Dois tracinhos | taekook [abo]

[3.2] O quarto da vovó

3.2 Faremos diferente

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Cinco meses de gestação.

Incredulidade refletia em seu rosto sempre que questionava Jeongguk sobre descobrir ou não o que o seu filhote era, ele fazia cara de blasé e dizia não ter interesse em saber

─ Acho que está dando importância demais a isso. - Pontuou, contra-argumentando o que seu alfa dissera. ─ Vamos amar o que vier, que diferença faz em sabermos?

─ Eu não quero ficar chamando ele ou ela de bebê até que nasça! Qual a dificuldade de fazer um exame de sangue, vida? Bem rapidinho.

─ Acontece que eu não quero saber. - Deu de ombros. ─ E se você quer, pergunte ao doutor, mas vai continuar sem poder dar um nome ou chamá-lo de lobinho ou lobinha porque, Kim Taehyung, eu não quero saber.

─ Papai, acho melhor não tentar mais. - Nabi interviu, puxando a manga do casaco de seu pai. ─ Papai vai ficar uma fera com você. - Riu.

─ Eu já estou uma fera com ele, borboletinha. Ele ainda não entendeu isso.

Mesmo com a barriga de cinco meses, Jeongguk continuava ativo em todas as suas tarefas, diferente de quando fora com Yeonjun e ainda estava se acostumando com o peso extra e seu equilíbrio, e com Nabi, que era redondinha e um pouco grande demais para seus cinco meses, Jeongguk estava devidamente acostumado, por isso puxou a menina para o seu colo.

─ Olha o esforço. - Mas não era sempre que Taehyung deixava-o testar seus limites dessa forma. ─ Você está grávido de cinco meses e quer segurar uma pirralha de cinco anos?

─ Pirralha? Mas papai! - Nabi arregalou seus olhinhos, sendo surpreendida por uma onda de beijinhos em seguida. ─ Vamos logo, eu quero comer docinhos...

O casal trocou um selinho antes do mais velho levar as bolsas e a sua filha para o carro, Jeongguk precisaria apenas conferir se não deixaram nenhuma janela aberta e chamar Yeonjun, pela décima vez. Era engraçado que ele estivesse atrasado, quando se tinha Jeongguk na família era sempre mais fácil esperar que isso acontecesse com ele.

Subiu as escadas depois de conferir todo o andar debaixo, pegou sua bolsa e o celular no quarto e foi até o quarto do seu primogênito, Yeonjun estava calçando os tênis e conversando com Marley.

─ Acha que o papai vai parar nesse bebê? Ele disse que ia parar na Nabi. - Resmungou e Marley latiu. ─ Tem razão... mas onde ele vai dormir?! O outro quarto é da vovó! Ele pode dormir com você, Marley. Se bem que o Yeontan não deixaria...

O ômega se encostou na porta, tentando abafar a risada com a palma da mão, porém não foi muito eficiente porque antes da próxima pergunta, Yeonjun virou a cabeça na direção da porta, com um biquinho nos lábios. Estava com dificuldade para calçar os tênis, o cadarço estava apertado.

─ O papai te ajuda.

─ Obrigado, papai... - Mordeu o lábio, tentado a perguntar sobre os quartos, a dúvida estava rondando sua cabeça desde que Taehyung falara sobre uns dias atrás. ─ Papai, podemos descobrir logo o que o neném é? Tem que ser uma menina.

Isso foi novidade, Jeongguk franziu o cenho, um tanto confuso.

─ Menina? Achei que quisesse um irmão.

─ Eu quero, mas se for um menino, ele provavelmente vai dividir quarto comigo, então quero uma menina! Assim vai dormir com a Nabi. - Sorriu quadrado, defendendo seus argumentos como um verdadeiro advogado.