capitulo 4

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Sokka estava nervoso, era seu cio querendo ou não. Não tinha tempo de escrever, o de olhos azuis estava ciente de que não daria tempo da carta chegar e muito menos de não serem descobertos no processo.

Sentiu o ar faltar e suas mãos trêmulas mas, mesmo assim o pequeno resquício do cheiro do alfa ali trazia a calma devolta ao corpo do rapaz que apenas respirou e se convenceu de que amanhã quando se encontrassem tudo ficaria bem, teria que ficar.

[...]

Assim que o garoto acordou de seu seu sono sentiu o corpo pesar, ainda era cedo, o moreno tinha ido dormir sem o jantar ontem a noite por culpa do seu nervosismo. O menino olhou ao redor e viu que o sol nem tinha nascido ainda, então deduziu que ainda seriam umas quatro ou cinco da manhã. Se levantou e foi até o lago que tinha ali perto levando consigo a cesta que ganhará do príncipe noite passada.

O garoto removeu suas roupas assim que chegou, pondo apenas a ponta do dedo na água sentindo o frio se chocar com o quente do seu corpo e sem muita enrolação pulou dentro d'água, morava em águas cercadas por geleiras e caiu incontáveis vezes nelas, um laguinho de madrugada era quase quente para si. Prendeu a respiração assim que entrou em contato com a água calma, sentiu se seus problemas irem junto com as pequenas ondas que se formavam ao seu redor.

Assim que sentiu a calmaria da água se juntar a bela lua no céu começou a pensar em como resolver os problemas que enfrentaria pela manhã, seu Cio, não teria como disfarça-lo, muito menos teria como comprar um colar inibidor porque eram apenas para realeza – Caros –, a irritação se fez presente, aquilo era demais, por que tinha que lidar com isso? Entretido em seus pensamentos o moreno nem notou quando metade de sua cabeça estava  baixo da água fazendo pequenas bolhas de frustração.

Em meio seus devaneios ouviu um barulho atrás de si, se levantando e se preparando para desacordar quem quer que seja. Em um movimento rápido Sokka pegou seu boomerang no montinho de roupa na beira do lago e se preparou para joga-lo no que estava se aproximando.

— O que está fazendo Sokka? — A garota de vestimentas verdes perguntou enquanto se sentava no chão, o moreno deu um pulo de susto e olhou para garota indignado.

— Quase me mata de susto Toph! E respondendo sua pergunta, estou apenas curtindo um pouco de paz — O garoto disse agora perto da borda para colocar seu boomerang no lugar, e então voltar a nadar um pouco no lago, curtindo novamente o sentimento que ela trazia.

— Sei, não tem nenhuma chance de isso ter algo com seu casamento, tem? — A garota perguntou meio indiferente, odiava quando mentiam para ela, e Sokka sabia que ela estava observando minuciosamente cada detalhesinho comk a pertinho que era.

— Talvez um pouquinho, mas vou resolver isso com o Z.

—Z? — A garota disse agora levantando uma sobrancelha, era quase como se ela estivesse ligando pontos — O apelido do seu marido é Z? Que diferente, eu estou mais acostumada com coisas como, querido, amor, meu bem. Nunca ouvi nada como "Z" — A menina de cabelos pretos disse enquanto seus olhos fitavam Sokka, quase pareciam o analizar, mas não poderiam.

O moreno queria perguntar o motivo da visita inoportuna, mas apenas desistiu e continuou aproveitando a quietude do local, aparentimente nem mesmo os grilos ousaram se pronúncia perante ao breu que era iluminado apenas pela bela luz da lua, o que era bom de certo modo, tudo o que precisava agora era paz e sossego para pensar em um plano.

O moreno olhou o reflexo da lua na água e então quase que inconscientemente se levantou e foi até o reflexo da lua se pondo bem ao meio e olhando então sua mais nova aparência com um pouco de relutância, notou como seus olhos azuis se destacavam em meio ao tom escuro que sua pele tinha, os cabelos agora brancos tinham o brilho platinado atraente quando entrava em contato com a lua, seus lábios agora mais avermelhados e seus cílios maiores e delicados, dava para ver que a maioria de suas características femininas eram por ser um ômega, mas não só isso, seu rosto estava quase idêntico ao de yue, era assustador e agonizante ao mesmo tempo.

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