I. "Onde eu estou?"

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É estranho, eu estava em um local e agora estou em um lugar apertado e escuro. Onde eu estou? E por que tem pessoas que estão estranhamente próximas a mim e por que elas estão gritando?

— Você quebrou o cano, Cellbit? — Perguntou um homem, as vozes deles estavam próximas de mim, mas essa voz era familiar pra mim, familiar até demais, mas quem é Cellbit? E o que caralhos está acontecendo?

Decido me levantar do lugar apertado que eu estava. Tinha uma espécie de canos em cima de mim me esforcei o máximo que pude para sair daquele local sem me machucar, mas meu braço acabou se perdendo em um dos canos e eu me machuquei e acabei soltando um grito de dor, ele foi baixo, porém uma dessas pessoas ouviu e venho em minha direção.

— Oi, está tudo bem com você? Se machucou? — Um homem que parecia preocupado se aproximou e começou a conversar comigo. Ele tinha cabelos castanhos, nele havia uma mecha branca, tinha olhos azuis e também tinha uma roupa um pouco esquisita, não estava nem um pouco familiarizado com esse tipo de vestimenta.

— Ah oi... — Por medo acabei não terminando a frase.

— Eu me chamo Cellbit, qual é o seu nome? Parece estar perdido, bom na verdade todos estamos, mas não virmos você antes, você estava preso aqui esse tempo todo?

Quem é esse cara? E por que eu vim parar aqui? Eu estava com meu pai e do nada eu vim parar aqui.

Eu não sabia o que dizer, então apenas acenei com a cabeça quando ele disse se eu estava preso esse tempo todo. Estou perdido em meus pensamentos, não sei onde estou e nem quem são essas pessoas.

— Você parece ser jovem, posso imaginar que está assustado não é? — Cellbit, ou sei lá qual fosse o nome dele, parecia se importar comigo, talvez ele seja uma boa pessoa.
— Venha, pode me seguir se quiser, nós achamos uma saída desse lugar. — Ele estendeu a mão em minha direção, acho que ele quer que eu segure para me tirar desse lugar.

Eu aceitei e segurei a mão de Cellbit... Nome feio da desgraça, não poderia ser algo mais simples como um João ou Rafael? Mas tudo bem, todas as pessoas que eu conheci até agora tem nomes meio estranhos.

Cellbit me levou até umas pessoas, lá tinha mais 4 pessoas que estavam junto a ele.

— Então gente esse aqui é o... — O semblante de Cellbit estava um pouco confuso, então ele apenas olhou em minha direção e me perguntou. — Eh, você não me disse seu nome, qual é o seu nome?

Eu ainda estava um pouco assustado, porém respondi mesmo assim. — Meu nome? Ah, meu nome é Norman... — Dava para perceber que eu estava extremamente assustado, o que não era mentira afinal eu estou muito assustado com tudo que está acontecendo.

— Ah então, Norman, sabe de alguma coisa que está acontecendo aqui ou sabe pra onde esse navio está indo? — Um homem de cabelos loiros, de aparência familiar e que aparentava ter quase 30 anos começou a fazer perguntas para mim.

— Isso é um navio? Então faz sentido as coisas estarem se mexendo e eu estar enjoado. — Murmurei algumas coisas que estava pensando.

E então, boom! Parecia que o navio tinha batido em alguma coisa e com o impacto eu acabei escorregando e bati a cabeça em alguma coisa e acabei por perder a consciência por alguns minutos.

Quando eu acordei, eu estava sendo carregado por um garoto de cabelos pretos e que tinha um casaco azul escuro.  E assim que ele percebeu que eu tinha acordado, avisou aos demais.

— Ó galera, o garoto acordou aqui, o que faço? — Perguntou o garoto o qual tinha um Pacman em seu moletom, mas ninguém deu ouvidos a ele.

— Sai de dentro de mim! — Gritou um deles.

O garoto que estava me segurando no colo, me põe no chão e me pergunta. — Consegue andar? Acho que teremos que subir essa escada.

Eu acenei com a cabeça dizendo que sim. Esperei alguns deles sumirem as escadas para que eu também conseguisse subir as escadas.

Eu estava com a mão um pouco machucada, então tive um pouco de dificuldade em subir.

— Ok, estamos presos, como iremos sair daqui? — Um homem todo tatuado se aproxima de nós e aponta para uma porta na nossa frente.

— E se a gente quebrar esse vidro? — Ok, talvez isso seja estranho, mas por que eu estou vendo detalhadamente as roupas das pessoas a minha volta? Esse por exemplo tem uma camiseta de um creeper e provavelmente tem miopia pois usa óculos.

— Talvez seja perigoso fazer isso, alguém pode acabar se machucando, lembre-se, temos uma criança aqui também. — Aquele mesmo "Cellbit" de antes, lembrou a todos que eu existia.

Eu não sou uma criança! Tá, eu tenho 17, mas não sou uma criança... Talvez seja pela a minha altura que ninguém saiba isso.

— Do outro lado desse cômodo tem algumas bandeiras, e aqui também tem, será que algum tipo de enigma?

— Cellbit, cala a boca, tudo pra você é enigma. — Essa pessoa, eu conheço ele... Ele é muito familiar pra mim. Não consigo me lembrar da onde eu conheço ele, mas eu já vi essa mesma aparência antes, as traças loiras, esse rosto, isso é tudo muito familiar pra mim.

Eu não tinha dado ouvidos ao que eles estavam conversando, então apenas me sentei próximo a parede de vidro e encostei minha cabeça naquele vidro gélido e que parecia ser bem resistente.

Mas de repente algumas vozes e alguns ruídos começaram a se aproximar de nós e com isso, algumas pessoas aparecerem naquele lugar. Havia muito barulho, mas dava para entender o que estava acontecendo.

Eu ainda estava muito confuso com tudo que estava acontecendo, as coisas ainda não estavam fazendo sentido pra mim, porém, por algum motivo alguém se aproximou de mim, eu sentir a presença de alguém me observando. Ele estava do outro lado do vidro, ele tinha se abaixado para poder ver meu rosto com mais facilidade e com isso eu também conseguir vê a aparência de pessoa.

... Cara, como alguém pode ser tão bonito? Ele aparenta ser um pouco mais velho que eu, tem olhos que são bem escuros, não sei dizer se são castanhos ou se são pretos, tem um cabelo um pouco comprido, mas não dá pra saber exatamente qual é o tamanho pois ele usa uma touca. Uma coisa interessante que eu notei nele é que tem uma fita vermelha amarrada em seu braço, o que será que significa?

Ele se sentou ao meu lado, a única coisa que nos separava era apenas aquela parede de vidro. Parecia que ele estava olhando no fundo da minha alma, porém era de um maneira "gentil", ele sorriu pra mim e eu conseguir sentir minhas bochechas queimarem.

Eu não sei explicar, mas de alguma forma parecia que eu estava hipnotizado, os olhos dele era tão... Bonitos, eles me deixava hipnotizado de uma forma que eu nem sabia o que estava acontecendo ao meu redor.

— Abriu! Até que fim podemos sair daqui. — Comemoraram aqueles que estavam comigo minutos atrás.

— Hein, Norman, vem cá, a porta já está aberta. — Cellbit tentou chamar minha atenção, ele tinha percebido que eu estava em transe.

Quando eu percebi que alguém estava me chamando, eu conseguir sair de transe, mas mesmo assim ainda estava pensando naquele mesmo rapaz que havia visto segundos atrás.

"Is it ok that I like you?" QSMP's FanFictionOnde histórias criam vida. Descubra agora