Elizabeth
Os dias pareciam passar lentamente para mim. Apesar de Abner continuar me cumprimentando e sorrindo como se tudo estivesse bem, eu sentia a tensão presente entre nós. E todas as vezes que eu olhava para ele ou até mesmo pensava nele, sentia o arrependimento bater em mim, causando grande sofrimento ao meu ser.
Por que eu não disse sim?
Lamentava quando lembrava daquele momento em que tive a oportunidade de também confessar meus sentimentos a ele, dizer que eu também o amava, mas o medo sempre falava mais alto e me impedia de fazer isso.
— Filha, está tudo bem? — minha mãe perguntou pela terceira naquela semana.
— Eu estou bem, mãe — menti novamente e subi para o meu quarto, um novo hábito que eu havia criado.
Desde o dia que Abner me levara na exposição e depois de rejeitá-lo daquela forma, me sentia cada vez mais triste e me tornei menos falante.
Meus amigos e minha família também notaram isso e demonstraram estar preocupados com meu comportamento estranho, porém, eu sempre fugia de suas perguntas e fingia que era apenas uma indisposição. Isso estava acabando comigo e tirando a minha paz pouco a pouco.
Suspirei sem saber o que fazer, ficar ali pensando no que eu tinha feito, não estava me ajudando em nada. Na verdade, estava me sentindo sufocada, e por isso, troquei de roupa rapidamente e desci para o primeiro andar.
— Está saindo para algum lugar? — minha mãe perguntou assim que me viu arrumada.
— Vou até o parque — respondi dando de ombros.
— É bom mesmo que você saia um pouco, você tem passado muito tempo trancada naquele quarto — disse em um tom preocupado.
— Bem, não vou demorar.
Me virei com a intenção de seguir para a porta, mas antes que eu fosse muito longe, ouvi a voz da minha mãe me chamando.
— Espera, Elizabeth! — ela caminhou e parou ao meu lado com uma expressão compassiva — Eu não sei exatamente o que você está passando. Mas saiba que o Senhor está cuidando de tudo e que nada acontece sem a permissão Dele. Entao, confie no Senhor!
Surpresa com suas palavras, assenti em concordância e segui para a porta. O caminho até o parque foi rápido enquanto me encontrava perdida em pensamentos e assim que cheguei no mesmo, sentei no banco de sempre e olhei para o céu azul.
— Senhor, o que há de errado comigo? — questionei mesmo sabendo que a resposta não viria tão facilmente assim.
Suspirei cansada e apenas permaneci ali, fitando a paisagem com um olhar perdido. Não sei quanto tempo fiquei assim, mas só retomei o foco quando senti a presença de alguém ao meu lado.
— Posso sentar aqui?
Aquela voz fez um arrepio percorrer meu corpo e igonando o frio em minha barriga, olhei para Abner parado ali com um pequeno sorriso no rosto.
— Posso? — repetiu ele diante do meu silêncio e sem conseguir fazer qualquer outra coisa, apenas assenti concordando. Ele deixou um espaço adequado entre nós, mas ainda assim, só de tê-lo tão perto já me deixava aflita — Não precisa ficar nervosa, Lizzy. Eu só quero conversar e esclarecer algumas coisas.
Apesar da apreensão que eu sentia, sabia que não estava sendo justa com ele e isso só me deixava ainda pior, porque ele não merecia isso.
— Tudo bem... — murmurei olhando para baixo, me preparando mentalmente para o que viria a seguir.
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A Escolha Perfeita
Любовные романыSinopse: Elizabeth Miller é apaixonada por seu melhor amigo, Henry, há mais de três anos, mas por não ser correspondida pelo mesmo, ela esconde seus verdadeiros sentimentos dentro de si. Um dia, porém, um novo morador chega em sua cidade e começa a...