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"Casar?!" Harry ecoou baixinho, certo de ter ouvido Snape dar uma bufada de diversão. Claro que o mais velho estava se divertindo com sua desgraça. "Casar com quem exatamente?" ele perguntou, ciente de que sua voz parecia ter adquirido um nítido tom de pânico. Não era para menos, ele estava apavorado.

"Receio que nossas escolhas sejam limitadas, Harry," Dumbledore respondeu.

" Nossas escolhas? Você, por um acaso vai se casar também, senhor?" Harry perguntou amargamente, sem se importar que estivesse sendo rude com o homem.

"Uma má escolha de palavras," Dumbledore admitiu, ignorando a transgressão de Harry. " Reformulando, suas escolhas são limitadas, Harry. Como a petição foi emitida por um puro sangue, ela também deve ser anulada por um puro sangue. Entende?"

"Você já tem alguém em mente," Harry disse, seu tom acusatório. "Bem, eu posso saber quem é, ou só vou descobrir no dia?" ele perguntou, seu pulso acelerado, notando que mais uma vez Remus estava evitando olhá-lo nos olhos.

"Nós pensamos... nós pensamos que o Professor Snape seria um candidato adequado."

"O que?!" Harry e Snape gritaram em uníssono, suas expressões refletindo perfeitamente as dos outros.

"Albus, você perdeu a cabeça?" Snape sibilou, apoiando os braços na barra ao pé da cama de Harry. "Você não pode honestamente estar falando sério, não é?"

"Na verdade, eu estou sendo cem porcento sincero, Severus," Dumbledore respondeu calmamente. "Você sabe, como eu, que a petição de Aldrington só pode ser anulada por um nome tão antigo e financeiramente compatível quanto o dele. Se Harry se casasse com outra pessoa, Aldrington poderia reverter a situação em um segundo, e você sabe disso. Você é o único que pode proteger Harry desse mal."

"Albus, eu dei minha vida para esta luta. Eu fiz coisas que preferiria esquecer e fiz sacrifícios que me seguirão por toda a minha vida, mas isso... como você pode me pedir para – "

"Vocês dois parecem ter esquecido que eu sou a segunda parte deste 'casamento', e não há nenhuma maneira no inferno de eu continuar com essa ideia idiota!", disse Harry acaloradamente, desejando poder apenas acordar do pesadelo que estava em.

"Pela primeira vez, Potter, estamos de pleno acordo," Snape rosnou, movendo-se para ficar ao lado da cama de Harry.

"Se ambos recusarem, a vida de Harry estará em perigo. Você sabe tão bem quanto eu que Aldrington é leal ao Lorde das Trevas. Esta petição não pode ser rejeitada, Aldrington terá Harry e ele estará morto em uma semana, talvez menos. Não podemos deixar isso acontecer, você não pode deixar isso acontecer", disse Dumbledore gravemente.

"Estou condenado de qualquer jeito," Harry murmurou, desejando nunca ter recobrado a consciência.

QUEBRA DE TEMPO

Severus estava sentado no Salão Principal, um copo de Firewhisky na mão. Ele havia perdido a noção de quantos copos havia tomado nas últimas horas. Seu aposento, de repente, parecia apertado, muito claustrofóbico, e ele se viu desesperado para escapar dele, por isso, ele vagou pelo castelo por horas antes de finalmente decidir que o Salão Principal era um lugar tão adequado quanto qualquer outro para meditar. No segundo em que ele se sentou, uma garrafa de Firewhisky e um copo com gelo apareceram; aqueles elfos domésticos realmente sabiam o que fazer.

Ele gemeu, então bebeu o restante do líquido de seu copo, incapaz de acreditar no rumo que sua vida havia tomado em tão pouco tempo. Em dois dias ele iria se casar com Harry Potter. Como, em nome de tudo o que era sagrado, isso aconteceu? Ele havia dado tanto de sua vida para a Ordem, para lutar contra aquele monstro que os comensais chamavam amavelmente de "lorde", como Albus poderia pedir isso a ele? Justo isso?!

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