Naruto
"—Meu filho toma logo esse café! Tu vai se atrasar para a aula. - minha mãe diz sorrindo e eu assopro o café e dou o último gole. Ela vem rindo na minha direção e faz carinho na minha cabeça, e dessa vez sou eu quem dou risada, eu amo quando ela faz isso, eu pego a minha mochila e dou um abraço nela e..."De repente eu acordo e volto pra realidade. Porra! Eu não gosto de sonhar com a minha mãe, esses sonhos me lembram de uma vida que eu não tenho mais, e a saudade da minha coroa bate forte toda vez que isso acontece. Porra! Vou bolado pro banheiro, e começo a tomar banho, nos dias que eu acordo assim eu fico muito mais puto do que nos outros dias. Eu visto a minha roupa e já saio na rua com a cara mais fechada do que antes. Se algum folgado tiver o azar de topar comigo hoje, já era.
Chego na boca e já vou direto pra o meu escritório, os cria sabe que quando eu chego assim não deve nem me dar bom dia que ja toma bala na testa, por isso eu entro na minha sala, tranco a porta e me sento por, acendo um beck, e tento acalmar a porra dessa mente que não para de gritar dentro da minha cabeça.
(...)
Hinata
As crianças daqui são demais eu estou muito feliz de estar passando esse tempo com elas, nós fizemos várias dinâmicas e atividades, e ao contrário do que as pessoas falam, aqui não tem nenhuma criança mal educada, todos me trataram com respeito e carinho desde quando eu cheguei, são muito alegres e receptivas, fizemos várias brincadeiras e agora eu estou servindo lanche para as mesmas. A dona Kurenai que é a líder comunitária aqui do morro me adorou e já me convidou para a festinha que eles estão planejando para as crianças no final do mês, eu aceitei é claro, ainda não sei qual a desculpa que vou dar em casa, mas eu gostei muito das crianças e gostaria de passar mais um tempo com elas, eu sei que é errado mentir, porém, eu estou fazendo uma obra de Deus, e é lógico que meus pais irão ficar sabendo, mas só quando eu tiver criado mais vínculos com as crianças.
— Pronto minha filha, estão todos de barriga cheia, agora é a nossa vez de lanchar um pouquinho. - a dona Kurenai diz me entregando um cachorro quente e um copo de suco. E nós duas começamos a comer enquanto as crianças iam lavar as mãos e arrumar suas coisas para irem embora.
— Esse galpão é um espaço muito bom para eles tia, tem até parquinho, mesas cadeiras, um palco de teatro e vários materiais de primeira mão. Desculpa mas eu não imaginava nada disso quando eu cheguei.
— Tudo bem você pensar assim minha filha, pois realmente aqui é uma exceção da realidade que a gente da favela vive. Mas o Raposão garantiu tudo isso para a criançada daqui. - dona Kurenai disse com uma expressão satisfeita.
— Ele foi quem construiu tudo isso aqui pra eles?
— Na verdade esse galpão era um depósito abandonado, os cana se escondiam aqui para fazer operação. Mas o Raposão ocupou tudo aqui na favela, casas que não tinham morador, ele fez distribuição e todo mundo agora tem um teto, e as crianças tem espaço comunitário. Assim os de bota não consegue mais se esconder pra fazer Tróia.
— Tróia? - perguntei sem entender.
— Sim, os cana fingem que vão embora e saem do morro no caveirao, mas alguns ficam para trás escondidos, e quando encontram algum traficante, já vão atirando, já vi muitos filhos de colegas e amigas minhas morrerem assim. - ela diz com pesar e eu também fico triste, afinal apesar de tudo estamos falando de seres humanos também e eu creio que eles mereceriam pelo menos serem presos e julgados por seus crimes em vez de apenas serem mortos sem mais aviso.
— Bom, apesar dele fazer essas ocupações em benefício próprio, acaba sendo uma coisa boa para os moradores e para as crianças também né? - comento.
— Sim minha filha, é sim. Sabe o Raposão nem sempre foi daquele jeito, ele era um bom menino, eu conheci a mãe dele.
— Ele tem mãe?
— Infelizmente ela não está mais entre nós.
— O que aconteceu?
— Eu... acho que já falei demais, a vida do chefe não pode ser exposta assim, e aqui as paredes tem ouvidos minha filha, você entende?
— Lógico dona Kurenai, tá tudo bem. - respondi a tranquilizando, eu não quero prejudicar ninguém, muito menos a dona Kurenai, que me acolheu tão bem aqui desde o início. — Bom já está ficando tarde é melhor eu me preparar para ir.
— Vá com Deus minha filha, e espero receber outra visita sua logo logo.
— A senhora também fique com ele. - respondi e logo me retirei, pois ainda tenho um trabalho da faculdade para fazer, enquanto vou descendo o morro, eu caminho bem devagar, eu quero observar bem essa parte do Rio de Janeiro que até então eu só conhecia pelos jornais.
(...)
Naruto
Eu até que fico quase de boa quando fumo um beck, mas só quase, hoje eu tô bolado e acho que nada vai mudar isso, lembrar da minha coroa dói muito, imagina sonhar então, hoje eu tô virado no demo.
— Aí chefe! - o Sasuke diz entrando na minha sala.
— Aí mano, é melhor tu ter um bom motivo pra ter invadido a minha sala assim. - eu digo de um jeito sombrio e escuto ele engolir em seco.
— É que Os cria pegaram um homem mo suspeito na entrada do morro, ele tava tirando foto e os caras pegaram ele e levaram lá pra praça, passaram a visão no celular dele e descobriram que ele é dos Akatsuki".
— Safado tá investigando nois pros inimigo.
— Isso mermo, eles quer saber se já tem permissão pra fuzilar o cara.
— Não mesmo, esse aí vai ter a honra de ser mandado pro inferno pelo próprio chefe. - falei e dei risada, depois me levantei e peguei meu fuzil.
Hoje eu tô afim de matar.

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Minha Princesa - Naruhina
FanfictionNaruto é um estudante que perdeu a sua mãe bem cedo, e desde então tem se virado para viver e conquistar o seu grande amor Hinata Hyuga