Capítulo 18

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                         Elizabeth

Era fim de semana, ou pra ser mais precisa, um sábado, e eu já estava pronta para meu compromisso daquele dia.

— Alex, você pode me levar até a biblioteca central? — pedi encontrando meu irmão assistindo televisão e ele olhou para mim.

— Você vai encontrar suas amigas lá?

— Na verdade, vou encontrar o Henry — expliquei enquanto conferia mais uma vez minha mochila para ver se estava ali tudo que eu iria precisar.

— E o que vocês vão fazer? — ele se endireitou no sofá e desligou a televisão, dando total atenção para mim.

— Vou ajudá-lo a estudar, Alex — resumi simplesmente e cruzei os braços com impaciência — Vai me levar ou não?

— Calma, já estou indo!

Ele se levantou e depois de buscar suas chaves e avisar que estávamos saindo à nossa mãe, finalmente entramos em seu carro e partimos.

Nosso trajeto foi dado com conversas sobre o trabalho dele e seu noivado com Mary, os dois estavam mais felizes do que nunca e isso enchia meu coração de alegria.

Quando chegamos ao lugar e o carro parou no acostamento, retirei o cinto de segurança e esperei que ele destravasse as portas, mas como não o fez, olhei para ele sem entender.

— O que foi? — perguntei suavemente reparando no olhar perdido em seu rosto.

— Quero que tome cuidado com o Henry — disse me encarando com uma expressão séria, vendo minha confusão ele tratou de explicar — Você sabe que ele não tem um bom histórico com garotas, Lizzy, e não quero que você entre nessa lista.

— Ele só é meu amigo, Alex — sorri tentando acalmá-lo e apertei levemente seu ombro.

— Eu sei... — ele suspirou e olhou para nenhum ponto específico à frente — Mas ainda assim...

Eu havia esquecido disso. Henry só virou meu amigo na infância, porque Alex nunca tivera nenhum interesse em se aproximar dele. Ele também não sabia que no começo da minha adolescência, eu tinha sentimentos por Henry e nem sei como reagiria se soubesse.

— Eu vou tomar cuidado — garanti e depois de alguns segundos ele assentiu — Não se preocupe, maninho, eu não sou tão ingênua quanto antes.

Pisquei para ele com um sorriso e saí do carro. Ele permaneceu ali até que eu entrasse no grande edifício.

A biblioteca central nada mais era do que um lugar público onde as pessoas podiam estudar e ler seus livros com tranquilidade e sossego. Além disso, contava com um grande acervo de livros distribuídos em várias prateleiras, e mesas dispostas por todo o espaço.

O lugar estava sempre bem cheio, mas naquele dia estava aparentemente quase vazio. Avistei uma mesa pequena com quatro lugares mais no canto e me sentei colocando meus fones de ouvido, enquanto esperava Henry chegar.

Eu conhecia o péssimo hábito dele de chegar sempre atrasado, por isso, sem pressa alguma, arrumei meus materiais em cima da mesa e esperei pacientemente.

Mas enquanto eu estava concentrada na música que ouvia, não ouvi ninguém se aproximar e só percebi a presença de alguém ali quando senti um dos meus fones sendo retirado.

— Demorei? — Henry perguntou próximo ao meu ouvido, o que causou um frio em minha barriga com a aproximação repentina.

— Henry! — Afastei meu rosto dele rapidamente — Você chegou cedo.

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