001 | PRIMEIRO DIA DE AULA

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AMIE OSTON
PRIMEIRO CAPÍTULO

Hoje é meu primeiro dia de aula no terceiro ano do ensino médio. Estou tão animada com isso, que mal consegui dormir na noite passada. Passei horas e horas pensando como vai ser minha novas amizades, ou se terá algum aluno bonito. Espero que sim. Mas não pretendo namorar. Acabei de sair de um namoro tóxico. Ele me batia e falava coisas horríveis, como se eu fosse a pior pessoa do mundo.

Quando eu iniciei meu namoro com Ricky eu nunca pensei que ele seria capaz de fazer as coisas que fez comigo. Eu realmente o amava. Ele sabia que eu quando gosto de alguém gostou até demais, não como uma obsessão, mas como se aquela pessoa fosse tudo o que eu precisasse. E mesmo assim ele fez aquelas coisas.

Até hoje eu tenho uma cicatriz em minha costela, por causa que uma vez nós estávamos discutindo sobre eu ter falado com um homem, então ele pegou uma faca e cortou ali, deixando a marca até hoje.

Me levanto de minha cama e me aproximo de um espelho que há um pouco em frente, ergo minha blusa, e arrasto meu dedo sobre a cicatriz.

—— Um dia alguém irá fazer essa cicatriz não ser tão doída. —— Falo e abaixo minha blusa. 

Pego meu uniforme no armário e sigo até o banheiro, me trocando. Quando estou pronta vou até o andar de baixo e me sento na mesa da cozinha, tomando meu café.

—— Está animada para o seu primeiro dia de aula, filha? —— Minha mãe pergunta.

—— Muito. —— Respondo, com um sorriso estampado em meu rosto.

—— Que seu primeiro dia de aula seja maravilhoso, meu amor.

—— Obrigada, mãe.

Termino de tomar café e volto para meu quarto. Escovo meus dentes e vou para a escola a pé. Assim que chego no local desejado, adentro o corredor tumultuado e barulhento. Há alunos jogando bola de beisebol, outros se beijando. Alguns conversando em grupos, e poucos sozinhos.

—— Bom dia, Amie. Seja bem vinda a sua nova escola. —— Olho para a mais velha assustada, mas logo vejo ser a diretora. —— Seu armário é o 593.

—— Bom dia. Obrigada. —— Falo sorridente, retirando minha expressão de assustada.

—— Já sabe onde é sua sala?

—— Ainda não.

—— Ela é no segundo corredor a direita.

—— Obrigada. —— Agradeço.

—— De nada. —— A mais velha responde sorrindo, e começa a se afastar.

Ando à procura de meu armário, pouco metros a frente consigo ver o número em um  armário, começo a andar mais rápido, mas sou interrompida quando meu corpo se choca contra o de alguém.

—— Desculpa! —— Falo preocupada, me abaixando e começando a ajuntar meu livros que caíram no chão.

—— Tudo bem. Me desculpa também. Deixa eu te ajudar. —— A voz de um garoto ecoa em meus ouvidos, logo vejo meus livros serem retirados do chão.
Vou pegar o último livro que restou, mas a mão do garoto encosta na minha sem querer. Ele não retira sua mão de cima da minha, proibido eu fazer algo.

𝐒𝐈𝐍𝐓𝐎 𝐒𝐔𝐀 𝐅𝐀𝐋𝐓𝐀 || 𝐓𝐎𝐌 𝐊𝐀𝐔𝐋𝐈𝐓𝐙Onde histórias criam vida. Descubra agora