A família Madrigal precisa de um abraço

Antonio Madrigal

Apesar de ser muito novo, Antonio gostava de acreditar que tinha certa maturidade para entender as conversas dos adultos, bom ele entendia que sua família estava tentando, tentando se ajudar e prestar atenção em todos, mas erabum desenvolvimento lento e continuo.

Por isso, assim que ele notou que Camilo e Mirabel estavam faltando, a primeira coisa que ele fez, foi pedir para procura - los, ele os encontrou, indo até Casita juntos, Camilo rindo enquanto Mirabel o perseguia.

Antes que ele pudesse acompanha - los, ele ouviu um lamento vindo da floresta - Parce, vamos para lá

Antonio não achou que um dia estaria tão triste como hoje (talvez o dia que Casita caiu e Mira desapareceu), pela manhã ele notou que todos foram fazer suas coisas, e como o mais jovem de todos (e o único que não era obrigado a trabalhar) tudo que ele fez, foi ir ao seu quarto e ficar deitado olhando pro teto

- Antonio? O almoço já esta pronto - Por mais que Antonio amasse Mirabel, ele realmente não queria falar com ela agora, então apenas tentou se esconder melhor na árvore - Você esta aqui? Ah, subir essa árvore

Depois de algumas tentativas e alguns galhos  quebrados, Mirabel finalmente conseguiu subir no topo da árvore - Tonito? Esta tudo bem?

- Sim, Mira... talvez eu esteja doente - ele tentou sorrir

Mas Mirabel, mais perspicaz, franziu a testa - Achei que tinhamos salvado você desse problema familiar, de não sabermos nós comunicar. O que houve Tonito? - pegando seu primito no colo

- Mira... por que... as coisas morrem? Po que a morte existe? - disse com lágrimas nós olhos

- aahh, Tonito. Você viu...

- Era uma Anta, acho... que a mãe do bebê que eu havia visto mais cedo, ela estava lá e... eu não consegui. Mira...

- Olha, na vida. Todas as coisas belas e vivas são finitas, elas precisam ter um fim.

- Mas isso...

- Lembra do Abuelo Pedro? Ele, não vai voltar mais, a morte é... o próximo passo de uma grande aventura

- Mas eu não gosto disso!

- Ninguém gosta dedar adeus, mas... é o que temos que fazer

- Não, não temos. Devemos... - começou a chorar - Devemos ficar juntos, eu não quero que isso aconteça...

- Eu sei

- Não sabe! Eu estava lá. Parecia.. parecia que me pedia ajuda, mas não deu tempo de chamar a Tia Julieta, e eu... - chorando - até a hora que.... morreu

- Ok...

- Mira, é injusto

- É sim...

- A Anta e o Abuelo não vão voltar, não é?

- Não

- Eu sempre pensei que iam... algum dia talvez

- Ele não voltam Tonito

- Queria que voltassem

- Eu sei

- Mira, me desculpa por gritar

- Sem problema

Depois disso, os dois ficaram em silêncio enquanto Mirabel o abraçava e Antônio limpava as lágrimas restantes - Você saba, devemos... devemos enterre - la, talvez - Disse Mirabel

- Me ajuda?

- Claro

Enquanto caminhavam em direção a floresta, Antônio tirou a duvida quebo assombrava - Um dia, mamãe, papai, a Abuela... todos vão?

Apesar de não querer e não achar que Antonio deveeia ter essa conversa, Mirabel sabia que tinha, a morte era natural, ele precisa saber que era assim - Sim. Um dia todos vão morrer

- Precisa ser assim?

- Sim. Para que a vida, seja linda e perfeita... tudo precisa acabae

- Entendi... - depois de uns segundos em silêncio - Mira... Você não vai me deixar, ne? Pelo menos... não tão cedo?

Mirabel um pouco triste, mas surpresa sorriu para ele - Não, vou ficar por muito tempo, para fazer cosquinha e te atormentar

- Pode fazer cosquinhas ou me atormentar... Apenas, por favor, fique

- Ok

Depois de enterrarrem o corpo do animal, Mirabel levou seu primo para um lugar aonde poderiam ver as pessoas e ficarem em paz

- Mira, pode me abraçar?

- Sempre Tonito

- Eu já disse que seu abraço é o melhor?

- Algumas vezes. Mas eu gosto de me gabar quando você diz mais

- Kkkkk. Te quiero Mira. Es mi favorita

- Te quiero mucho e tambien es mi favorito.

António ainda não entendia, o porquê das pessoas precisarem morrer... mas tudo bem. Essa era uma das coisas de adulto, ele deduziu, um dia ele entenderia. E ele ainda estaria com sua prima, que sempre o ajudaria quando ele precisasse de apoio.

E claro um de abraço também.