Dezessete

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Hinata
Parece que eu estou vivendo um sonho, passei a manhã no maior love com o Naruto, a gente foi na piscina e tomamos banho juntinhos, nunca pensei que o Naruto fosse tão carinhoso, mas ele é sim, e em nenhum momento ele insistiu ter mais nenhum tipo de contato sexual, ele tá respeitando todos os meus momentos como prometeu.
Quando deu meio dia o Sasuke chegou com duas quentinhas, ele olhou pra gente que estávamos juntinhos no sofá assistindo televisão e fez cara de sorriso.
— Ih qual foi, tá parecendo essas dona Maria fofoqueira. - o Naruto reclamou e eu sorri, depois o Sasuke foi embora.
— Não precisa falar assim com o seu amigo, o coitado ficou todo sem graça. - eu disse e o mesmo pigarreou.
— Ih, mas se eu não falei nenhum mentira pow. Aposto um beijo como tua amiga manda já uma mensagem pra tu. - ele disse e foi dito e feito, pouco tempo depois o meu celular vibra com uma mensagem da Sakura.
"— Eita amiga, parece que finalmente vocês se entenderam heim, salve a nova patroa.
— Amiga parece que sim. Depois te conto todos os detalhes.
— Mina então quer dizer que rolou?
— Sim!
— Eita Caralhoooo! Então a gente tem que se ver mesmo. Quando o patrão resolver descolar de tu, brota aqui por casa.
— Ta bom amiga."
Finalizei minha conversa com a Sakura e fiquei almoçando na paz com o Naruto, quando de repente meu telefone vibrou de novo, e eu já fui com um sorriso pra falar novamente com a minha amiga, porém, o mesmo se desfez quando eu vi que era mensagem da minha mãe.
"— Filha que horas você vai vir da casa da sua amiga? Já passa das três da tarde.
— Eu vou daqui a pouco mãe.
— Tá bom. Não esqueça que hoje é domingo e a gente tem que ir pra o culto.
— Esqueço não mãe, eu chego já aí.
— Tá bom beijo."
Me despedi da minha mãe, e não pude deixar de me sentir culpada, eu estava mentindo demais par aos meus pais nos últimos dias.
— E o que foi amor, que carinha de preocupada é essa?
— Nada não amor, é só que eu tenho que ir embora agora, daqui a pouco tem culto e eu não posso perder.
— Apesar de não querer se desgrudar de tu eu não vou te empatar de ir na igreja né. - ele disse e me beijou. — Mas amanhã eu quero te ver, se não eu vou atrás de tu lá no asfalto.
— Eu venho sim, pois também vou ficar com saudades.
— Aí que linda vem cá. - me puxou pra um beijo.
E depois de muita relutância eu saí de lá, pensei em passar na casa da Sakura para a gente conversar, porém, eu precisava ir pra casa, e foi isso o que eu fiz.
Quando eu cheguei em casa encontrei com os meus pais assistindo um filme, em dia de domingo o meu pai não trabalha, e o mesmo sempre passa um tempo com a gente.
— Filha vem cá assistir a esse filme com a gente. - meu pai chama e eu vou e sento no sofá com ele.
Assim que o filme termina eu subo pra o meu quarto, tomo um banho e coloco um vestido com mangas, prendo o meu cabelo em um meio penteado, pego a minha Bíblia e desço para jantar.
— Oh filha quem é essa sua amiga da faculdade que você foi dormir na casa dela? - meu pai pergunta.
— Ela não é da faculdade pai, ela mora no morro do Vidigal. - passei a real pois não aguento mais mentir tanto assim pra eles. E não sei se isso foi bom pois os dois quase se engasgaram.
— Essa garota é de uma favela? Oh minha filha o que deu em você? Quer dizer que você dormiu lá nesse morro do Vidigal? - a minha mãe pergunta toda agitada.
— Sim mãe! E não teve nada demais, lá não tem esse perigo é essa violência toda que as pessoas daqui da área nobre do Rio falam. - tentei explicar pra eles.
— É lógico que não tem! Lá tem o tráfico, ou quando não são os milicianos, aquele pessoal faz a própria lei deles meu amor, você não pode mais ir naquele lugar, não pegaria bem a filha de um promotor ficar frequentando esses lugares. - meu pai disse sério e eu apenas me calei, a gente está quase de saída para a igreja e tentar explicar que eles estavam com preconceito com as minhas amigas seria uma conversa muito difícil.
— E como você conheceu essa garota dessa comunidade? Nós sempre te deixamos bem longe desse ambiente desde criança? - minha mãe pergunta desconfiada.
— Eu ia passando na rua com o meu carro e atropelei a Sakura, não foi nada grave e eu corri imediatamente e prestei os primeiros socorros e a levei para o centro médico depois. - tentei explicar.
— Minha filha e como foi isso? Você não se machucou? - meus pais perguntam preocupados.
— Não me machuquei não, o impacto foi pequeno, nem amaçou o meu carro nem nada, porém, a Sakura se ralou e tal, e depois disso nós nos tornamos amigas.
— Uma moça de comunidade não teria como ser sua amiga filha. - meu pai diz me deixando chateada.
— Pai aos olhos de Deus somos todos iguais. - eu disse e os mesmo ficaram sem argumentos pois foi isso o que eu aprendi com eles e na igreja também.
— Minha filha, eu sei que você foi igual uma boa samaritana, assim como nós te ensinamos, mas tome cuidado com essas amizades, as vezes nem tudo o que parece ser, é na realidade. - a minha mãe diz.
— Sim mãe, com certeza. - eu digo pois eu sempre soube que meus pais quiseram me proteger, mas ao que me parece os mesmo estão agindo com um pouco de preconceito.
— Agora vamos para a igreja pois já é hora! Filha nós confiamos no seu discernimento, só prometa que irá tomar cuidado tá bom? - meu pai diz e me dá um beijo na testa.
— Tá bom papai. - eu disse e nós fomos para o culto, e cada vez mais tinha certeza que a minha relação com o Naruto seria mais complicada do que eu imaginava.

Minha Princesa - Naruhina Onde histórias criam vida. Descubra agora