Eu tenho uma revolta com relação ao wattpad que é retirar o travessão, sério, eu leio algumas histórias com eles e penso "como você conseguiu mantê-lo?", porque eu simplesmente não consigo, mesmo que eu coloque-os diretamente aqui, ELES SOMEM.
Ok, agora que desabafei, vamos ao capítulo kkkkkk
____________________________Tendo o corpo de Lucien em seus braços e brevemente em pânico sobre o que fazer, Azriel se livrou das sombras para que a luz da tarde pudesse entrar e finalmente se deixou perceber todos os sinais que ignorou antes.
A palidez do raposo, o quanto sua pele, que normalmente era quente o suficiente para aquecer o ambiente ao seu redor, estava fria ao toque, gelada como neve. Ele também se deixou analisar os cabelos cinzentos e o quanto Lucien parecia ter envelhecido centenas de anos com eles naquele tom.
Nada disso seria saudável em qualquer feérico que não fosse diretamente ligado à água e ao gelo, e mesmo a maioria deles não tinha uma aparência tão pálida quanto a de Lucien.
Azriel não sabia o que causou a reação, não conhecia nenhuma doença que deixasse um feérico nesse estado. Irritado por não ter uma informação que de repente se tornou pertinente, ele fez a segunda melhor coisa que poderia, verificou os sinais vitais do mais novo.
O illyriano deu um suspiro involuntário de alívio ao constatar que, mesmo um pouco abaixo do normal, seus sinais vitais poderiam ser considerados normais, até mesmo estáveis, já que não pareciam piorar.
Ótimo, ele não queria ter que carregar um cadáver para Feyre e explicar que não, ele não matou o amigo dela, o macho teve um colapso sozinho e morreu de repente.
Ele absolutamente estava aliviado por não ter que dar essa explicação.
Ainda assim, ele pensou em ir chamar Rhysand ou um médico, isso tiraria a responsabilidade da vida dele de si, o que seria ótimo.
Só havia um problema, Lucien estava tão, tão vulnerável, que o espião sabia que o outro jamais iria querer que o vissem nesse estado. Algo que seria compreensível, tendo em vista que praticamente nenhum feérico se sentia confortável em expor ferimentos ou fraquezas.
Não que Azriel de importasse, ele não se importava com o que Lucien sentia, não de verdade, já que não gostava do raposo. Contudo, ele sentia seu coração apertando ao mero pensamento de expor a vulnerabilidade do mais novo.
O guerreiro illyriano dentro de si rosnava em protesto com a ideia de trair a confiança de um companheiro assim.
Eles foram treinados para matar e morrer, mas também para não contar sobre as feridas de um amigo, então, por mais frustrante que fosse e ainda que Lucien não fosse seu amigo, companheiro ou qualquer coisa parecia, os instintos de Azriel ainda venciam aquela batalha fatídica.
Se Lucien não ia morrer, então não precisava de uma curandeira, ele podia lidar com isso e faria. Se quando acordasse e pudesse decidir por si mesmo que queria ajuda, pedisse uma curandeira, então Azriel chamaria uma.
Até lá, o espião não deixaria nem Rhysand ver o outro assim, mesmo que outra parte sua, o espião leal que francamente despreza a covardia e fraquezas do raposo, estivesse dizendo que cuidar dele sozinho era uma péssima ideia.
Decidido a não ouvir sua parte sensata, ele carregou o feérico menor para perto da lareira, pensando que seria bom aquecer seu corpo. Ele acendeu o fogo o mais rapidamente possível e deixou Lucien tão perto quanto podia sem queimá-lo.
Vendo as chamas moverem-se não naturalmente em direção ao raposo, Azriel se perguntou por um breve momento se Lucien realmente queimaria mesmo se fosse colocado em cima das chamas.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sombras Outonais
FanfictionQuanto maior a luz, maior e mais escura será a sombras que se formará, é razão e consequência, não opostos, não complementares, mas uno e dois ao mesmo tempo. Para Lucien, infelizmente essa verdade é tanto figurada quanto literal. Sua vida, afinal...