TOM KAULITZ
CAPÍTULO SEISNa noite passada, enquanto Amie dormia, eu fiquei observando seu rosto. Gosto de fazer isso, cada detalhe de seu rosto, faz eu desejar conhecer cada vez mais sobre ela. Mas em certo momento, quando estava olhando seu maxilar, pude observar uma pequena cicatriz sobre o local, então dali em diante comecei apenas observar a pequena marquinha. Minha cabeça ficou cheia de perguntas, sobre o que poderia ter causado aquilo? Quem havia feito aquilo? O que houve para chegar ao ponto de causar uma cicatriz no rosto dela?
Sempre que penso em seu passado, sinto como se fosse algo ruim, algo que doeu para ela. Se eu soubesse o que aconteceu, daria o meu melhor para que aquilo para de doer tanto. Eu posso ajudá-la, e quero ajudá-la. Conheço ela a apenas uma semana, mas me sinto na obrigação de cuidar dela, pois ela parece nunca ter sido cuidada, ou amada. Quero mostrar-lhe como é se sentir quando há essas duas ações dentro da sua vida.
Quero tanto descobrir cada dor dela, tanto quanto desejei na manhã retrasada que ela dormisse tempo o suficiente para eu contar cada fio de cabelo. Consigo curar cada dor dela, e isso é a minha maior vontade no momento.Essa garota entrou na minha vida há uma semana, mas parece que a conheço há anos. Desde que nos conhecemos, não houve nenhuma conversa em que a partir de um momento no tivesse mais assunto. Todas as vezes em que olho para seus olhos azuis sinto tanta vontade de conversar pelo resto do dia com ela, de descobrir toda a sua vida desde o momento em que nasceu.
Eu seria capaz de chamar ela para morar comigo, para apenas ter-lhe todos os dias. Para poder conversar com ela durante o dia inteiro. Ver seus olhos se fechando de noite e se abrindo no dia seguinte. Conseguir observar ela todas as manhãs, preparar seus cafés. E poder dizer que ser seu amigo foi minha melhor escolha.—— Tom, nós vamos sair, você vai também? —— Bill pergunta, adentrando meu quarto.
—— Não. Vou ficar em casa. — Respondo.
—— Você está tão estranho ultimamente. Até duas semanas atrás você não parava em casa. Vivia na rua. Agora você não quer sair de casa. Apenas vai para a escola ou fica em casa. O que houve? —— Bill pergunta em um tom um tanto preocupado.
—— Nada, apenas a minha diversão agora é outra. Não tem mais graça ir para a balada, quando os meus momentos bons são com uma pessoa exata. —— Responde e sorrio de canto.
—— É a Amie, não é?
Assinto com a cabeça, ainda sorrindo de canto. Bill não diz mais nada, apenas sai do quarto sorrindo. Pego meu celular e entro no número de Amie. Assim que tenho visão das mensagens que já trocamos anteriormente, me pergunto se tenho coragem o suficiente para pedir que venha aqui. Ela já deve ter vindo aqui umas três vezes desde que nos conhecemos, mas mesmo assim, todas as vezes em que penso em chamá-la para algo sinto um medo tão grande, que nunca senti antes.
Eu: Oi!
Amie: Oi
Eu: Quer vir aqui em casa? Os meninos vão sair. Você pode vir aqui, podemos assistir filmes e pedir algo para comer.
Amie: Vou sim! Logo chego aí.
Eu: Quer que eu vá te buscar?
Amie: Não precisa, minha mãe me leva.
Eu: Tá bom. Até depois, Amie.
Amie: Até, Tom.
Desligo me celular e vou até meu armário trocando a roupa que estou por uma mais bonita. Em poucos minutos vou até a janela e vejo um carro parando em frente ao meu prédio, logo em seguida Amie sai do carro. Ando em direção a porta de entrada, fico encarando a porta por dois minutos, mas que se parecem uma eternidade, até eu ouvir alguém bater na porta. Destranco-a e tenho visão de Amie. Porque parece que se passou tanto tempo desde a última vez em que a vi?
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𝐒𝐈𝐍𝐓𝐎 𝐒𝐔𝐀 𝐅𝐀𝐋𝐓𝐀 || 𝐓𝐎𝐌 𝐊𝐀𝐔𝐋𝐈𝐓𝐙
RomanceUma narrativa comovente, que mergulha nas dores do passado e do futuro de Amie. Uma jovem garota, repleta de problemas, mas que a cada dia que vai à escola seus problemas e dores parecem diminuir um pouco. Ao conhecer o amor de sua vida, as coisas...