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"Professor, você está aqui?" Harry disse ao entrar em seus aposentos. Ele tinha acabado de tomar café da manhã com Ron, que o havia informado sobre o encontro de Draco na noite anterior. O loiro estava ausente do café da manhã e Ron disse que iria ficar no dormitório deles naquele dia; ele não queria lidar com toda a atenção que sua aparência inevitavelmente traria.

"Algo está errado?" perguntou Severus, saindo do laboratório de Poções.

"Malfoy foi atacado ontem à noite e eles o espancaram bastante. Ron conseguiu resolver o pior, mas achei que você deveria saber."

"Eu estava com medo que isso acontecesse," Severus disse, enxugando as mãos em um pano e jogando-o de lado. "Ele está bem?"

"Ron disse que sim. Ele está coberto de hematomas e muito dolorido, mas nada com risco de vida. Ele está ficando no dormitório o dia todo. Ron está preocupado que isso possa acontecer de novo, as pessoas têm suas divergências por ele... e por você, "Harry acrescentou. "Eu sei que é improvável que alguns bandidos vão pular em você no corredor, mas eles podem estar planejando algo."

"Estou comovido com sua preocupação," Severus disse secamente, "mas não se preocupe, estou perfeitamente ciente de que eles estarão tramando algo. No momento estou mais preocupado com Draco. Talvez eu devesse entrar em contato com o pai dele. Lucius precisa estar ciente do que seu filho está enfrentando. Obrigado por me avisar."

"Sem problema," Harry disse com um encolher de ombros. "Posso não gostar dele, mas não desejo isso para ele ou para qualquer um."

"É uma situação infeliz," Severus concordou. "O que você está fazendo hoje, afinal?"

Harry deu de ombros e respondeu, "Eu realmente não sei. Eu acho que Rony disse que iria passar o dia com Malfoy, certificando-se de que nada mais aconteça, e Hermione, como sempre, está ocupada com os trabalhos da escola. E eu estou meio perdido nesse meio. Não sei o que fazer para ocupar minha mente."

Severus levantou uma sobrancelha e disse, "Então... você está livre para me ajudar de novo?"

Harry sorriu e respondeu, "Bem, estou honrado, sendo convidado para ajudar dois dias seguidos! Devo ser muito bom, hein?"

"Um simples sim ou não seria suficiente para a resposta, Potter" Severus disse categoricamente.

Harry riu e respondeu: "Ok, eu ajudo. Se chegarmos a uma terceira sessão, você terá que começar a me pagar um salário."

"Eu coloquei um teto sobre sua cabeça, isso não é o suficiente?" Severus disse enquanto eles se moviam para o laboratório.

"O que eu sou, seu esposo dos anos 50?" Harry disse com um bufo enquanto tomava seu lugar atrás da bancada.

"Seria muito mais fácil se você fosse," Severus respondeu, entregando-lhe um ramo de flores e raízes e indicando que deveriam ser cortadas.

"Seu chauvinista antiquado," Harry brincou enquanto começava sua tarefa. "O que você acha que vai acontecer com Malfoy?"

Severus balançou a cabeça e respondeu: "Eu não sei, é um mau negócio. Sonserinos não vão deixar a traição para trás. O nome Malfoy está manchado agora. Sem dúvida, existem alguns pais derramando veneno nos ouvidos de seus queridinhos filhos, certificando-se de que os Malfoy recebam uma punição pelo que fizeram."

"E quanto a você? Eles vão querer fazer você pagar também. Acho que não podemos ser muito lesos diante disso", disse ele, entregando os ingredientes picados para Severus e começando a esmagar as pétalas restantes.

Severus acenou levemente com a cabeça, surpreso por esta ser a segunda vez que Harry expressou preocupação com sua segurança. Ele honestamente não achava que o garoto se incomodaria se algo acontecesse com ele, e ainda assim ele estava insistindo que Severus cuidasse de sua retaguarda. Talvez ele estivesse apenas preocupado em ser um alvo para Aldrington se algo acontecesse com ele, mas então ele sabia que Harry não era tão egoísta. "Todos devemos estar vigilantes nestes tempos, inclusive eu", respondeu ele, mexendo delicadamente a poção à sua frente.

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