiser mamãe – abaixa os cachos que ficaram para cima – Quantas opções de noivos terei?
– Nenhum, não quero que se case agora – Abre o armário e pega o vestido vermelho cheio de rendas e em seguida o coloca na cama da filha – Quando eu achar que está pronta para se casar terá seus pretendentes.
– Mas mãe, eu esperei por isso a minha vida toda, você não pode simplesmente dizer que não vou casar mesmo eu tendo chegado na idade – diz levantando a voz a cada palavra.
– Anica eu sou sua mãe, abaixe esse tom de voz para falar comigo, você não irá se casar, entendeu? – encara a filha estressada.
– Entendi, você sabe o que é melhor – pega o vestido vermelho em cima da cama – O que tenho que colocar no cabelo?
– A tiara da sua avó, se troca logo e desce, todos estão te esperando.
Anica obedece a mãe, mas enquanto se arrumava tentava achar um motivo para não poder se casar mesmo já tendo chegado na idade correta, enquanto colocava aquele vestido vermelho desconfortável segurava suas lágrimas por não poder escolher nenhum príncipe e nem sequer usar a roupa que queria.
Ao ser avistada no topo da escada seu nome foi anunciado e todos a aplaudiram, enquanto ela descia a grande escadaria repleta de rosas vermelhas envoltas em seu corrimão, forçava um sorriso simpático, que só se tornou verdadeiro ao avistar seu avô do outro lado do salão. A ultima festa que tinha tido foi a muitos anos atrás, quando foi anunciada como princesa herdeira ao reino depois da morte do seu pai, após isso nunca mais foi mostrada ao reino, e nem mesmo neste baile seria, já que era reservado apenas a monarquia dos reinos vizinhos.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Desejava mais do que nunca fugir das tarefas que sua mãe lhe obrigava a fazer, cumprimentar todos, abrir os presentes em frente aos convidados para mostrar gratidão e ficar com as princesas de sua idade, a única coisa que a ela queria verdadeiramente era comer e ficar com seu avô, que não via fazia anos. Em certo momento ela conseguiu escapar das outras princesas, mas no caminho até o outro lado do salão trombou com uma mulher ruiva com um belo vestido azul marinho.
– Mil desculpas – encara a moça de cima a baixo.
– O que a senhorita tanto encara? – arruma seu vestido.
– Seu vestido, é tão lindo, e pela cor você é de Alcantra, eu amo a cor do seu reino vossa alteza – Anica reverencia a dama do vestido azul – Você tem o cabelo bem parecido com os meu, é lindo.
– Obrigada princesa Anica, mas preciso ir, meu marido está a minha espera.
Logo que a rainha de Alcantra se retira Lilisend aparece furiosa atrás de Anica, a pega pelos braços e leva a princesa novamente ao grupo de jovens garotas que tinha fugido mais cedo, sem ter a chance de se encontrar com seu avô. Quando chegou lá estavam conversando todas muito agitadas e felizes.
– Meu noivo é lindo, alto, pratica arco e flecha e é o primeiro na linha de sucessão – Uma das garotas comentou sorridente
– O meu já é rei, então logo que casar eu já serei rainha– Outra jovem diz orgulhosa – e o seu Anica? Já escolheu seu noivo?
– Anica não sabia como responder à pergunta de uma forma com que as garotas não rissem de sua situação – Eu, bem – Pensou um pouco mais – Não sei quem escolher, são tantas opções.
– Com certeza vai escolher o mais bonito para combinar com você, sua aparência conquista qualquer príncipe que desejar.
