Capítulo 11

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Por todas as suas emoções e para retribuir a confiança que Azriel depositou em si ao deixar tocar suas asas, o raposo decidiu apenas ser sincero.

— Eu quero muito continuar, quero você dentro de mim e dar prazer à você, mas... se for gritar comigo depois... me desprezar... humilhar... eu... eu prefiro parar agora, quando isso tudo foi bom para nós dois, então... a decisão é sua, pense no que fará depois do sexo e... e decida se quer parar.

Enquanto falava, Lucien se fortaleceu, então terminou a fala olhando determinado para os olhos do outro, pronto para oferecer mais de si próprio ou ir buscar suas roupas.

— Não se atreva a parar.

Azriel se irritou quando a posse enrolou seu tentáculo feio em seu coração. Lucien não era dele, mas não ouviu nada do que disse antes? Ele pediu a verdade e não acreditou nela?

O illyriano agarrou os quadris do raposo para mantê-lo no lugar, temendo que, se soltasse, ele fosse embora.

— Você é um idiota estúpido, é difícil entender que eu admiti gostar de você? É lógico que não quero parar.

— Mas... você me odeia.

Azriel sentia seu corpo tremer e trouxe suas sombras um pouco mais para perto, mas pela primeira vez na vida suas sombras não trouxeram conforto. O espião ainda se sentia exposto sob o olhar do ruivo, vulnerável como não tinha estado desde criança.

Ele entregou suas asas... sua vida...

O illyriano sentiu a fúria se apossar de si e por pouco não jogou o raposo para longe.

Azriel nunca se sentiu mais exposto na vida do que naquele momento, nem mesmo quando sabia que estava sendo usado por um fetiche estúpido.

Sim, a ideia do sexo foi sua, mas se sentir usado foi uma sensação nova e desagradável.

— Eu permiti que tocasse minhas asas.

Azriel gritou em fúria e, por instinto, Lucien recuou um pouco, só não indo mais longe por conta das mãos em seus quadris.

Foi então que o illyriano se acalmou novamente, percebendo que, tanto quanto ele tinha medo das chamas do ruivo, o próprio raposo tinha medo dele.

Não era apenas ele que tinha que confiar cegamente, Lucien esteve vulnerável durante muito mais tempo durante sua interação ali. Eles eram dois estúpidos com medo que desejavam um ao outro.

Quando falou novamente, sua voz estava mais calma e seu aperto se tornou uma carícia suave.

— Se fosse outro, eu teria matado apenas pela ousadia de pedir para tocá-las, então não ouse duvidar do que eu disse, raposa burra.

Deveria ser uma ofensa, mas o tom do illyriano caiu demais para o carinhoso para ser outra coisa senão uma provocação leve. Isso divertiu Lucien, que riu do espião ao mesmo tempo que se sentia incrédulo de suas palavras. No entanto, ele realmente havia confiado a ele suas asas... talvez Lucien pudesse se deixar acreditar que havia verdade ali.

— Você... Não sei o que pode ter mudado em algumas horas, mas espero que continue assim.

Lucien não sabia se o "não quebre meu coração" implícito nas palavras foi entendido, mas não importava muito. O raposo estava feliz, muito mais do que estivera em anos, muito mais do que estava quando ainda achava que Tamlin era seu amigo.

Pela primeira vez em muito tempo, mais tempo do que Lucien era capaz de lembrar, ele estava apenas em paz.

Depois de ajeitar os cabelos mais uma vez para ter certeza de que suas costas estariam cobertas, ele abriu as pernas do illyriano e se ajoelhou no meio delas, posicionando-se de quatro antes de abaixar apenas o tórax, aproximando a boca do pênis do illyriano enquanto olhava-o nos olhos.

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