Capítulo 3

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Todos já tinham ido embora quando Anica conseguiu encontrar com seu avô, passou a festa toda ouvindo as outras princesas falando sobre joias, garotos e se gabando de seus cabelos bem cuidados, não aguentava mais ouvir qualquer palavra sobre cremes bons para a pele.

– Finalmente um tempinho com minha preciosidade – abraça a neta – Usando a tiara da sua avó, ficou tão linda em você minha graça – seca uma lágrima que começou a escorrer em seu rosto.

– Não chore vovô, ela está em um lugar muito melhor agora sem todo aquele sofrimento – sai do abraço e pega na mão de seu avô – Ela está com o papai agora, estão felizes juntos, acredite em mim.

– Você tem razão meu amor – Ele solta a mão dela com delicadeza e se vira para pegar uma caixa rosa, nem muito pequena nem muito grande, com um laço vermelho e detalhes em dourado – Aqui o seu presente meu amor, sua avó me fez prometer te dar ele no seu decimo sexto aniversário, nunca abri então não sei do que se trata.

– Obrigada vovô – Ela pega a caixa e começa a tirar a fita sem muita dificuldade, ao ver o que tinha dentro ficou perplexa, viu uma ampulheta dourada, era tão brilhante e delicada, em sua base vinha escrito futuro e lhe parecia familiar. De repente lhe vem a memória daquele garoto de 7 anos atrás e o objeto que ele trouxe consigo – Vô, o senhor pelo menos sabe onde a minha vó conseguiu isso?

– Não meu amor, porque? Você me parece meio inquieta – Ele franze a testa

– Não é nada Vô, eu só estou cansada – Pega a ampulheta e se levanta deixando a caixa em cima do banco onde estava sentada – Eu vou para o meu quarto descansar um pouco.

– Tá bom minha graça, e eu vou tentar te visitar mais vezes, tentar convencer sua mãe no caso – Levanta e dá um abraço na neta – Te amo minha preciosidade

– Também te amo vovô – Sai do abraço – Boa noite

Em seu quarto procurou desesperadamente pelo objeto que tinha pego do garoto, até encontra-lo no fundo de seu antigo armário, que seria em breve substituído por novo e maior. O objeto trazido pelo menino naquela noite era uma ampulheta idêntica a deixada pela sua avó, a única diferença era que em sua base ao invés de estar entalhado futuro estava passado.

– Como um garoto daqueles conseguiu algo dessa raridade? – Ela junta as duas ampulhetas para compara-las e isso fez com que elas brilhassem de forma intensa exalando magia, o acontecimento fez com que a princesa jogasse longe as duas ampulhetas, fazendo uma cair na cama e a outra no chão – Mas o que foi isso? Magia!?

– Como um garoto daqueles conseguiu algo dessa raridade? – Ela junta as duas ampulhetas para compara-las e isso fez com que elas brilhassem de forma intensa exalando magia, o acontecimento fez com que a princesa jogasse longe as duas ampulhetas, f...

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Anica pensava em tudo que aconteceria se descobrissem sobre aquela magia, que seria acusada de bruxaria e morta na fogueira, ficou intrigada querendo saber se sua avó na verdade era uma feiticeira ou se não sabia desse poder. Depois de muito pensar decidiu se aproximar das duas ampulhetas, a que estava sobre a sua cama estava normal, mas a que caiu no chão estava com uma pequena rachadura.

Tudo estava confuso demais, sabia que nem seu avô ou mãe conseguiriam lhe dizer sobre o que se tratava aquilo, e que mesmo se falasse seria acusada de bruxaria, então sua única opção, além de fingir que nada aconteceu, seria ir até aquele camponês preso em seu calabouço, e curiosa como qualquer protagonista ela não deixaria isso de lado. Mas antes que começasse a pensar em como iria até o menino seus pensamentos foram interrompidos.

– Filha, eu ouvi alguns barulhos, está tudo bem? – Diz rainha Lilisend entrando no quarto de Anica sem nem sequer bater na porta.

– Esconde as duas ampulhetas em baixo de seu vestido rapidamente – Não foi nada mãe, eu deixei algumas coisas caírem nada demais.

– Entendi, está na hora de dormir, e você ainda nem se trocou, faz isso logo e vai deitar – Ela sai do quarto sem dizer mais nenhuma palavra.

O tempo sem vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora