Nove

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Hinata
Eu estou caminhando tranquilamente pela comunidade quando de repente escuto dois tiros seguidos e observo uma movimentação estranha começar a acontecer na praça, e do nada o Raposão passa em alta velocidade em uma moto e para próximo a mim, só que ele não me ver, ele apenas olha pra um homem que está com as mãos amarradas, no olhar dele eu percebi ódio e dor, esse olhar dele é quase não humano, parece que tem um animal ali. Um animal sedento por sangue, e sem mais demora ele apenas joga a moto com tudo no chão e vai caminhando rápido em direção ao homem, tira uma arma da cintura, saca e enche o homem de tiros, e a única reação que eu consigo ter naquele momento diante de tanto terror é me sentar ali mesmo naquele chão e tapar os ouvidos. Eu não acredito no que eu acabei de presenciar. O Raposão é um assassino sem coração.
(...)
Naruto
Eu cheguei putasso naquela praça e não perdi tempo ja fui logo enchendo o cagueta de tiro, talvez isso fosse me fazer sentir melhor, porém, essa merda só me deixou com o coração ainda mais sombrio. Mas enfim o serviço foi executado com sucesso.
— Aí chefe, olha essa curiosa aqui. Parece que não gostou do que viu. - um dos vapor disse e todos começaram a rir olhando na direção de uma garota que estava sentada no meio fio, é lógico que só de olhar eu já reconheci que era a Hinata, mas o que essa porra tá fazendo aqui? Eu dei toque de recolher, pois não gosto de curioso na hora que tô resolvendo meus assuntos. É mas pensando por outro lado, a mina não sabe que os dois tiros pra cima significa que geral tem que vazar, e agora ela me viu matando esse cara, o que será que a mesma irá pensar de mim?
— O que nós faz com a curiosa chefe? A mina não pode sair dando com a língua nos dentes pode? - o Shika perguntou.
— Tem que matar ou no mínimo da uma lição pra aprender a não meter o nariz onde não é chamada. - o Kiba completou.
— Aí, deixa essa mina comigo e vaza geral daqui, vão se livrar desse corpo que eu não quero mais ver ele na minha frente. - geral leva o corpo pra não sei aonde, e em pouco tempo fica só eu e a Hinata ali. Eu me aproximo dela.
— E aí? Agora você conheceu o verdadeiro Raposão.
— Você é um assassino! - a mina me diz com um olhar acusador.
— Pois é caralho! É isso mesmo o que eu sou, um traficante, um bandido, um assassino que não tem coração. Tu salvou a vida de um assassino. Tá arrependida por isso? - pergunto olhando no olho dela e já me preparo para a resposta óbvia que ela vai me dar.
— Não.
— Não? - ela diz me deixando surpreso. — Como assim não? Fala a verdade nessa porra, caralho.
— Minhas atitudes definem o que eu sou, e as suas atitudes definem o que você é. Eu jamais irei me arrepender de salvar uma vida, mas será que alguém dia você irá se arrepender por tirar algumas? - ela diz me deixando sem palavras e depois se levanta e vai em direção a decida da ladeira da saída do morro.
— Aí me espera que eu vou te deixar.
— Não precisa, eu já sei o caminho. - ela disse e saiu dali, eu achei melhor não insistir pois o que a mina viu realmente foi pesado e é melhor não forçar a barra nesse momento. Mesmo assim eu mandei dois vapor ficar de olho até a mina sair em segurança. Ela não é daqui, e algum mané pode se confundir. Inclusive ja vou deixar certo que a mina é dos meu interesse e não quero malandro de graça pra cima dela não. O que ficar já sabe que será morte na certa.
Mas na moral, eu subo na minha moto e vou direto pra casa, eu tomo um banho, e decido ir pra cama sem jantar, essas palavras da mina me deixaram pensativo, eu sei que ela é mesmo diferente, e mo gente boa, tem futuro ao contrário de muitas por aí, e a mina sabe dizer umas coisas que fazem ela ficar ainda mais atraente. Mano, eu vou pegar ela ou eu não me chamo Raposão nessa porra.
(...)
Hinata
Eu chego em casa e passo direto para o meu quarto, ainda bem que meus pais não estão na sala, pois não queria dar nenhuma explicação e nem deixá-los preocupados, mas a questão é que eu estou um pouco agitada, por causa de tudo o que eu vi, eu sei que essa é a realidade das favelas aqui do Rio de Janeiro, porém, presenciar algo assim ao vivo e a cores, mexeu com meus nervos mais do que eu esperava. Eu tento não pensar nisso, mas é mais forte, a imagem do Raposão com aquele olhar sombrio dando tiros naquele homem, fica vindo e voltando da minha cabeça, eu resolvo tomar um banho frio e me deitar, não tem a mínima condição de comer qualquer coisa, mas logo depois de me ajoelhar e fazer uma bela oração para Deus eu consigo encontrar a paz no qual eu estava precisando e consigo pegar no sono.
(....)
Acordo no meio da noite com o meu celular vibrando, é uma mensagem do Raposão.
"Oi linda! Lamento muito pelo o que você viu, vamos combinar de nos encontrar amanhã, e assim conversamos um pouco mais sobre tudo."
No mesmo instante me vem à vontade de dizer que não é é isso mesmo o que eu faço. E menos de um minuto já chega outra notificação.
"Eu insisto, pois estou me sentindo um pouco mal pelo o que aconteceu hoje, vai por favor, não me nega."
Ele finaliza com um emoji de carinha triste, o que me faz dar risada, então eu respiro fundo e respondo.
"Tudo bem então."

Minha Princesa - Naruhina Onde histórias criam vida. Descubra agora