Capítulo 6

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Harper

Hoje faz exatamente 4 dias que eu estava trabalhando nessa empresa e também seria a minha primeira vez trabalhando sem Amanda me instruindo, de acordo com ela eu já peguei tudo. E de fato ela tinha razão, eu sempre tive facilidade de aprender as coisas mais rápido.

Confesso que está sendo um grande desafio para mim trabalhar em uma empresa com a proporção que a Construction company tem.

Ajeito a minha mesa e coloco tudo no lugar, como desde o momento que eu cheguei aqui, eu ainda não havia parado, minha mesa estava uma bagunça. Miles retorna de viagem amanhã e pelo o que eu entendi ele viria direto do aeroporto para a empresa.

Assim que eu termino de arrumar a minha mesa, pego a pasta que deixei no canto e levo paga a sala do poderoso chefão.

Sua sala é espaçosa e contém uma vista privilegiada da cidade, na verdade, eu acho que a maioria dos chefões poderosos dessa cidade tem os seus escritórios com vistas de tirar o fôlego. Mas por incrível que pareça a sala do meu chefe dá de dez a zero em muitas delas, não só porque ela conta só uma vista esplêndida, mas também porque a decoração nesse tom de cinza com branco deixou ela mais elegante e refinada.

Coloco a pasta em cima da sua mesa e devido ao meu todo eu faço ela ficar perfeitamente reta. Quando olho para a frente e vejo a cadeira alta e que com certeza deve ser gostosa de sentar, meus dedos coçam para comentar tal ato.

—Só uma vez não faz mal né? —Respiro mais fundo —Ok, só uma vez. Depois eu nunca mais me sento nessa cadeira.

Me aproximou e assim que eu sentei, meu corpo estava em relação. Como eu havia imaginado, a cadeira é perfeitamente confortável. Fechei os olhos e idealizei que no futuro, quando eu tiver o meu escritório, irei comprar uma cadeira dessa.

Porém a vida de pobre não é fácil e sempre que a gente vai se dar um pingo de mordomia, a realidade bate na nossa porta. Escutei o telefone da minha mesa tocar e tratei rapidamente de me levar e ajeitar a cadeira, indo logo em seguida atender o telefone.

—Secretária do senhor Miller, como posso lhe ajudar? — A pessoa do outro lado da linha respirou fundo antes de me responder.

—Que eu saiba, eu lhe pago para trabalhar e não para ficar sentada na minha cadeira, senhorita Sullivan —Meu corpo se arrepiou inteiro quando a pessoa falou o meu sobrenome.

Porra, como haviam me pegado sentado na cadeira do poderoso chefão? Será que tinha câmeras na sala e a Amanda não me falou nada?!

Que voz potente era essa?

—Desculpa, senhor...— A pessoa pareceu entender que eu não sabia de quem estava se tratando e rapidamente respondeu.

—Aqui quem fala é o senhor Miles, o seu chefe —Senti minhas pernas travarem no lugar quando escutaram o que ele havia dito.

Maldição.

Ser pegue no flagra já era algo ruim, agora ser pego no flagra pelo o seu chefe? Isso é terrível, o fim do mundo.

—Perdão senhor, eu estava um pouco distraida e acabei fazendo o que não era para fazer, prometo que esse incidente não irá se repetir.

—Eu espero, senhorita Sullivan. Caso contrário, irei lhe mandar diretamente para o RH.—Falou rude e grosso.

Esse homem era cruel mesmo, se eu fosse uma menininha sensível já estaria chorando só pelo o seu tom de voz.

—Realmente não irá acontecer novamente. —Afirmei mais uma vez.

Agora quem não quer mais experimentar aquela cadeira sou eu, que ele pega ela e enfie no seu rabo.

—Algo a mais senhor?

—Não —Curto e grosso.

—Então se era só isso senhor, irei continuar a fazer o meu trabalho. —Eu já ia desligando quando ele falou:

—Antes que eu me esqueça, anda na linha senhorita Sullivan, caso contrário o RH será serventia da casa. —E antes que eu pudesse responder algo ele desligou na minha casa.

Que homenzinho mais mal educado e mal humorado. Vai ver por isso que as outras secretarias não passaram nem no teste, o jeito ranzinza dele expulsar qualquer pessoa do seu lado e olha que esse foi o meu primeiro contato com ele, mas como dizem, a primeira impressão é sempre a que mais vale.

Faça uma anotação mental de nunca mais me aproximar da sua sala caso não seja realmente necessário, e de também manter pelo menos uns quinze metros de distância do seu trono.

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–Ele disse isso mesmo? –Perguntou Mia com a sombrancelha arquiada.

Ela me conhecia muito bem, e sabia qu eu estava aumentando a historia só porque não fui com a cara dele.

–Tá, não foi bem assim. Ele apenas disse assim "Eu espero, senhorita Sullivan. Caso contrário, irei lhe mandar diretamente para o RH" –Falei tentando imitar a voz dele –Ele realmente foi rude comigo.

–Dá proxima vez se matenha bem longe da cadeira dele –Disse Emma.

–É o que pretendo fazer. Amanhã irei conhece-ló pessoalmente, o que significa que os meus dias de tortura começam amanhã. – Só de pensar nisso eu já sinto o meu corpo se arrepiar.

–Pense no salário que tudo passa –Eu e Emma sorrimos da fala de Mia e o professor pediu silêncio.

–Depois eu conto mais para vocês, agora vamos prestar atenção na aula, antes que o senhor Mitssel brigue com a gente novamente. – As duas concordaram e voltamos a olhar para a tela que o professor estava exibindo no quadro.

Eu tinha que me distrair, porque só de pensar no quão grosso aquele homem foi comigo, meu sangue começa a ferver de raiva. O que o pobre não se permite passar por um sonho.

Deus, é a tua filha de novo, cadê os meus dias de glória em? Eu não aguento mais tantos dias de luta, daqui a pouco vou virar uma profissional nessa área.

Quando você chegouOnde histórias criam vida. Descubra agora