XII. "Golden Rabbit PT 2/2."

51 7 0
                                    

TW: Automutilação.

Assim que ele conseguiu me pegar, eu fechei meus olhos, não queria o encarar novamente, só queria que tudo sumisse...

E então, tudo desapareceu, tudo que estava na minha volta sumiu. Eu estava apenas em um quarto escuro que não dava nem pra vê um palmo na minha frente. Onde eu estou?

Era estranho, eu não me sentia eu mesmo...

Eu estava um pouco menor e meu corpo também estava mudado, parecia até que eu era uma criança ou que eu tinha voltado a ter 6 anos novamente.

- Você não precisa sentir medo dele e muito menos das coisas que você faz porque ele te obriga. - Uma garota que aparentava ter uns 14 anos estava ao meu lado, sentada ela dizia coisas que tentava me tranquilizar. - Se você quiser, pode colocar toda a culpa em mim, eu assumo a responsabilidade pra você se você quiser. - Ela tinha cabelos pretos curtos, porém havia mechas vermelhas no comprimento do cabelo.

- Quem é você? - Perguntei recioso e assustado.

- Eu sou você, só que um pouco mais diferente.

Eu fiz uma expressão de confusão, quanto meu rosto tanto minha mente estavam confusos. Como assim ela é eu.

- Eu não entendi. - Tentei fazer com que ela me desse mais informações sobre a mesma.

- Eu me chamo Ny e poderia cuidar de você se desejar, serei sua irmã mais velha até quando você não precisar mais da minha ajuda. - Ela sorria e falava de uma maneira tão doce que eu nem conseguia sentir medo dela. - Serei como uma dádiva para você.

- Uma dádiva? Mas como assim... - Eu estava olhando para ela, mas assim que volto a olhar para minha frente, ele esta lá novamente. - Não, não, não! - Gritei

Eu estava gritando, berrando tanto que parecia que colocaria meus pulmões para fora a qualquer momento.

Ele me segurava "carinhosamente" enquanto colocava aquela máscara em mim. Aquela máscara dourada em formato de coelho e aquele manto preto com nuvens azuis, esse traje me dava pavor. E assim, quando finalmente, a máscara está em meu rosto, eu desperto de meu sono.

- Não, por favor não. - Acordo assustado, colocando minhas mãos em meu rosto.

Todos estavam dormindo, então faço o mínimo de barulho para que não acordasse ninguém. Eu saio de dentro de cabaninha e vou em direção a cozinha.

- Por que eu continuo sonhando com isso? - Sussurrava e enquanto isso, segurava meus cabelos, eu tinha vontade de puxar-los e arrancar-los, porém não tinha forças o suficiente para fazer isso.
- Por que é sempre comigo? - Me sento no chão da cozinha e começo a depositar lágrimas em minha pele.

Meu coração estava acelerado, eu não conseguia respirar direito, minhas roupas me incomodava, minha pele me incomodava.

Eu não me sentia bem, algo dentro de mim estava doendo e queria sair. Eu só queria libertar isso dentro de mim, doía demais, eu só queria parar a dor. Eu só queria que toda essa dor parasse de doer.

Com muito esforço, eu me levantei do chão e fui em direção a uma gravata que ficava os utensílios de cozinha. Eu não queria me machucar eu só queria que isso saísse de dentro de mim. Eu peguei uma faca, ela parecia está bem afiada, provavelmente era nova, era perfeita para tirar tudo de dentro de mim.

Eu peguei a faca e olhei para meu braço, eu já tinha feito isso outras vezes, não era algo novo para mim, então eu já sabia o que fazer.

Com muita cautela eu peguei a faca e levei ela ao meu braço, eu não queria fazer isso, mas era necessário nesse momento. E então, eu fiz pressão para que a faca atravessasse a pele assim, fazendo um pequeno corte em meu braço.

Eu não estava satisfeito com isso, mesmo sentindo meu sangue sai de dentro de minhas veias que escorria por meu braço até pingar no chão, apenas um corte não era o suficiente para aliviar toda a minha dor. Doía demais pra apenas um corte resolver, então eu decidir fazer outro, mas algo me impediu. Eu sentir algo atrás de mim, como uma pessoa ou até uma assombração ou algo do tipo.

Eu não virei para trás para vê o que era, foi tudo muito rápido. Era uma pessoa e assim que eu me dei conta, ela me abraçou, me abraçou o mais forte que conseguiu, isso me fez chorar, me chorar de soluçar, o que eu não tinha chorado por ter me cortado, eu estava chorando agora por alguém está me abraçando tentando me ajudar a me acalmar.

- Vai ficar tudo bem, só solta essa faca.
- Era Cellbit, quem estava atrás de mim me abraçando, me acalmando e tentando me ajudar.

...

Agora, minutos depois desse acontecido, Cellbit estava enfaixado meu braço, ele parecia preocupado comigo, suas feições diziam por ele.

Eu não dizia nada, apenas sentei em uma das cadeiras da cozinha e aguardei ele terminar. Não conseguia falar, não me sentia bem em falar, queria ficar quieto e fingir que nada tinha acontecido.

As mãos dele estavam suja com meus sangue azul. Me sentir culpado por ter feito isso, não queria que ninguém se sujasse por minha causa, a culpa não é dele, ele nem é nada meu, ele não tem que se preocupar comigo e com o que eu faço.

Meu braço ardia pelo o corte feito anteriormente e isso me fez entender que eu estava vivo, mesmo que não parecesse, já que eu não me sentia vivo a tempo.

Cellbit havia terminado de consertar a pequena bagunça que eu tinha feito em mim mesmo. Ele deu um suspiro pesado antes de falar. - Eu sei que você não fala muito sobre si mesmo, mas pode falar comigo, Norman, eu me preocupo com você, se você está mal e quer ajuda, me chame, eu sou seu pai agora. - Cellbit segurava carinhosamente meu queixo e me fazia olhar para o rosto dele, ele queria me tranquilizar, ele sabia que eu estava mal e precisava de ajuda, mas ele não sabia o que estava acontecendo comigo então tentou fazer o máximo que ele conseguia.

Eu não me aguentei, eu voltei a chorar e agora, chorava de soluçar, chorava tanto que não sobrava tempo nem de respirar. Cellbit me abraçou e ficou comigo por todo esse momento até que eu me acalmasse.

Ele é meu pai agora e eu amei isso...

"Is it ok that I like you?" QSMP's FanFictionOnde histórias criam vida. Descubra agora