04| I PROMISE

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Os lobisomens são considerados uma das piores criaturas, entre os caçadores, aqueles que conseguem a façanha de finalizar uma destas anormalidades da natureza costumam se vangloriar

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Os lobisomens são considerados uma das piores criaturas, entre os caçadores, aqueles que conseguem a façanha de finalizar uma destas anormalidades da natureza costumam se vangloriar.

Existem três formas de se matar um lobisome: uma bala de prata no coração, a mordida de um vampiro ou decaptar o monstro. Tais coisas o primogênito de John Winchester sabia de cor e salteado, mas não era isso que o assustava. Os lobisomens tinham um comportamento similar aos lobos, uma vez que o lobo escolhe a sua fêmea e a marca, ela passa a ser sua. Dean não compartilhou essa parte da garota, mas sua preocupação era grande pois se aquele lobo for um alfa puro sangue, mesmo em sua forma humana, ele saberia o que fez. Saberia encontrá-la.

Quando Noora estava mais calma, o loiro perguntou sobre o ataque enquanto trocava o curativo sujo de sangue na lateral do corpo da mais nova.

— Eu consegui acertar algumas facadas nele, principalmente no pescoço. — ela comentou enquanto ele terminava de grudar a gaze em sua pele.

— Isso já é um começo! — ele respondeu. — Hoje a noite eu vou tentar localizá-lo... você fica aqui!

— Não — a resposta rápida, pronta na ponta da língua. — Eu quero ajudar!

— Você ajuda se não me atrapalhar! — o loiro disse ríspido, estava preocupado em como a lua poderia afetar ela mesmo com uma mordida tão recente. — E sim, você vai atrapalhar!

Noora revirou os olhos diante aos comentários do mais velho, sabia que ele era cabeça dura o suficiente para que nenhum argumento funcionasse. Algum tempo se passou até que o fim de tarde se iniciasse. O mais velho tinha preparado a mochila com o que julgava ser necessário naquele momento: cordas e uma arma carregada com balas de prata. Do outro lado do quarto a morena devorava o sanduíche de carne de porco como se fosse a coisa mais deliciosa que tinha comido na vida.    

— Agora eu entendo porque a maioria come um coração humano nas primárias horas após mordida... — os olhos verdes do mais velho a fitaram. — Esse é o quinto sanduíche que eu como... e eu ainda estou faminta! 

No tempo que passaram ali, aguardando a noite, pesquisaram sobre os primeiros estágios da transformação: a fome incontrolável era o principal motivo de os recém criados matarem a primeira vítima, o coração humano era a única coisa capaz de suprir aquela fome visceral de forma apropriada. Dean observou sobre seus ombros, os olhos verdes nebulosos escondiam uma preocupação genuína.

— Não se preocupe... — a mais nova começou a falar, quando percebeu a preocupação dele. — eu não quero comer o seu coração.

Quando percebeu que foi pego, deixou uma risada anasalada escapar enquanto vestia o próprio casaco, ele pegou a bolsa e saiu, trancando a porta atrás de si sem que a mais nova reparasse.

🕯️

A trilha que dava acesso à clareira estava deserta, os pinheiros com as bases cobertas pela  neblina espessa faziam com que o local tivesse um ar ainda mais macabro. O winchester caminhou pelo local, analisou o ambiente em busca de pegas ou vestígios, ao apontar a lanterna na direção oeste notou um sinal cravado na base de um pinheiro grosso, com cuidado se aproximou. Os dedos tocaram as três marcas profundas entalhadas no caule, eram marcas de garras, porém não pareciam recentes, a madeira envelhecida denunciava que a árvore foi machucada a pelo menos alguns dias.  

AFTER HELL [Dean Winchester]Onde histórias criam vida. Descubra agora