VIII. "Tilín"

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Assim que chegamos na frente delas, eu estava maravilhado admirando a arquiteta e as estruturas das casas. Elas eram tão bonitinhas e parecia ser tão confortáveis para se viver, mas logo pude perceber uma estrutura um tanto diferente, ela estava um pouco longe das casas, porém ela chamava muita atenção por ser vermelha e extremamente brilhante.

— O que é aquilo? — Perguntei apontando para a estrutura desconhecida a qual estava me chamando muita atenção.

— Tilín... — Sussurrou Quackity.

Ele parecia estar um pouco magoado ou até chateado com algo, seu semblante não estava mais alegre igual estava antes, ele estava triste.

— É o túmulo da minha filha. — As palavras de Quackity parecia pesadas, como se ele estivesse que se esforçar para falar.

— Ah meu Deus. Meus pêsames, eu não sabia, desculpa. — Eu estava chateado comigo mesmo. Perguntei por algo tão sensível e delicado para ele, provavelmente isso o deixou muito deprimido.

— Não, tudo bem, eu já superei a perda dela. — Quackity tentava forçar um sorriso para demostrar que estava tudo bem e que não precisava pedir desculpas. — Querem ver?

— Isso não é íntimo demais? Sabe, mal te conhecemos. — Perguntou Cellbit um pouco recioso.

— Não, tudo bem, é um costume nosso mostrar entes queridos que já se foram para outras pessoas. — Quackity começa a caminhar em direção ao túmulo de "Tilín". — Pode vir se quiserem.

— Essa ilha é estranha, na verdade, as pessoas que moram aqui são estanhas.
— Disse Ny.

— Hein, não diga isso, você só tá falando isso porque ele quis fazer algo mais trabalhado para a filha dele? Provavelmente era uma criança, você deveria entender isso.

— "Lalalala", eu não to te escutando. — As vezes a Ny fazia alguns barulhos um tanto irritantes, ainda mais porque era só eu que ouvia ela então isso era muito irritante.

— Por que você tem que ser tão irritante?

Enquanto eu e a Ny "discutirmos", Quackity estava nos guiando até o túmulo de sua filha para que pudéssemos conhecê-la.

Assim que chegarmos lá, pude avistar uma estrutura bem grande vermelha, se parecia com um lacinho de cabelo, engraçado é o mesmo que Quackity tem amarrado em seu braço... Ah não, perai.

— Oh que bonito é, você tinha bastante carinho pela a sua filha não é?
— Perguntou Cellbit enquanto admirava os arredores.

— Sim, eu tive ela cedo. A mãe dela não quis ela, então eu acabei cuidando dela sozinho. — Quackity pausou a frase por alguns segundos. — Sinto falta dela as vezes.

— Ela deve ter sido uma ótima pessoa.
— Digo tentando o consolar.

— Sim, ela foi. — Ele se abaixou e puxou um alçapão e desceu por uma escada que tinha lá.

— Será que é para nós descer lá também? — Questionei Cellbit.

— Talvez. Vamo descer, se ele pedir, a gente sai.

— Tá, eu vou confiar em você.

Decido descer pela aquela escadinha que havia lá. É uma droga minha mão ainda está machucada, então acabo tendo dificuldade em coisas simples.

Assim que eu desci naquele local, pude perceber uma "caixinha" de vidro que tinha algo dentro. Me aproximei e percebi que era o corpo de uma criança.

— Aqui na ilha temos o costume de mumificar pessoas que morreram jovens demais, é meio que para eles poderem "existir" por mais tempo.

"Is it ok that I like you?" QSMP's FanFictionOnde histórias criam vida. Descubra agora