Capítulo 8

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Harper

Eu estava tão distraída conversando com o Dylan, que nem percebi que o senhor Miller já havia chegado.

Ajeitei a minha postura e o observei dos pés à cabeça, ou melhor, eu o comi com os olhos.

E PUTA QUE PARIU...QUE HOMEM É ESSE?

Eu já havia visto fotos dele pela internet por insistênciadas meninas, mas não tinha muitas fotos em sites. Porque ele é muito reservado e o pouco que eu achei falando sobre ele, se tratava da morte da sua mulher e também do quão bem sucedido ele no quesito pessoal e profissional.

Mas nas poucos fotos que eu havia visto, nenhuma fez jus ao espetáculo que esse homem é pessoalmente, a sua beleza é de acabar com a sanidade de qualquer mulher do planeta. O homem é lindo...ou melhor, perfeito.

Pelo menos na beleza, porque se tratando de personalidade ele é o próprio diabo.

Miler está usando um terno preto feito sob medida que só serviu para realçar o corpo musculoso e definido que ele tem, a barba é curta e bem feita, os olhos tem uma tonalidade de azul claro e os cabelos é um tom de dourado escuro, o maxilar é bem marcado, às mãos...o que falar dessas mãos que devem fazer estrago em um corpo?!

—Eu posso saber porque vocês estão conversando ao invés de estarem trabalhando? —E foi aí que eu perdi o encanto e voltei para a realidade.

O que ele tinha de bonito, tinha de arrogante e grosso.

—Perdão, senhor. Estava apenas fazendo companhia para a Harper —Disse Dylan para o meu chefe que automaticamente elevou as sobrancelhas.

—Eu não pago você para ficar de conversa fiada pelos corredores da minha empresa, rapaz —Ai que maldito.

Eu e Dylan nem estávamos fazendo nada demais, o que há de errado em conversar um pouco? Eu já estava com as coisas de hoje em dia, só estava esperando ele chegar para assinar os papéis.

—Perdão, senhor. Já irei voltar para o meu setor —Dylan se despediu de mim e praticamente correu dali.

—Pode me acompanhar até a minha sala? — Ele estava perguntando, mas a sua voz saiu mais comum um comando.

—Grosso...— Murmurei.

—O que disse, senhorita Sullivan? —Me toquei que eu havia falado em voz alta.

Então pensei rápido.

—Eu disse "Posso", quis dizer que posso lhe acompanhar até a sua sala, senhor.—A testa dele franziu em desconfiança, mas ele apenas saiu andando na frente.

Peguei meu tablet em cima da mesa e o acompanhei. Que Deus me der muita paciência, porque agora ao invés de ter que matar o leão, eu vou ter que conviver diretamente com ele.

Quando entrei na sua sala ele já estava sentado no seu "trono" e as mãos estavam oculpadas digitando algo no celular. Que mãos é esse meu senhor, que esse homem tem?

Eu fico imaginando o estrago que elas devem fazer em um corpo pequenocomo o meu, suas mãos devem cobrir perfeitamente varias partes minhas, inclusive os meus...

–Estou esperando, senhorita Sullivan –Olhei para o seu rosto e ele me olhava serio.

–O quê? –Pergunte ainda meio distraida.

Droga, eu tenho que parar de ficar prestando tanta atenção nesse cretino, o maldito é tão bonito que eu acabo me esquecendo da raiva que eu peguei dele, e do quão arrogante ele é.

–Posso saber onde está a sua cabeça? – Ai que raiva desse homem –A senhorita solicitou a minha presença para assinar alguns documentos, e então, onde eles estão? Eu não tenho o dia todo.

A minha vontade é de matar esse desgraçado. Tudo bem que ele perdeu a esposa de uma forma muito cruel e que a vida foi injusta com ele e blá-blá-blá, mas o que as outras pessoas tinham a ver com isso, ele é sempre um poço de grosseria e olha que eu lhe conheço a poucos dias. Se ele não foi com a minha cara, não estou nem ai, eu também não fui com a dele e estou pouco me lichando para a sua presença, mas a gente vai ter que se aturar, eu preciso do emprego e ele precisa dos meus serviços, não custava nada tentar ser um pouco mais simpático.

–Irei pegar, só um segundo –Avisei saindo da sua sala. 

Fechei meus olhos e respirei fundo, eu precisava do emprego, afinal a minha faculdade não era barata e a bolsa só cobria 60 porcento dos gastos, o resto era por conta minha.

Peguei a pasta onde estava o que ele precisava assinar e voltei para a sua sala e ele já me agrardava com uma caneta na mão.

–Aqui, senhor. Seu irmão deixou esses dois aqui mais cedo –Tirei os dois papeis da pasta e coloquei na mesa –E esse aqui foi deixado pelo o juridico, é para o senhor aprovar o começo das obras da Niaume de Seattle. – Ele concordou, e leu antes de começar a assinar.

Niaume era um projeto que eu descobri na quarta-feira a sua existência, ele foi desenvolvido com o proposito de colocar um mesmo padrão de prédios em estados diferentes do pais. Pelo o que eu fiquei sabendo New York, Los Angeles, Las Vegas, Washington, Alasca e Texas, são os únicos estados que já receberam um Niaume.

Eu pude conhecer de pertinho o projeto, e cofesso que fiquei impressionada com cada detalhe dele e ainda mais com o interior de cada um, porque os apartamentos já eram entregues mobiliados e decorados, o que não deixa de ser uma boa proposta para os comprados, mas em compesação os valores são lá em cima. O que mais me chamou a atenção é que apesar de todos seguirem o mesmo padrão de estrutura, eles vão ser diferentes na pintura e nos detalhes externos.

–Pronto, eu preciso assinar mais alguma coisa? –Perguntou e eu neguei com a cabeça –Então já que era só isso, eu irei passar na sala do Jack e depois irei para casa, como eu não vou mais precisar dos seus serviços hoje, pode organizar a minha agenda de amanhã e depois está liberada.

Não é como se você estivesse me liberando muito cedo, seu babaca. Só faltava 5 minutos para acabar o meu expediente, só que como eu ainda vou fazer a sua agenda, eu vou perder o ônibus que passa as 12:05 na parada, o próximo só passa 25 minutos depois, então vou ter que almoçar correndo quando chegar na universidade.

–Ok, senhor. Obrigado–Foi o que eu falei.

Eu sai de sua sala e ele fez o mesmo, passando por mim e indo em direção ao elevador que estava parado no nosso andar, ele saiu e não teve nem a decência de se despedir, pelo menos uma boa tarde ou sei lá, boa aula. Esse arrogante, prepotente, narcisista, vai fazer da minha vida um inferno.

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